Agora nem nómada, nem emigrante.


sexta-feira, dezembro 21, 2012

quinta-feira, dezembro 20, 2012

quarta-feira, dezembro 19, 2012

terça-feira, dezembro 18, 2012

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Felicidade? Sim.


Está bem, eu saio de cena. Também, este teatro nunca foi meu e, mesmo nos momentos de sonho, eu abri bem os olhos. Sabes porquê? Sabes?! Não sabes. Eu já estou habituada a sentir menos, a preparar-me mais. Sei falar, sei manter uma boa conversa, um discurso coerente, cheio de experiências verdadeiras e de sentires que preenchem. Não me resigno, porque para sair deste estado assim, só se for para melhor mesmo. Eu sei ser feliz.

:)

Eli

quarta-feira, dezembro 12, 2012

Fingimento





Foi como eu disse que ia ser. Eu ainda pensei em fingir, mas, fingimento?! Eu?! Eu algum dia faria isso comigo mesma ou mesmo contigo?! Não posso estar apaixonada, não me permito a mais que umas horas de ansiedade, que obriguei a acabar, pois isto no máximo, quando existe, tem sempre o prazo de uma semana. De que valem as lágrimas a seguir ao ponto final?! Nada. Pois, não as uso com frequência. Talvez tenha chegado àquele ponto na minha vida em que já fiz tudo no que diz respeito a procurar. Depois, é engraçado quando reconhecemos que temos um passado e, por mais que tente marginalizá-lo, ele existe. É preciso ter muita imaginação para conseguir viver bem com ele e ainda ser esta eu.

Não vou dar mais a morada desta casa, porque aqui lê-se muito este eu que eles não compreendem e estou cansada de explicá-lo. Se calhar, deveria ter ficado esperta de repente e ter realmente fingido um bocado que tudo era lindo assim. Mas, como não era, regresso a mim mesma e à total disponibilidade para a missão. Só sou uma pessoa (a)normal que não liga aos padrões com que se esbarra. E se tivesse sido verdade?! E se eu acreditasse?! Não, não sou burra. Não sou parva e, por favor, não me façam de parva.

Eli

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Postais :)))


Quem quiser receber um postal de Natal, pois ainda me restam alguns, apesar de eu já ter escrito quase 20, pode enviar a sua morada para o meu mail (rodrigues1981@gmail.com).

E se no PPC vos calhasse apenas uma morada?! Não tem um blogue, nem tenho qualquer referência sobre essa pessoa. Claro que se lê o blogue da PN, receberá o seu postal de igual modo, que eu já escrevi, mal recebi a morada!

Eli

:)

P.S. Para o "meu amigo secreto", que deverá vir a este blogue, um sorriso. Palavras só depois! LOL

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Preconceito alheio






Qualquer início, quando é comigo, está sempre condenado a correr mal. Não é que seja pessimista, nem que me sinta uma vítima das teclas do destino, avançado por sinal... Estou cansada de preconceitos e esteriótopos na cabeça das outras pessoas. Quando vejo pessoas a dizerem que uma mulher difícil é que tem valor e uma fácil é abandonada... mas o que é isto?! Para quê complicar?! Às vezes sinto-me mesmo única no meio de todo um branco, onde não há ninguém por perto.

Valoriza-me, mima-me, mas não me obrigues a distanciar-me. Às vezes fico com a sensação que não posso ser eu mesma, não me posso dar, tenho que ter um controlo qualquer que não entendo muito bem, mas sei que é cultural! Já aprendi isto há muito tempo. Será possível que há pessoas que nunca evoluem?!

Eu queria respirar fundo, bem do fundo da alma e acreditar, mas mais uma vez me vejo condenada à frustração. Eu gosto de mim, da minha companhia, mas quero experimentar a felicidade do companheirismo. Maldita paixão que se esfumaça sempre mais cedo... sem bem que continuará sempre a ser imprevisível!

Apetece-me dizer asneiras!

Eli

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Jantar de Natal (Blogueiros 2012)

Visão muito pessoal e egocêntrica:


Ora bem, eu estive a pensar se deveria ou não escrever sobre o jantar, até que descobri que deveria mostrar a minha perspetiva...

