Agora nem nómada, nem emigrante.


terça-feira, julho 30, 2013

Ray LaMontagne

Be Here Now.

segunda-feira, julho 29, 2013

Mono - Moonlight

Are You There?

sexta-feira, julho 26, 2013

«Redundância»

    Estou cansado do cariz inexorável do tempo, do contar sistemático e infalível dos grãos de areia de tombam do tambor superior para o inferior da ampulheta, desejo abanar conceitos científicos formais e colocar o tempo na perspectiva do usuário, sentar-me no sofá e entre cervejas quentes acelerar, abrandar, atrasar ou avançar o tempo, quero comprar anos antes de cair da falésia, quero viver mais, ou quero viver menos depende do cariz par ou ímpar do dia, mas no fim quero perder a noção fatalista de quem tem as rédeas do meu fim é outro que não a minha individualidade, quero poder escolher o momento em que coloco os meus pés na barca sem ofender a mui sacrossanta condição humana. 

EspadaS

É muito mais simples (não fácil) quando há um inimigo com acesso para se poder lutar. Como posso combater?! Ponho os laços no cabelo, penteio os caracóis com as pontas dos dedos e já estou pronta. Sigo à força contra uma coisa qualquer que sistematicamente me puxa o tapete... Invisibilidades. Liguei a música na tv para que um Soul qualquer me faça sentir o pisar das teclas, para que faça sentido, para que possa inverter o caminho para a depressão. Lembro-me perfeitamente de lhe ter aberto uma guerra e ter lutado, quais séculos atrás, também de mim falo, de mim misturo e um piano faz-me cócegas no ego.

Eli

sexta-feira, julho 19, 2013

Trocas a conversa





Parece quase como aquela expressão "o feitiço virou-se contra a feiticeira". Andei a camuflar, a camuflar, em camadas e mais camadas, não fosse eu a parente mais próxima do ogre e eis que agora, é-me difícil ser eu a descodificar. Códigos, códigos e mais! Vinde a mim, de Marte, de Vénus, ou de uma Terra qualquer. Pronto, já barafustei, portanto, deixa-me gravar na mente mais um apelo à sabedoria e logo a seguir pintar a minha mão que te abre uma janela custosa mas poderosa, cujo poder só se é ganho pelo tempo em que se sobreviveu. Antes que passe mais uma charrete imaginária no mundo dos jogos aldeões, hei de olhar para a montanha e fitá-la! Danada, pôs-se a trocar correspondência com uma ilha armada em península! Queria ela ter as amarras que me soltaram, embora ninguém queira um espaço de tempo sem limites de sobrevivência. Canta-se lá fora. Aves que desconheço. Houve alguém que as contou em tempos, não estas, mas umas que piavam estrangeiro. Quero-te de olhos bem abertos, ou não. Rebola a menina-do-olho, que aprendo e escrevo pela primeira vez. Antes todas as praias sejam todas tuas, virgens, assim como os barcos que descansam na areia enquanto vens a correr comprar o sêlo, porque não podia passar tempo despropositado. E ainda estranhavam quando me grunhiam e eu quase lhes berrava... realmente, há que se perder numa cousa qualquer... passados, pretéritos, reconheço-os, analiso-os, mas só servem para fazer conversa. Conversemos, então, que o Sol está a pôr-se e eu gosto.

Eli

:)






quarta-feira, julho 17, 2013

Monte dos Vendavais

Sinto-me satisfeita por estar a fazer render o meu tempo. Ontem, acabei de ler "O Jogo do Anjo" de Carlos Ruiz Záfon e, retomando ontem em grande força, acabei de ler hoje "Monte dos Vendavais". Este, sem capa, muito antigo, folhas bastante amareladas e com aquele cheiro caraterístico. Ambos estiveram à espera que eu me dignasse a terminá-los e tudo deve ter o seu tempo, pois só agora, num ápice, os devorei até que se esvaíssem... Recomendo-os ambos. 

