Foram tantos encontros adiados que às vezes as letras se baralhavam com a consciência de uma coisa qualquer, que não seria todo o afeto outrora demonstrado, mas a música perdida, sem o sentido realizado, outrora numa dança contigo.
Eli Rodrigues
Agora nem nómada, nem emigrante.
Foram tantos encontros adiados que às vezes as letras se baralhavam com a consciência de uma coisa qualquer, que não seria todo o afeto outrora demonstrado, mas a música perdida, sem o sentido realizado, outrora numa dança contigo.
Eli Rodrigues
São ondas de um oceano gigantesco
Sabendo a vida entre os dedos pequenos
São notas de um quarto pitoresco
Musicando pedaços descalços
De momentos saudosos
Daqueles abraços
Dormes sob o som
E sonhas descontroladamente
Com o negro sem chuva.
Traz-me frutos vermelhos
E o beijo quente!...
Eli Rodrigues
É como se todas as músicas nos tocassem na pele e nos mostrassem que sim, que queríamos ser ouvidos um pelo outro. É uma sintomatologia de reencontro de algo que não se planeou, mas se quis. Tanto. És a positiva ansiedade que carrego com carinho até ao próximo reencontro.
Eli Rodrigues
Para quê trazer a emoção
Para uma vida controlada
Sem música, sem reação
De lágrimas atolada
Não queria ter ido ao engano
Mas fui teatro, fui peça
Fui dama que baixa o pano
Numa tarde que me entristeça
Foi uma espera ponderada
Aceitei ficar sentada
Não vieste ao meu encontro
Escondo mais um monstro
Eli
Queremos muito, queremos tanto
Aquelas cócegas que ele nos traz, trará,
Mas parece que primeiro, em silêncio, pranto.
Acreditando no que a tua presença me fará.
Eli Rodrigues