... a minha "reduzida perspetiva". Porquê?! Porque muita gente nem deu conta que eu estive lá, mas eu estive! Mesmo! São poucas as provas e as testemunhas, mas devido ao meu tamanho grande, deviam ter-me visto!!!

Ora, a minha amiga Carla foi avisada que teria este jantar (ela não é blogueira) e nem teve como escapar. Pôs-se a jeito o carro dela e veio-me buscar. Ainda me levou ao "Shopps" primeiro, pois como tenho tempo a mais, não comprei a prenda com antecedência! :P

Parece que ela foi a menina de mais longe das que estavam lá presentes. Palmas para ela (mesmo que não tenha sido).

Ora bem, quase quarenta pessoas resolveram sair da sua zona de conforto, como diz o meu amigo Gonçalo. Este, que tinha organizado os cinco anteriores encontros onde eu fui, desta vez deixou-me entregue a mim, "só pa ver se cresço". Ainda mais?!

Ora bem, demos logo com o restaurante, pois eu fiz o trabalho de casa, levando até a foto do mesmo! Parque de estacionamento como se quer, gps desligado e lá vão as meninas!

19:35 - Chek In - presépio à porta, Carla a admirar e eu a querer entrar!

À chegada, ficámos primeiro assim quase paradas. Eu nem sabia se sorria, se fugia com tantos desconhecidos logo ali, em pé. O Luís, moço tímido, ainda me disse o nome do blogue dele quando lho perguntei, mas não decorei. Por falar nisso, onde é que andas, rapaz!? Foste tu que ficaste com a prenda da Carla! Bem fixe! Um caderno para escreveres, sem linhas, como tanto gosto!

Ora bem, ainda perto da porta, assim naquela de ainda poder fugir, como ninguém dizia nada, eu mandei uma piada sobre o bacalhau que estava pendurado e o senhor do restaurante riu-se. A Carla e talvez mais alguém fez-me também esse favor e a partir daí nunca mais parei.

Ora, estava por ali o Senhor Jedi Master Atomic, que fez o favor de se meter na conversa e a partir dali, pronto, metemos a segunda e a conversa nunca mais parou.

Conhecemos a Ana Santos, que amavelmente veio falar connosco e quando eram já 20:00 mandou-nos sentar.

 Eu e a Carla sentámo-nos lado a lado e depois veio o Jedi que insistiu em ficar à minha frente, ensinando-me uma coisa de pernas que não posso contar aqui! (Ahahahah) Daí que ninguém se sentou ao lado dele! (Estou a brincar!)

Do meu lado direito e quase de costas, pois as mesas estavam "tortas" fazendo uma figura geométria estranha, ficou a Sofia, que me disse já não ter blogue. Tenho pena de ela ter ficado "mal sentada", portanto não lhe dava muito jeito conversar.

A certa altura, a meio das entradas, perguntei pelo Henrique, pois poderia ser um dos homens presentes na sala sem eu saber... mas ainda estava atrasado. O blogue deste menino era o único que eu conhecia deste mundo, cujo autor estaria presente, daí a minha curiosidade em conhecê-lo.

Ora bem, lá para as 20:30, chega então o Henrique que se sentou no lugar vazio à frente da Carla. O Jedi, como cavalheiro que tenciona ser, cedeu o seu lugar à Raquel, livrando-se finalmente de mim e da Carla que tinham sido a sua primeira escolha!!! (LOL)

Se a conversa já estava ao rubro com o Jedi, a seguir não baixou realmente a fasquia. Como eu disse lá, tive muita sorte pois tive uma primeira parte até ao final das entradas com boa companhia e quando veio a Açorda ainda mais ganhei!

Ao lado da Carla ficou a Benedita que fixei logo, pois tinha andado a ver (e a seguir) os blogues da lista e o seu tinha um título que me tinha chamado à atenção.

Quanto a prendinhas, uma menina recebeu uma caixinha com postais de Natal que ofereci e referi na altura, mas ainda ninguém se acusou! Se calhar nem tem blogue...

A minha prenda tinha o meu número preferido: o sete!

Quando o Jedi, sim, que estranho, que perseguição, me viu com a prenda na mão acusou-se logo e disse:

- Tens três minutos para abrir!

E eu vi aquele embrulho tão pequenino e pensei, tal como já tinha dito na mesa, "vai-me sair outra coisa sem jeito nenhum", como me acontece sempre neste tipo de jantar de Natal...

