Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, junho 30, 2007

Noites...

Noites seguidas, repetidas, sem nostalgia nem saudade. Noites vividas, compridas e sentidas. Um passo, uma pegada. Tapeçarias e realidade. Um sorriso no laranja e uma mão que se esbanja. Um pedaço de sorte e ser, uma morada nos hábitos de comer. Assim, passa mais um pensamento pelo olhar, quando a Lua nos ilumina grandiosamente.
Fazes-me perguntas que tento responder sem o mundo perceber. Não sabes que as ouço. Proferir no hipotálamo as pulsões que não podes...? Impões-te aos guardiões de desejos. Não fomos. Apenas me deixo ir.
Não me queres guiar. Tens medo de não conseguir. Sabes o que eu penso, o que eu sinto, mas estás preso nas grades finas, que pela invisibilidade se vão enfraquecendo...
Noites na sombra do dia. Alternância profunda. Penumbra imunda. Não ter. Ser.
Esforço de sempre sentir e ir além das sensibilidades arrastadas por lençóis manchados pela solidão.
Ama-me!
Não vês que a paixão escorreu-me pelos lábios e não há tentativas que soprem asas de borboletas dentro de mim. A espectativa rasga a ansidade e ambas ficaram num passado apaixonado.
Quem sou eu para gostar demasiado?
Uma gota no meu passado. Um momento ultrapassado... ou não.
Rende-te ao coração. Ao Teu.
O meu ... venceu.

Eli

:)

(Imagem de Eli.)

domingo, junho 24, 2007

Escapatória...


Olho para o lado e vejo uma escapatória possível. Um dia que é já noite e que a saída se avizinha. Anseio pelas palavras lidas através da imensidão e pelo sonho ser vivido durante um segundo. Entretanto, sensações, antíteses de festas, pó de pérola, são esmagados num só copo e entregues à sensação inimiga. Vislumbro um parágrafo de solidão entre tantas relíquias. Tributo à amizade. Missão cumprida. Há um meio de transporte que teima em voar por cima dos meus olhos e exibir-se para as objectivas digitais. Um suspiro. A melhor das hipóteses possíveis foi concluída. Prossigo. Não ficarei estagnada. Em cada proposta haverá uma nova lei de pegadas e descobrirei o que a vida me deixar verificar com as palmas.
Eli
:)
Palavras e foto de Eli!

quarta-feira, junho 13, 2007

Fluir

Imagem de Clifford Ross

Retraio-me por um momento e a inspiração já me ultrapassou. Não deixou vestígios para rabiscos num caderno de capa verde... Nem um suspiro me devolveu. Sugou-me o crime da racionalidade e uma hesitação trouxe o arrepio do olhar que eu vi, mas não bebi. Dancei vezes sem conta uma alegria apaixonada, que guardava só para mim... E, por efeito de borboletas, um furacão rompeu-me o "normal", trazendo a alternância entre a fonte que jorra e a flor que brota em cada momento conquistado. O calor trepa pelas veias dos membros e deixa frases aqui e ali, como se de um romântico se tratasse... há um sonho. A realização é outra tendência. Há a fantasia ignorante e a inteligência expirada...
Eli
:)

domingo, junho 10, 2007

Limitada


Eli's photo.

sexta-feira, junho 08, 2007

Incapacidade


Apago palavras que seriam poesia numa das interpretações mais positivistas, quando lidas à luz de música de embalar corações... A inspiração vinga-se no escuro e esconde-se na luz. Não tenho lugar em ambos os destinos. Estou, mas não prossigo... como se o meu comboio tivesse parado aqui mesmo e eu me limitasse a observar pela janela a natureza da cor a acontecer... Os meus pensamentos pingam na janela e não chovo. Não consigo.
Há um travão em cada olhar fugidio. Devolvo cada centavo da minha capacidade de proferir sentimentos. Quem fui eu, que já não sou mais... Como foi que o receio me invadiu?! Não me lembro de tal me ser questionado... A incapacidade não fazia parte do meu vocabulário.
Culpo-me. Ando às voltas. Quero gritar letras de músicas.
Sentei-me no mar e ouvi a areia exclamar o quão óbvia sou, quando o mistério me envolve. Agarra-me a voz solene de um homem vivido, que me fala, nos ouvidos, quando canta... Este frio agarra-me à cama, que me segura entre o sono e o sonho.
A música. Só a música prossegue. Eu parei.
Estagnar até quando?!
O tempo existirá em sombras vazias e apagadas...
Eli
:)
Imagem e palavras de Eli, como sempre...

segunda-feira, junho 04, 2007

Transparente

És assim, tantas e tantas... muitas vezes.
Quando vês os meus olhos sorrir
Quando vês o meu sorriso no teu olhar.

Transpareces-te, brilhante, por segundos
E ficas no encalce sem, do momento, sair
Movendo as órbitas para me observar

Escapa-me durante um tempo controlado...
(Suavemente, tocas a pele do sonho, a dormir)
...A capacidade inerente... de acreditar

Terei de te arrancar com fogo e lágrimas?!
Será um gesto decidido como "partir"?!
O Oceano irá, infinitamente, transbordar.

Eli

(Imagem e palavras de Eli.)