Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, abril 29, 2006

Mais!


Salvador Dali

Mais do que um simples toque...
É o sorriso que trazes pela manhã
É a dentada, o olhar e o toque
Que dás nu, numa maçã...

Cores?! Aquelas cores. Nada de paletas.
Talvez o rosa, o qual nem gosto nada
Mas, mais do que estúpidas ilusões ou tretas
Temos as frases sussurradas pela madrugada!

Apenas mais uma quadra neste manto negro
No qual me deito e deleito outra vez
Numa envolvência só minha, que ergo
Estro, eminência, sensatez...

... À inteligência que me consome
... Às palavras timbradas e tolerantes
... Ao momento de soletrar o teu nome
... Aos tentadores e consentidos beijos sufocantes.

Eli

:)

quinta-feira, abril 27, 2006

Abraço!


A minha face destapa-se a cada olhar
A cada um dos teus sorrisos de alma
De cada palavra proferida a pensar
Em mim agitada, serena e calma

Conheces-me assim... num soluçar
De palavras subjacentes ao mimo
És especial, vieste para ficar.

A tua voz sussurrante serena a minha
Num azul de mar que verás comigo
Tal como te pedi em horas tardias
Dás-me a tua mão, meu amigo...

Talvez tua mão não chegue...
E num abraço
Mataremos o tempo e o espaço.

Mais?!

Isso Agora... :)

Eli

:)

P.S. Todas as imagens deste blog, sem identificação, foram retiradas da internet, cujo endereço não possuo.

segunda-feira, abril 24, 2006

Nevoeiro...

Foto de Clifford Ross

Eu again!!!
Parece-te o preto algo que não trago em mim? Brilharei demais neste nevoeiro de tamanha dimensão?! Talvez não. Talvez nenhuma objectiva consiga obter a imagem do meu Eu para ti. Sou tudo o que te escrevi em cartas intermináveis, pois nunca lhes puseste o fim e o meu terminar é sempre um meu sorriso.
Tu...
Reticências de tua alma lançadas supostamente ao acaso. És muito. Enviei-te apenas reticências, porque não saem as palavras quando há tanto. Tudo já fora descrito tantas vezes, mas haverá sempre um poema para escreveres, haverá sempre um sorriso para me enviares, estaremos sempre nalguns lugares só nossos pela forma como nos lembramos deles... Os meus pensamentos estão claros e teus olhos me dirão as minhas certezas... são as tuas verdades e és especial... por mais que possa parecer qualquer outra coisa... as tuas letras resumiraram os passos recatados que permitiste...
:)

O nevoeiro é um ponto
De umas reticências entregues nos meus dedos
Em palavras encontradas
Numa alternância significativa
Entre dúvidas capazes
Entre tomadas de mãos que se partilham

O nevoeiro está denso
Assim... prossigo na obscuridade
Apenas caminho, calma, cúmplice
Aguentando... esses remos que me querem levar
Mas vou... onde só vai...
..."quem não tem medo de naufragar"...

Eli

:)

quinta-feira, abril 20, 2006

Tempo no Espaço


Encontro-me no meio do tempo
Em que escrevo palavras à deriva

Dantes escrevia quando precisava
Agora, neste espaço, a alma está viva
Sempre que me deixo levar
Por músicas
Por cordas de embalar
Por mim,
... pelos que me podem tocar

Podem ser de aço
Ter força para segurar
Poderão permanecer cá em baixo
Sem força para me levantar...

Mas, tanta meditação
Acabará por nunca decifrar
Moedas em espaços
Que não posso pagar

Sou uma meta ultrapassada
... à morada que encontrar
Tenho umas linhas de chegada
Que me podem enforcar!

Trato-me com arrogância
Tantas vezes, só para não acreditar...
Em que, cada palavra, a inteligência
Permanece em gestos, impulsos e no não esperar.

Dantes, desesperada,
Apenas explodia poesia
Em dias de desânimo, paixão, tristeza, cobardia...
Aqui posso permanecer parada.
...
Aqui, soube manter-me, achar-me, desejar-me...
Adoro o feedback... Obrigada.
Em cada vislumbrar de gotas, vou saciar-me.

Pois, só assim consigo sobreviver
Não me deleito apenas em papel e velas arder
Mas preciso, anseio e contorno sempre sentir
Para, em passagens paralelas, conseguir
Este olhar (expressivo e desconfiado) manter
Num triste, mas doce caminhar
Sob bandas sonoras de um sonhar...


Eli

:)

Este Espaço faz um ano dia 20 de Abril de 2006.

terça-feira, abril 18, 2006

Dualidade


Capacidade de sonhar com montanhas cada vez mais altas
Deixar-me levar pelas marés com nomes de meses quentes
Sou pertence desconhecida de conhecidos que são
Apenas energia... mesmo quando na presença me faltas
Mesmo quando tudo é um perpetuar de mentes
Um olhar transversal desvenda partes da minha razão
Não...

Subir à montanha mais alta e procurar respostas.
Ando perdida e não quero ser achada
Cada pista que deixei atrás das costas
...foi por mim apagada.

Apenas me quero e à consciência
Que me liberte para... simplesmente...
Consumir-me
Respirar-me
...

Sem precisar de clemência
Sem matar meu lado exigente.

Eli

sexta-feira, abril 07, 2006

segunda-feira, abril 03, 2006

Lugar de sempre...

Foto de Eli

Resumidamente...
Parece tão pouco tempo aquele que já circulei
Já me prostrei,
Me esqueci e... efectivamente
Me lembrei...

Quando olho para aquele lugar
Não vejo sempre o mesmo espaço
Nem o mesmo céu
Nem o mesmo encanto do desejar
Nem me puxo pelo braço
Nem sequer sonhei que fosses meu

Trago fantasmas em passados
Pouco lembrados e nada esquecidos
Mas, pediste-me de olhos arregalados
Que te levasse até aos gemidos

De choro, de impaciências,
De acreditar
E de sorridentes crenças
Levo-te ao meu mar

Porque assim o desejaste.
E...
Não quero ir sozinho...
Sabes os versos que cantaste
Anseio ouvi-los de mansinho...

Eli

:)