Agora nem nómada, nem emigrante.


domingo, maio 29, 2005

Distância profunda

Copiar sentimentos em câmaras escuras
É coisa que desconheço de ti
Saberes o que pensas e o escreves
É um mal de muitas curas

Rebentar com o óbvio ocupacional
De tréguas quotidianas escolhidas
É ser e não ser ao mesmo tempo
A forma de viver este tão imenso mal

Danças de roda que não existem
E romances nunca mais escolhidos
Capacidade de viver assim
Ao som dos teus e dos nossos ouvidos

Capacidade de se divertir com tão pouco
Conseguir rir e fazer rir
Numa tristeza nunca mais imaginada
És aquilo que conseguir

Em palavras descansadas da solidão
Soletras nomes e a saudade
De alguém que nunca se teve no coração
Mas que rasgou a amizade...

1 comentário:

Anónimo disse...

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