Agora nem nómada, nem emigrante.


sexta-feira, julho 31, 2009

Erro

Quantos caminhos terei de percorrer mais até chegar lá?! Quantas vezes vou ter mais de me magoar?! As amizades que vou construindo sempre me fizeram sobreviver e, no mundo real, encontro vazios inexplicáveis que tento colmatar com ocupações... O tempo ocupado nem sempre rende. Tomei algumas decisões baseadas em atitudes mal (ou nã0) pensadas e... não irás sentir a minha falta, pois, se desligares a net, eu deixarei de existir.
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Eli

sexta-feira, julho 24, 2009

Poesia


Enquanto vou e venho, respiro poesia.
Rompeu-me uma inspiração
Entre o sangue e o suor
O arrepio
Ia e vinha
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Devoro palavras ao som da imaginação
Perco-me mais um pouco
Entre o sorriso
E um abraço
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Deixo pontos no teu encalço
Para que descubras o caminho
Da indefinição
Sem futuro
Sombrio
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Eli
:))

quarta-feira, julho 15, 2009

Desilusão

Não vejo o caminho...
Às vezes ponho-me a sonhar com o fim de uma estrada e o princípio de outra. Ouço sons de felicidade e arrebito esta inércia aparente. Num dia, as ilusões foram-se e, no outro, há boas notícias para comemorar. Quero-me assim, como sou...
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Chegada a hora, entrei naquele local público. Uns conversavam vivamente, outros mantinham-se discretos. Até uma festa de aniversário havia ali. Eu entrei e sentei-me num lugar cómodo depois de ter cumprimentado algumas pessoas que conhecia de vista. Esperei-te, tal como das outras vezes em que esperei por homens que me fizeram alterar a respiração.
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Comecei a reparar numa voz presente. Não tinha a certeza se eras tu ou não, pois não me pude virar para identificar-te. No entanto, tu viste que estava presente e, nem em nome de todas as vezes que conversámos horas seguidas, tu me cumprimentaste.
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Foi por isso que sopus que não seria a tua voz, pois, se fosses tu, terias-me puxado para ti e não me deixarias ali sozinha à mercê de pensamentos tristes e sombrios. Quando me virei de lado e quase te vi, proferi umas palavras que te fizeram responder. Então, fiquei com a certeza que eras tu.
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A partir desse momento, a desilusão foi imediata. Ainda tentei que as minhas palavras te suscitassem algo... que... eu vivi. Acho que tu não.
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Vou entregar-me mais uma vez às falhas dos seres humanos com que me cruzo e dizer-lhes aquilo que penso?! Sim, de facto, vou. Algum dia hei-de acertar.
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Quero-me assim, como sou.
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Eli
:)

segunda-feira, julho 13, 2009

O meu abraço...

... está vazio.

Eli

:)

quarta-feira, julho 08, 2009

Passado e Presente


Rasgo a inspiração e olho para trás tentando absorver algo mais. As descobertas e as vivências não se medem em balanços. O meu romantismo profundo continua presente. Incrível como tenho a capacidade de dar sempre aquela volta necessária à sobrevivência do positivismo.
Entrego-me à música de um piano... não apenas de um, mas de vários que tocam em uníssono para que me liberte nesta dança. Eu quero sempre dançar. Eu pretendo deixar-me levar de olhos fechados enquanto ouço a água a murmurar, a ralhar ou a espelhar...
Levo-me entre braços em mãos, carregada no colo da esperança e acredito. Simplesmente sei que é possível. E a música diz-me tudo isso e tanto tanto mais!
Eli
:)

segunda-feira, julho 06, 2009

Tesouro



Hoje fui a dois concertos. É mais um dia em que enriqueci. Não fiquei mais rica por ter mais dinheiro, pois nesse sentido não vejo isso acontecer. Porém, a minha pessoa enriqueceu-se com novas experiências. É assim que eu penso. Vivo mais e permito conhecer pessoas, viver coisas diferentes, dançar, cantar, sonhar, etc.. Tudo isto faz parte da minha descoberta do Mundo e da criação da minha personalidade. A minha história de vida é o meu tesouro mais valioso e é impossível ser roubado enquanto houver memória.

Posso respirar fundo e inspirar-me com as minhas próprias vivências. Sinto-me bem. Sinto-me preenchida.

Eli

:)

sexta-feira, julho 03, 2009

Prenúncio


De repente, mandei parar as cordas da guitarra que se apressavam noutro compasso similar. Deixei um espaço vazio lá atrás e teimo as borboletas coloridas no olhar e no sentir. Toda a gente há-de saber que eu venci uma batalha após outra, aparentemente derrotada. Ganhei sempre tanto que te disse nunca ter perdido. Hás-de vir saber que o papel que te roubei há anos é um fado alegre. Se me entenderes sempre assim, como sou, com todas as partes, caminharemos descansos na areia com pegadas de gaivotas e de gentes e do mar...

:)

Eli