Nunca saberás por que chorei aquela noite
Não verás resposta nos meus versos recalcados
Desbruçar-me-ei no mistério de os apagar
Em mãos sozinhas, sem gostar
sofrerei o passado para não ver nele o futuro
Qual natureza?! Quais folhas de outono?
Qual primavera, qual caminhada?
Não quero sonhar mais nada.
Alongar-me-ei sem mais pressas de finalizar
Palmas de dedos a tactear
Gosto quando me pedes para amar
Porque o que eu faço com as teclas,
com a música e contigo
é fazê-lo sem dizê-lo
Para quê falar mais e mais?
Dar asas à necessidade que jamais voará?
Leva-me a dançar em teus braços
Na cozinha, no teu espaço, no meu
E transforma nossa a tua cama
Com uma voz gritante de quem quer a felicidade
De quem deixou lá atrás os traumas
Monstros eliminados, fotografias arrumadas
Ama o meu toque, numa noite, numa noite
Alguma vez viverei a verdadeira libertação?!
Eli
2 comentários:
O toque intímo parece-me demais para eu me atrever a comentar,
não deixo de me deixar levar pela eloquência (o que aqui é um hábito em contraste com a minha rudez natural),
cumprimentos,
NR
NR
A tua nudez natural faz-nos querer tê-la por perto. Não somos feitos de coisas artificiais... apenas uma alma desnudada até à ruga mais vincada! :)
Agradeço o atrevimento!
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