Mas, quando abri a caixinha, tinha lá nada mais nada menos que o meu objeto preferido:

Uma Ampulheta!!! (Daí os três minutos!)

Fiquei assim num misto de agradecimento e de magia por ter acontecido algo tão engraçado!

Andei a dizer na caixa de comentários do Jedi que ele não tinha dado prenda, mas era a brincar, porque sou eu quem a tem!!! (LOL)

Bem, saí dali quase de fugida, não sem antes assinar o livro do restaurante, com um grande sorriso  e posso afirmar claramente que apesar de só ter conhecido melhor o Henrique, um pouco da Raquel e brincado com o Jedi, a sensação final era óptima, como se quer. Para a próxima, espero que vá mais gente cujo blogue eu conheça e que também dê para circular mais.

Cheguei a casa, fui ler o blogue praticamente todo do Henrique, quase até cair! É tão raro conhecer alguém assim tão interessante!



Há por aí muitos outros relatos mais completos e engraçados que o meu, mas, como disse no post anterior, vou escrever mais "abertamente", embora o mistério me caraterize a escrita por aqui...

Foi tão bom aquele jantar, aquela noite. Adorei!


 Eli


P.S. Se alguém pretender que eu retire o link, é só avisar. Obrigada. Desculpem se invadi a vossa privacidade.

domingo, dezembro 02, 2012

Não publicar

Talvez hoje, esta noite, haja aqui um ponto de viragem. Sempre escrevi neste blogue de uma forma misteriosa, que me caracterizou com a palavra enigmática vezes sem conta. Está na altura de mudar. Para começar, vou publicar aqui um texto escrito já há uns meses, mas que eu tinha decidido que ficaria apenas guardado nos rascunhos. Decidi ser explícita!





Gostava de poder escrever o teu nome aqui, sem chorar, sem medo de te magoar, sem medo de te perder. Dizer-te que o tempo investido em ti foi tão bom, foi como o despertar de uma alma. Foi um sonho renascido, pensando que entre o meu soluçar ainda poderia encontrar alguém íntegro, bom. Dizes-me que não me queres fazer sofrer, mas a cada afastamento que me provocas, é como se tivesse que estar a ser obrigada a ficar sozinha. Logo a seguir, dizes que me desejas felicidade... Mas, qual felicidade?! Qual?! Se não queres fazer parte dela. Pudera eu mandar no sentimento como me pediste, como me disseste para ser. Mas, sabes o que é que eu vejo? Vejo um homem cheio de medo de voltar a querer amar alguém. Eu não te vou consertar. Mas, gostaria que quisesses um dia voltar a sonhar e por que não comigo?! Será mesmo que nunca mais vais sentir nada igual assim?! Magoaste-me quando me disseste isto. Eu consegui controlar-me para não fazer pressão, mas é-me tão natural querer estar contigo, partilhar coisas contigo, sorrir contigo, que uma palavra dita no meio de um sorriso... nunca pensei que me deixasses assim, sem sequer ser tua amiga. Pronto, eu controlei insuficiente. Mas, se me pediste para ser como sou, se gostas da minha espontaneidade, por que raio me afastas só por eu ter dito uma piada bem disposta?! Fazes ideia de como passei o resto da tarde?! Posso não ter o teu amor, nem quereres o meu, mas pensei que o amigo estivesse lá, mesmo, mesmo e hoje pensei que te lembrasses uma vez que irias torcer por mim, que torcias por mim desde o dia em que disse que nunca tinha sido colocada em agosto. Estou cansada. Estou farta de lutar. Bem sei que Deus só nos dá as provações pelas quais conseguimos passar, mas fogo, custa-me deixar ao menos viver um amor?! Eu sei que tudo faria para o manter, para fazê-lo sobreviver...
Estou cansada de tudo. Ser nómada deixou de ter piada. Ser solteira também.

Eli

sexta-feira, novembro 30, 2012

Esticar

Que contracenso! Pensei que fossem dois corações, mas afinal era só um. Mudava a cor, a perspetiva... e ficava-me assim, sem dormir. Digo a toda a gente que não consigo. É uma verdade meio caducada, pois o motivo alterou-se. Gerou-se uma ansiedade... a música vibra-me.

