Agora nem nómada, nem emigrante.


terça-feira, dezembro 22, 2020

Bagagens

 Percebemos bem o que foi outrora mudar tudo e todos procurando o nosso bem nos encontros casuais, nos lugares que não vinculamos, sem raízes, só com princípios.

Anda lá. Vem daí. Entregavam-nos um olhar pedinte, entre a pena e a coragem. Dávamos um sorriso solitário na esperança de uma amizade iniciada.


Magoaste a minha esperança. Falei em expetativa e tive que me resignar mostrando pouca mágoa, pouco querer, poucochinho. E eu que já estava nos degraus de uma coisa qualquer que me levasse. 


Mataste a poesia durante um bocadinho, porque não me percebes os sentires. 

Então, fico, aliás, ficamos mais uns dias nas sombras.

Eli






segunda-feira, dezembro 21, 2020

Quereres

 Quero ou não quero...

Queres.


Entre tesouras e sonhos 

Olhando o céu,

Trazes-me o corte dos nadas.


Tempo de um ano que volveu

Imagens raspadas


Entre passados

Despassarados


Não quero

Aquilo que deixei


Quero ter a força do abraço novo


Do romantismo que fui

E que foi em mim.

Até que se desvaneceu.

Com a vitória

Da derrota dos amores que quis.

Ainda bem que com um olhar meu, queres.

Eli