Agora nem nómada, nem emigrante.


terça-feira, janeiro 31, 2006

Reflexo


Foto Eli

Não escondo eu o que o mar me mostra?!
Como quererei não mostrar o que reflicto?!
Estava mesmo assim... Não era ostra...
Nunca fui pérola... Mas, reflicto...

Queria poder não ser transparente
Queria escolher o que reflicto
E estar sempre sorridente
Nunca fui bela, mas reflicto!

Sabes?! Quero, numa onda me envolver
Assim... Como uma barbatana me sentir
Como um Peixe, escrever
E... sempre assim... a sorrir!!!

Porque... tal como o mar
Volta a reflectir o azul do céu
Lá voltarei a ver reflectido o meu olhar
Que será o reflexo do teu...


Eli

:)

sexta-feira, janeiro 27, 2006

escreverumlivro

Salvador Dali


Nas raízes rasgadas...
Pude escrever...
Encantadas...
Por uma canção...
Dei-me a ler...
Deram-me atenção.

Fui escrevendo este livro aberto?!
Rasurando mensagens proibidas...
Não temi o destino certo...
De verdades escondidas.

Não inspiro confiança.
Não trago azul marinho.
Não tenho aliança.
Nem sei o caminho!

Eli

:)

quarta-feira, janeiro 25, 2006

O Sol Azul

Podemos pedir que nos sorriam...
Podemos alcançar água...

O Mar e a Terra criam...
Sem dor nem mágoa...
Um Sol de Azul valor...

Como um céu que se espelha no Oceano
Como um deserto de Inferno insane
Como o... opaco transparente de... dor?!

- Não!
Então...
De... ?!

Isso agora...


Eli

:)

domingo, janeiro 22, 2006

A Voz

Salvador Dali


Era uma vez um menino que vivia numa ilha. Ele vivia com os pais, mas com os sonho de um dia sair dali e conhecer outros lugares, outras pessoas...
Logo pela manhã, assim que acordava, mal tomava o pequeno almoço, pegava na bicicleta e punha-se a pedalar para a escola, feliz, pois ia jogar à bola com os colegas e com a professora nova que gostava tanto de lhe fazer cócegas!
Esse menino cresceu. Tornou-se um jovem cabisbaixo. Não sorria, não sentia. Apenas esperava.
Um dia, apareceu-lhe uma borboleta encantada que exclamou:
- Sei que tens um grande desejo!
Ele disse, admirado:
- Como sabes?! Só és uma borboleta!
- Sei, porque eu senti-te triste e vim realizar o teu desejo. Mas preciso de duas coisas tuas, uma é a libertação material - dás-me a tua bicicleta. A outra é uma lágrima tua, com sentimento.
O jovem não quis chorar... quis antes guardar todo o sentimento para ele, muito menos lhe dar o pouco que tinha (a bicicleta).
Passadas cinco semanas, o jovem estava pensativo, a olhar o céu e a lamentar a sua triste existência. Permanecia num lugar alto de onde conseguia ver o mar em todo o seu explendor. Vislumbrava o horizonte e deixou cair uma lágrima.
Dentro de si, uma voz questionou:
- Dás-me o que tens?
Ele respondeu no pensamento... sem proferir qualquer palavra:
- "SIM".
Nesse momento, as cores do céu misturam-se com as cores da terra. O perfume do mar encheu-se de ternura e ele viu aproximar-se aquilo que julgava impossível...
- Aceito, mas se nunca me deixares, Voz.
- Sou a borboleta que conheceste. Estive sempre dentro de ti... mas precisaste de me ver para acreditar em mim.


Eli

:)


(Quando damos tudo o que temos, recebemos muito mais do que demos e não perdemos nada do que realmente já tínhamos...)

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Estrela

Foto de Eli...

Estranho este meu sentir...

Estranho este meu eu... alone... assim...

Acompanhado de tanta gente a sentir

Garras de mim!!!

...

Tentáculos em sorrisos que não posso ocultar...

Sentimentos em salas de janelas altas...

As minhas veias a pulsar!

Em silêncios e falas...

(...)

A minha vida passou neste espaço

Em cinco meses do mesmo sonhar

Agora, sonhos vazios, um abraço

É tempo de recomeçar!

(...)

Tenho tantas páginas brancas por escrever

Tenho tanta alma e coração

Tenho tanto para crescer

Tanta imaginação...

(...)

Vi uma estrela brilhar

E num livro escrever

Um desejo de continuar

A renascer!

.

Eli

:)

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Amigo



Tantas e tantas vezes ficamos apenas a olhar para a nossa vida como ela era, foi e como será!...

Estou bem.

Uma amiga faz anos hoje (dia 18) e venho agradecer a sua presença, assim como dar-lhe os meus parabéns!

Aproveito para deixar um abraço a todos os meus amigos e dizer (mais uma vez) que cada um tem um espaço só seu no meu coração, aquele espaço que fica vazio se não for ocupado pela pessoa que é dona dele!