Eli

:)

Existes

É difícil explicar um quadro de algo que se adivinha fofo. Como já detestei esta palavra, irritando-me até sempre que a ouvia. Agora até a uso, embora não faça grandes descriminações. Por um lado, ainda bem. Sinal que evoluí. Como é bom sonhar assim em branco quando se prefere sempre o preto!... Como é bom sentir a beleza da naturalidade. Como é bom acreditar. Gosto de sentir. As noites estão diferentes.

Eli

:)


P.S. Mudei o tipo de letra.

quinta-feira, novembro 22, 2012

Tribunal dos Nadas




- Eu não sei fazer mais nada.
- Como?!
- A única coisa que sempre fiz foi tratar dos meus filhos.
Tinha vinte e sete anos. Um número ímpar que lhe dizia tanto como uma vida inteira que se resumia a um Curriculum Vitae de frustração. Nem uma oportunidade. Susana saiu de mais uma entrevista de emprego, que lhe tinham arranjada, sem esperança nenhuma. Desceu pelas escadas, sentindo aquele cheiro estranho a velho entranhado nas paredes. Não aguentaria três andares num elevador com dois metros quadrados. Abeirou-se da estrada, sentou-se no passeio. Imaginou o resto da sua vida como uma inexistência plena de nada.
Vivera na capital. Arredores, num cubículo arranjado pelo homem que tomou conta dela. Como não tinha família e conhecera aquele homem aparentemente seguro de si e do seu interesse, ela apaixonou-se. Mais velho trinta anos, coisa que nem imaginou ser importante. Tendo ela vinte anos na altura que o conheceu, suspirou num porto seguro que a protegesse, sonhou que a amasse, a fizesse feliz e assim constituiriam família.
Assim foi. Susana engravidou algum tempo depois de começar um relacionamento com ele. Foi uma felicidade verdadeira. Ele sustentava-a. Entretanto, ela conseguira encontrar um trabalho a lavar e limpar as zonas partilhadas de um prédio: escadas, sótão, sala de reuniões, elevador, etc.
Quando teve o filho, deixou de trabalhar, dedicando-se exclusivamente ao menino. Chamou-lhe Simão. O pai do rapaz aparecia cada vez menos, desculpando-se sempre com o trabalho. Um dia, estando ela já tão estoirada por não conseguir dormir, pois o miúdo não lhe dava uma noite descansada, pressionou aquele a quem chamava de marido, um companheiro meio ausente meio presente e perguntou-lhe, encarando-o:
- Tens outra?
Ele baixou a cabeça. Não disse nada. Sentou-se na beira da cama. Ela abanou-o compulsivamente.
Então, ele resolveu contar-lhe:
- Sempre tive outra família, mas quando te conheci não consegui resistir aos teus encantos.
Susana chorava compulsivamente. Simão berrava no berço. O seu pai pegou nele ao colo, beijou-o, colocou-lhe a chupeta e ele acalmou. O som do silêncio também ajudou Susana a raciocinar.
- Quando esperavas dizer-me?
- Não sei. Quando engravidaste, pensei em dizer-te logo, mas depois, estavas… estávamos tão felizes, que não queria acabar com esta emoção.
- Tens outra família mesmo?
- Tenho.
Receando perder a (in)dependência, acabou por aceitar viver assim desde que ele nunca lhe falasse da outra família. Viveria assim na ilusão de felicidade, embora, na ausência dele, chorasse incessantemente em silêncio.
Teve mais duas filhas.
Cinco anos depois, tendo ela vinte e cinco anos, ele faleceu. Ficou viúva sem alguma vez ter casado como o seu sonho de infância. Ficou viúva sem ter tido um marido. Ficou viúva e não poderia recorrer a nada, sem herdar nada.