Eli

terça-feira, julho 16, 2013

"O Jogo do Anjo"





«O meu primeiro impulso fora deitar-lhe fogo, mas faltou-me a coragem. Sentira toda a vida que as páginas que ia deixando ao passar faziam parte de mim. As pessoas normais trazem filhos ao mundo; nós, os romancistas, trazemos livros. Estamos condenados a perder a vida neles, embora quase nunca no-lo agradeçam. Estamos condenados a morrer nas suas páginas e às vezes até a deixar que sejam eles que acabem por nos tirar a vida.» (Página 399)

Carlos Ruiz Zafón


Evoluir

Quem me conhece, sabe perfeitamente que eu sou muito benevolente, tanto que por vezes caio em exagero. Mas, logo me recomponho e deixo-me fitar num tipo de raciocínio que é tudo meio vazio. Já muitas vezes disse "não me façam de parva". A minha sinceridade, a minha segurança fazem permanecer muitas pessoas na minha vida, tantas que não é comum manter-se assim este gostar de personalidades tão diferentes que por vezes teimo em juntar para umas belas jantaradas ou algo semelhante. Só lamento que tenha que virar a mesa sem necessidade nenhuma. Há dias estranhos assim. Hoje, experimentei uma coisa nova. Pelo menos tinha um nome novo (riso)! Mas, lá por estar pacífica num determinado momento, não significa que a seguir me mantenha, pois eu sinto as cenas, sim cenas, melhor que coisas... Tenho muita noção do mérito e sei perfeitamente que não me empoleirei num pedestal. Parece que os emparelhados necessitam de um complemento subjacente! Credo! Cresçam!

Eli

sábado, julho 13, 2013

Manhã pacífica




Engelha-se-me a pele, enrugam-se-me os lençóis e padeço de uma luz animadora que me faz acordar numa manhã submersa num nevoeiro longínquo, onde a montanha se curva perante o mar. Cada gota de orvalho vem beber à minha janela, porque eu não preciso de ser entendida para perceber que o branco da minha pele tem um lugar colado a um vislumbre de sombra. Ainda que nada seja óbvio neste instante, uma música pontua e certas lembranças escritas animam a minha paz que se aninha por entre a solidão de um Norte jamais esquecido.

Eli

:)

quinta-feira, julho 11, 2013

Ir por aí

Normalmente, quando chegava, entrava num modus operandi, que sempre me inquietava, como se o lado negativo me inundasse e a sorte jamais retornasse. Desta vez, tenho feito por contornar essa situação e o facto é que realmente estou a conseguir. Mudei. Orgulho-me por ter alterado alguns comportamentos que levavam a rotas num espiral de anti-social e outros que tal. Eu tenho um plano... falível, é certo, mas quero muito aproveitar todo o tempo que tenho. Os convites surgem e eu sei que é por deixar fluir, deixar que me encontrem, como faço no resto do ano. Por que haveria de me castigar?! Há que andar e ir, ir sempre, quiçá para sentir-me voltar. Embora?! Onde vamos?

Eli

:)

quarta-feira, julho 10, 2013

Pronome


Numa noite destas, uma qualquer, o Calor despiu-me e divertiu-se observando a minha pele cada vez mais gasta pelo luar... Entretanto, a brisa chegou e assim me tapou, como se tapam as vergonhas de tempos passados. Gostaria de usar a palavra nós. Ousá-la mesmo, proferida pelos teus lábios, com a minha boca. Os nós da gaganta adensam-se e sonho com o pronome tão pessoal, tão plural, como aquela música que bailei sem preconceitos. Está bem, cortemos o silêncio com o arfar da nossa respiração suprimida num sonoro resplandecer, numa coisa qualquer que me faça renascer e seja um deleite como nas palavras.

