Vou contar ao vento
O quê?!
O que vai na alma
... e o que lamento?
Não esperes nada, sê.
Não me peças calma
Se rodopio no ralo do tormento
E... peço-me...
E... despeço-me de fantasias e ambições
Desmedidas às janelas de luzes
Pedidas, salientadas
Solicitadas
Com o bater de cada tecla de música
Numa rima que outrora existiu
Numa nota ritmada
Mas, acima de tudo desafinada.
Paz repousa.
Quando passa, sente frio.
Alma confusa
Quando vem, acende o pavio
E... numas palavras simples
E olhares fugidios
Fazemos o nosso ser
Continuar os sonos vadios
Os sinos embalam uma aldeia
Que nunca aspirou a cidade
Os demónios urgem nas esperas
Das mulheres sensíveis
Para lhes aguçar beijos
Desesperados de desejo
Anseios perdidos
E borboletas a voar
O vento?!
Esse já foi. Passou
Qualquer dia escrevo. Hoje, nem palavras trouxe para atirar.
Eli
:)
19 comentários:
ADORO este Dali,sublime!
Verdade ou consequência?Hum....adoro este lado de um sonho acordado!
um beijo enorme,sempre,intemporal,imenso,só os olhos nos trazem estes sentires...nas mãos guardamos o sorriso!
bom dia
margarida
O vento se passou foi mesmo só aí nas ilhas, porque por cá mantam-se chato ao ponto de tornar a praia num tormento!:-)
beijinho bem grande e sem grandes ventos
Sorri...
Imaginei-me assim,um dia,admiti que poderia ser só um.
O meu mar encanto,fascínio,quase tudo...
Foi para ti que sorri mas perder-me nesta cumplicidade?...e eras !
m
Bonito poema este que partilhas connosco.
Bom fim de semana
"Qualquer dia escrevo. Hoje, nem palavras trouxe para atirar."
mas já atiraste!!! com este poema muito bonito...
bom fim-de-semana
abraço
RPM
Estou com dúvidas...
A Margarida e a pessoa que assinou como M é a mesma pessoa?
:)
mto fixe :D
Não sei bem o que dizer…Um olá, quem sabe… um repetir que gosto do que escreves neste espaço!
Estive ausente muito tempo… uma ausência… mas, todos os teus post’s aqui lançaste mas, que não foram comentados por mim eu li… ia lendo, ia sempre acompanhando o que escrevias… VOLTEI!!! Beijos!
boa tarde, eli
um beijinho para ti
um bom domingo
beijinhos
alice
Querida Eli
E quando sentires na mão que alguém te escuta, não o deixes partir...
Um beijo
Daniel
o vento passou e contou,
por cá ficaram
palavras
o vento foi
o pensamento ficou
...
não precisas atirar elas já chegaram...
:)
Passou, mas volta. Esse poema é música. *
Mas olha que sem querer, atiraste bem! :)
Beijocas
Lindo Eli,adorei,como sempre...
se com estas palavras nem palavras escrevestes...
o que será do dia em que voltares a pegar nelas e as levares pela mão?
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O vento podia trazer-me palavras que desejo ouvir para que o pavio não se apague, para que esse sopro acenda em vez de apagar as velas que me iluminam o peito. Por vezes sinto que atiro palavras ao vento, será que chegam aonde quero?
Beijinhos
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