Sem dinheiro para a renda e não tendo como sustentar três crianças, foi levada para um lar no Norte do país. Um lar onde acolhiam mães com as suas crias e ajudavam-nas a sobreviver.
Na verdade, ela sentiu-se bem naquele espaço asseado e acolhedor. Pensava muito no conforto que os seus filhos tinham ali, senão estariam na rua a apanhar frio.
Matriculou-os num Jardim de infância IPSS que trabalhava em concordância com o Lar onde residia, assim como o orfanato das crianças, tendo assim todas as condições para ir procurar trabalho. O Simão já tinha quase cinco anos.
Viviam na grande cidade do Porto.
A relação da Susana com as Educadoras de Infância era muito saudável e positiva, pois Susana estava sempre preocupada com o bem-estar das crianças.
Tinha uma excelente relação com os seus filhos. Havia muito carinho naquela família. Eram muito afáveis.
Susana passava o dia a procurar emprego. Ela não se importaria de fazer o que quer que fosse, pois tinha-lhe sido dito que a sua estadia no lar era temporária. Então, teria que arranjar uma casa urgentemente e um emprego para sustentar todas as despesas.
Susana procurava emprego, qualquer trabalho incansavelmente. Todos os dias à noite, chorava devido aos calos nos pés por tanto percorrer a cidade a pé, mas principalmente por não ter saída.
Contou a sua história à Educadora de Infância do seu filho mais velho, que a informou que o seu filho iria para a escola (1º Ciclo – Ensino Básico), pois estava quase com seis anos. Recearam ambas pelo futuro de uma criança que tinha tantas capacidades, mas que estava em risco. Os mais pequenos nem se apercebiam da realidade. O menino lia os olhares das suas referências.
Alguns meses depois, a Susana já tinha arranjado casa para alugar com o dinheiro de algumas horas que conseguiu a trabalhar na limpeza de casas de particulares. Estava mais animada. Ainda tinha um longo caminho a percorrer, mas o risco de ser expulsa do Lar já seria menor. A situação parecia controlar-se com ajuda exterior para alimentação.
Preparava-se para se mudar. Não tinha emprego.
Estando já o Simão na escola, orgulhosamente no primeiro ano, a aprender a desenhar as vogais, a lê-las e a cantar os ditongos, a correr e a brincar com os colegas, aconteceu o que mais se temera.
Susana foi chamada a tribunal para ser informada de que os filhos lhe seriam retirados e, nesse mesmo dia, ela deveria deixar o Lar, pois era só destinado a mães com filhos.
Foi a polícia primeiro buscar o Simão à escola, sem lhe explicar nada. A única reação do menino foi chorar sem saber o que lhe estava a acontecer. Seguidamente, foram ao Jardim de Infância buscar as duas meninas. Quando ele as viu, acalmou-se, mas ficou sem saber entender. Foram levados para um orfanato em S. João da Madeira, quando no Porto havia muitos e ficariam mais próximos da mãe. Susana nem teve tempo de se despedir. Quando chegou à escola e ao Jardim para se despedir, eles já tinham sido levados.
Recolheram os poucos pertences daquela mãe em sacos de plástico. Não teve direito nem a mais uma única dormida sequer.
Mas, o tribunal assim decidiu. As únicas referências que aquelas crianças tinham eram as pessoas da escola, a mãe e do lugar onde viviam. Foi-se-lhes retirado tudo.
Imagino que o Simão não deve ter cantado mais os ditongos durante muito tempo.
Só imagino, pois não sabemos mesmo o que lhes aconteceu.
Parece-me que aquela mãe, não tendo ninguém no Porto… acredito que deve ter sido acolhida por uma ponte qualquer…