Eli

segunda-feira, julho 08, 2013

Póstuma

Assim em jeito de Post Scriptum - um dia depois, ok - mas estou por aqui às escuras, sentindo (finalmente) uma brisa fresca na cara e trouxe-me de volta o eu de mim, apetecendo-me passar horas nisto. Dei por mim a tentar olhar com olhos de ver, mas só se me dispersar, como se as teclas me chamassem e eu não tivesse mão nelas...
Culpo a música! Que raio, como mexe comigo a dita!
(Pausa)
Olho pela janela e tento vislumbrar o contorno da serra... está de um negro ainda mais escuro. Veste-se assim por me ver afundar numa réstia de cousa nenhuma...
Eli

Ciúmes


Escolho. Ando num rodopio até encontrar o caminho. Há dias confessava os meus ciúmes a alguém de quem nutro algo puro. Os sentimentos e as pessoas deambulam pela minha vida... as relações mais sólidas que mantenho como parte integrante são minhas e não adbico delas. Simples. Para que complicar. Portanto, sinto ciúmes raros e poucos, que muitas vezes não entendo, nem reconheço, talvez assuma...  Trombas, nó no estômago, sensação estranha... e sim, nada é garantido, por isso há que cultivar. Os entes encaixam-se numa pirâmide, precisando de se posicionar... Até que alguém trepa até ao topo... E, há tantos anos que digo, reafirmando-o agora, que o tempo é muito relativo. Mesmo assim, preferia poder ter hipótese de investir... aquela oportunidade ceifada a cada abertura que receio não entender por não querer explicar mais uma vez. Por isso não falo, não me repito.

Eli

sexta-feira, julho 05, 2013

Às páginas


Por que razão dramatizo uma outra que me deixa na inércia, quando no final consigo dar a volta e transformar, reparar, sobreviver. Aproveitarei o tempo e levarei a temperatura a bom porto, assim como a inspiração que me dá um certo prazer. Não é o mal que me faz esconder, mas uma superstição doida que ninguém consegue explicar. Tenho-te em segredo, transpirando letras e vivenciando um pormenor semelhante. Não se trata de espelhos, nem de gémeos, mas é algo que faz dançar. Aquela sensação de segurança que aquele meu amigo me ouviu está patente em todas as minhas circulações. Sou como o sangue que bebe vento para conseguir recuperar o sentido interior. Ser-se especial só se consegue ler quando há uma cousa permanente que é única, sigular e está cá dentro apenas porque os demais existem. O sino toca em sim, relembro-me de acreditar, de me mimar e daqueles momentos tórridos em que me senti desejada. Visto-me de mim e vislumbro o sonho daquela mão que queima cá dentro, daquela ansiedade de ambivalências de ternura sem perder, sem perder. Desta vez ganho em pedaços doces de admiração sem preconceitos, que vive livre como eu nas fendas, nas muralhas, nas tormentas, nas navalhas. Suga-me o murro no estômago com o toque intenso das palavras.

Eli

;)

terça-feira, julho 02, 2013

Mais de mim

É muito fácil e simples simplesmente ser. Para mim, que me aborrece o tempo parado, afinal não sei se sou do campo, da aldeia ou da cidades, por isso digo a toda a gente que gosto do meio, ou seja da vila. No entanto, isso é muito pouco... porque secretamente, adoro o que a cidade me permite. A cidade é a minha confidente no desejo da mistura, da carência de preconceitos, pois ela suga-nos e não dá lugar a quem não se deixa levar simplesmente pela humanidade. Nas aldeias, todos te julgam se não é igual aos demais. És uma peça fora. Não que me preocupe. Faz muitos anos, mais de metade que eu deixei de me importar, mas há sempre quem ainda me olhe com pena ou desprezo, para logo depois me admirar pelos feitos, como se eles fossem algo que não uma necessidade de sobrevivência. Incrível como num lugar tão pequeno, há tanto espaço para o amor entre o próximo igual a si mesmo, mas tanto afastamento pelo diferente. E eu sou a única que cresci mais do que as demais. Esta coisa da genética prega partidas, mas a inteligência favorece alguns... e agora apetece-me deixar de ser para simplesmente existir.

Só por agora. Logo a seguir, quero fazer acontecer... Mais de mim... mais!

Eli