Reguemos as plantas da amizade!

Parabéns, ranha!

Eli

:)

ranha - s. do verbo "ranhar"; congra.

domingo, janeiro 15, 2006

Morada


Andas com a esferográfica ténue nas linhas brancas e escreves para quem lê?! Ou deixas-me ao acaso para te admirar, apenas olhando para trás?! Sorrateiramente, o vento me bate nos olhos quando avisto o mar todas as manhãs. Mas, teimo em não ver o horizonte que me faz sonhar. Não possuo negro nem branco. O meu coração foi azul em ti e revi-me nos teus gestos. Cada vez que te tocavas, era eu que não queria fazer assim, pois foram traços que não me foram permitidos. Não posso e sei que nunca vou poder, apesar de ainda não o conseguir! És letras em mim, és teclas, és o clique! Vives as manhãs com sabor e eu durmo-as como sonhos que se matam por apenas existir. Agora, estás à entrada da minha porta, mas ela fechou-se, já não está escancarada, nem sequer entreaberta. Não sei se algum dia se abrirá, se não me pedires. No entando, a janela estará sempre lá, porque podes sempre ocupar o lugar de amigo que sempre mereceste. Moro aqui, na campainha do meio... sabes?! Quiçá sonharei muitas mais vezes nestes lençóis de nevoeiro... ou nestas ervas que já foram verdes...
Saboreias as palavras quando queres, quando podes, as que mostro, aquelas que mantenho... Hoje sorrio muito. Alivio o pouco que me faz renascer... a minha alma é esta e não quero outra!
Escrevo cartas daqui e aqui as recebo!
Eli
:)
P.S. Apetecia-me deixar a minha morada!!!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Passado


Quando olho para trás, consigo ver...
Quando olho para a frente, não.
Quando... capacidades infundadas
E estranhezas realizadas
Se fundem num só pensar
Deixam-me sonhar
Mas, não passa de passado...

Há momentos em que o amor
Fica ultrapassado
Pela autonomia da inteligência...
Em que, seja como for,
Cada momento, na sua existência
É, por ter sido, um ponto a favor
Na sua real excelência.

Pegadas
Suadas
Marcadas
Queridas
Sentidas
Desejadas
Mortas
Enterradas


Eli

terça-feira, janeiro 10, 2006

Aos amigos!


Fotos minhas

Nas férias do Natal, falei aqui do passeio e hoje venho mostrar um pouco do que eu vi.
As viagens de carro, a própria condução me fazia pensar em muitas coisas. Em lugares que ousava alcançar, em pessoas com quem ia estar nesses lugares, mas pensava sobretudo em mim e naquilo em que acredito, confio e sonho...
Foi uma época de reflexão em que me punha muitas vezes a conduzir na A25 e me deixava levar... ansiando que não fosse a única a fazer o mesmo. Muitas pessoas não aproveitam o que têm. Não dão valor ao simples calor humano de um amigo que o espera...
Foi tão bom saber os meus amigos junto a mim, com a mesma dose de confiança, reforçando o carinho... Lamento que não possa estar mais vezes com essas partes de meu coração... no entanto, vou tendo provas que aqui também posso triunfar, pois, quando aqui cheguei já vinha acolhida, já não vim sozinha no avião.
Gosto de sentir os amigos. Gosto da sua presença, que, mesmo teimosamente ausente, me leva a crer que é a mais próxima possível de momento devido às suas vidas tão preenchidas... Acredito que não sou esquecida, assim como não os esqueço. Sei perfeitamente que não posso esperar dos outros, o mesmo que faço, por isso é que às vezes me dão tanto e também eu fico a pensar se serei merecedora... pois, se acho que tais merecem, então eu também aproveitarei essa partilha tão saborosa...
A vida é uma estrada... onde nos conduzimos e deixamos que nos conduzam... então, os amigos são como os carros...
Eli

:)

domingo, janeiro 08, 2006

Haverá?!

Dali

Haverá um lugar quente onde os que já foram nos possam esperar?!
Será que nos poderão acolher?!
Haverá esse lugar?
Será que nos podem ler?!
...
Será que me poderão ouvir os pensamentos, ou levar-me as palavras como uma banda sonora que não acaba, para nunca acabar o filme... e chegar à despedida... e quando não nos despedimos... ficamos.


(Pelo 7 de Janeiro de 1998)

Eli

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Felicidade

Salvador Dali

Conseguir ser um golfinho e abraçar o mar

Em todo o seu explendor

E, conseguir fazer-se desejar

Na retoma do Amor.

Deixar linhas de poemas em aberto

Pela telepatia descobrir,

Qual o gesto mais certo

Para te fazer sorrir...

Felicidade é sobretudo poder sonhar

É seguir o coração aparentemente frio

É deixar-me levar

Pelo grande desafio...

Eli

:)


(Dantes nem ligava aos golfinhos, mas, nos Açores seria impossível... gostaria de os ver aí, numa viagem de barco...)