(Baseado em factos reais.)

Eli Rodrigues

quarta-feira, novembro 21, 2012

Atrás

 
Engulo em seco depois de não respirar em exercícios conjuntos. Para quê aguentar num treino de experiências que não nos leva a lado nenhum?! Não corro. Os sons parecem reconhecer-me a mente e ficam a sentir-me por instantes, num processo de reconhecimento para que as palavras sejam tão minhas quão gostaria que fossem. Páro. Encontro uma dança de guitarras com maiúsculas desaparecidas. Como eu precisava de uma verdade. Os sonhos cansaram-se de mim. Gastei-os a todos, confesso. Admito que ainda olho para trás, mas é só para ter a certeza que existiu, mesmo que seja um grito de quase três vezes. Olho lá bem fundo no passado, enquanto uma música me lembra a imaginação. Vejo Um e Outro Homem  e Outro e Outro. Apaixonaram-se por mim...

Eli

quarta-feira, novembro 14, 2012

Profunda

Assim de um modo atabalhoado, já era tarde... e eu tinha simplesmente cozido umas pêras pela primeira vez. Sentei-me no sofá a saborear uma parte delas, colher na mão, pensamentos na outra e foi então que um amigo me ligou e fiquei perdida entre pensamentos vazios e sonhos pouco conseguidos. Mais tarde retornei e expus-me. Lembro-me sempre daquela parte do filme em que o Seth imagina o sabor da pêra através de uma descrição doce. Fez-se clique. As pêras que ele recolheu no cesto depois de a perder para os outros anjos, em grande velocidade, fizeram com aquela parte da perda se atenuasse. E eu pergunto-me: alguma vez serei profunda na realidade?! Sei que quando for, deixar-me-ei para trás para que um nós se faça num clique, num sabor.

Eli

terça-feira, novembro 13, 2012

Jantares de Natal

Sejam ou não blogueiros, sejam ou não chegados a comemorações natalícias, lembrem-se que podem contar com a minha companhia e a de mais algumas pessoas bem simpáticas! Falo por experiência!

Estou a pensar ir também ao Jantar de Natal no Norte, que será dia 8 de dezembro. Para isso, precisarei de contar com a vossa companhia. Alguém?!

Se queres participar no Jantar de Natal em Lisboa (dia 1 de dezembro), envia a tua

pré-inscrição, para:




Se queres participar no Jantar de Natal no Norte (dia 8 de dezembro), envia a tua

pré-inscrição, para:




Em ambas as pré-inscrições deves enviar, o teu email, o nome de blog e

o teu nome de blogger. Se não tiverem blogue, também podem ir! :)


Se se inscreverem, avisem-me.
(Ainda não me inscrevi no Jantar do Norte.)


Para mim, isto é mais um motivo para juntar e/ou conhecer pessoas simpáticas, alegres, divertidas!

:)

Eli



Cumplicidade


Eu gostava de aparecer simplesmente como se isso fosse normal há já muito tempo. Que não temesse a minha poesia. Que me quisesse profunda, normal ou simplesmente quieta. Quando a anormalidade assiste a nossa vida mais vezes do que o previsível, acabamos por deixar os sonhos mais comuns e mais saborosos para trás, defendendo-nos da sociedade com um compromisso de independência. Parece que nunca mais serei a mesma, aquela que naturalmente é e só por ser, imagina um pedaço de proteção, carinho e cuidado de alguém extremamente especial. São coisas vagas, são participações pouco plenas, mas subir a fasquia parece cantar e eu não tenho voz.

Eli

segunda-feira, novembro 12, 2012

Dos Desaparecimentos






Lembro-me da promessa. Não era uma promessa qualquer. Era um convite. Uma viagem até ali bem perto, até ele. Carregou com o meu olhar durante uma noite inteira, até que lhe perguntei sobre ela...

... ao que ele respondeu:

- Nem sei se te leve até lá, porque podemos deixar de ser amigos. Eu não quero perder a tua amizade.

E eu voltei a questioná-la:

- E a promessa?

- Isso que disse foi num jogo de palavras, pensei que tivesses percebido.

- Então, significa que eu sonhei com um momento contigo e apenas choveram pétalas no teu colo?

- Como? Explica-te. Nunca te percebo quando falas assim.

- Se eu tenho que explicar tudo, tu não deverias ter prometido aquele lugar cómodo.


Entretanto, desapareceu. Nunca mais me disse nada.

Detesto promessas.




Eli



Jantar de Natal de Blogueiros em Lisboa (dia 1)

Parece que ultimamente só encontro excelentes iniciativas cada vez que me passeio pela blogoesfera!!!

Então, desta feita, resolvi aderir à iniciativa de um jantar em Lisboa, no dia 1 de dezembro. Já me inscrevi, mas preciso da vossa companhia! Qual de vocês, leitor(a) deste blogue me quer acompanhar ao Jantar?! :)


AQUI NESTE POST têm os contatos para se inscreverem até dia 15 de novembro!!!


Podem responder-me aqui na caixa dos comentários ou para o mail rodrigues1981@gmail.com .



Eli


quarta-feira, novembro 07, 2012

Adormecer

Já falei deste projeto no meu outro blogue, mas creio que faz todo o sentido sonhar aqui também. Quem gosta de histórias - dizem que são infantis, mas são intemporais - pode visitar o site Adormecer que para mais é escrito por um autor, cuja escrita admiro muito.

Em todos os lugares, há espaço para sonhar. Se eu adormecer e sonhar, quem contará a minha história?!

Eli

:)

Coletânea "Beijos de Bicos"


A Pastelaria Studios Editora está a promover uma nova obra, cujo tema é o Amor!


Já estou a trabalhar na minha história para enviar até final do mês...


Regulamento :
Envio do pequeno conto, em formato Word, para pastelarialivros@gmail.com
Até dia 30 de Novembro de 2012
Para participar:
- O tamanho da história: até 10 folhas (páginas) A4
- O vosso manuscrito deverá ser enviado num ficheiro word. times new roman 12pts
- Deverá estar devidamente identificado
- Qualquer pessoa poderá participar, obedecendo ao tema sugerido.
- A participação não obriga a nenhum compromisso monetário, por parte dos Autores.
-Os autores participam gratuitamente.
-Os Autores podem adquirir os exemplares que desejarem (com desconto de autor)
-Todos os passos, até à publicação da obra, serão partilhados com os participantes seleccionados.
Tal como de costume.
- Todos os manuscritos que não obedeçam ao regulamento, não serão considerados



Cumprimentos (e larguras, lol)!

Eli


 :)

Prémio Dardos

 
A Brown Eyes, atribuiu este troféu a este blogue, o qual agradeço desde já!
 
Houve tempos que ignorei prémios, desafios e a própria blogosfera. Depois, chega (sempre) um dia em que "caio na real" e não quero perder mais...
 
Pelo que percebi, este prémio começou com uma intenção nobre. O Prémio Dardos foi criado pelo escritor espanhol Alberto Zambade que, em 2008, concedeu no seu blog, Leyendas de el pequeno Dardo, os primeiros Dardos, destinados a quinze blogues, que, por sua vez indicariam outros 15 blogues. O prémio espalhou-se e tem como objectivo reconhecer o empenho e o valor de quem escreve na blogosfera mas, como é impossível conviver ou participar sem que tenhamos que obedecer a regras, cada nomeado, que queira participar e aceitar o convite, terá que: 
 
1 - Exibir o selo;
2 - Linkar quem o premiou;
3 - Escolher outros blogues para indicar o prémio;
4 - Avisar os escolhidos.
 
Os nomeados são:
 
 
 
 Ando meio perdida, mas hoje dei-me ao trabalho de copiar link a link porque quero continuar a ir aos vossos blogues, assim como reconheço a importância das vossas visitas.

Obrigada,

Eli

 

sábado, novembro 03, 2012

PPC (Amigo Secreto)






(Como eu gosto destas coisas...)

A Polo Norte do blogue Quadripolaridades está a promover um jogo chamado 
Polar Post Crossing
tipo "Amigo Secreto" que consiste mais ou menos no mesmo só que desta feita com postais de Natal.

 Podem enviar os vossos dados à PN até final do mês como poderão ver se clicarem no link.


Quem quiser participar, veja tudo explicado neste link.




Eu já me inscrevi e irei participar com todo o gosto!

:)

Eli

sábado, outubro 27, 2012

quinta-feira, outubro 25, 2012

Aceitação


Decidi colocar de parte os meus sonhos... já há algum tempo!... E não é que dá resultado?! A vida parece outra, mais leve, mais minha, mais presente. Penso que não estabelecer objetivos que carreguem ainda mais os dias, pode ser uma salvação. Aceitar a vida como ela é, sem estar sempre a recorrer a "nãos" também pode facultar uma arma poderosa na luta do quotidiano. Quando me voltar a vontade de levar tudo à frente, quando tiver poder para carregar todas as páginas nos ombros, mostro-me ao mundo, fecho o guarda-chuva e deixo ser dia, em vez de recorrer apenas ao encanto da noite, para que me compreenda.

Eli

quarta-feira, outubro 24, 2012

Massagem

Uma limpeza na casa e a seguir, o que apetece?!

Limpeza na alma, update dos sentires...

Uma mudança, alguém novo...

Uma massagem.

Nos tempos que correm, os toques, as sensações têm mais valor...

Relaxamento...

Os músculos carregam todas as tensões, frustações...

Embora libertar?!

Eli

:)

sábado, outubro 20, 2012

Aconchego


Imaginava um fim de semana de noite aconchegante... com a companhia mais ternurenta, mais carinhosa... mas os planos mudam do nada e, de repente, já não tenho o chá prometido, já não vivo o abraço quente... Ainda que leia na paragem, um reflexo de alguém sincero, não posso crer que a minha vida tenha ficado este vazio tão repentino. É tão bom quando um calor, como uma música, nos envolvem e nos sentimos... me sinto, me senti... protegida. Levei-te a coragem. Não voltaste a partir por uma falta de promessa, por uma confusão, porque eu não fui segura... então, se é por favor, agora não.

Eli

quinta-feira, outubro 18, 2012

"Ocultos Buracos"



Queridos leitores:

Convido-vos para o lançamento do livro acima mencionado, onde tenho uma participação (um texto). 
(Somos 98 autores!)


Cumprimentos,

Eli

Mas


Durante a minha vida fui desenhando um caminho qualquer, entrando por encruzilhadas, perdendo-me no escuro. Quando pude aproveitar os momentos, estive lá. Estivemos. No entanto, atiraram-me com um "mas" e o colorido háde ser apagado.

Eli

terça-feira, outubro 16, 2012

Suspira-me


Ainda que pouco veja, tanto sinto, tanto pressinto
Ainda que nada toque, toda eu, arrepio

Ainda que eu verse sem música, assobio
Vens tu e inspiras-me de mãos esguias

Sem medo de me perder, encontro-me
Na nossa dança de beijos

Podia promete-te o mundo
Mas, prefiro viver-te ao segundo.

Eli

:))

segunda-feira, outubro 15, 2012

Despertar



Num despertar de música, assim fiquei eu, tão nua de preconceitos, que eu própria me vislumbrava num momento muito próximo dentro do nosso futuro. Abrangias-me o abraço dentro do teu abraço como se já não faltasse mais nada para ser plena a realização da imagem. Entretanto, os cheiros misturavam-se e os corpos contorciam-se. Contei-te ao ouvido que já pensava em escrever descrevendo, mas ainda não o tinha feito e para te provar que as minhas palavras nao sobrevivem de tristezas, aqui te beijo, aqui te quero.
 
Eli
 








 

domingo, outubro 14, 2012

Sem dançar, sem respirar


Por que me levas o tapete onde voava?
Por que me deixas assim, sem dançar?

Onde estão as perguntas que desejava?
Não respiro.

Queres ver-me chorar...?

Eli

sábado, setembro 29, 2012

Tive


Era uma vez... uma casa...
 
Hoje, ia a caminhar na rua... como tenho feito nos últimos tempos, na vinda de um trabalho curto, mas uma rotina preciosa... e naquela estrada longa, vi um menino dos seus dez anos e uma menina dos seus sete anos. Ele levava-a pela mão. Ele, cabelo escuro, curto o suficiente para ser corte de rapaz. Vi que se olhavam nos olhos de vez enquando, enquanto iam dizendo algo. Ele mais alto, quase se baixava e ela esticava-se. Ela, cabelos loiros, quase a tropeçar, pois tinham que andar depressa. Os primeiros pingos tinham caído. Estava a começar a chover. Mochilas às costas como eu. Como eu gosto. Outono nas árvores. De tão apressados, ela tropeçou nos seus passos e ele segurou-lhe a mão com firmeza. Joelhos rasparam levemente no chão. Vi que ele lhe perguntava como ela estava, pelos gestos. Até que ela lhe deu a mochila e correu à frente dele... Parece-me que ele ficou uns quatro passos atrás, a correr (também) com orgulho da sua irmã.

Eli








sexta-feira, setembro 21, 2012

terça-feira, setembro 18, 2012

Piano's


Não vês que estou só?! Não me vês, porque eu já sou antiga. Sou como a eterna estátua da fertilidade, sabias?! Sim, podes sorrir, porque ultimamente alimento-me de vozes alheias e dos meus sorrisos íntimos entre rede e tempo. Escolho o piano, se me permites. Será que cresce alguma coisa das sementes que lancei à terra?! Não me apetece regar. Quero antes ver quem tem uma gota de água que me sacie, que me traga o rio e me leve até ao Oceano.

Eli

:)