Agora nem nómada, nem emigrante.


segunda-feira, abril 30, 2012

O Amor Acontece #1 (por mfc)

«A Minha Micas





A 19 de Julho morreu no meu colo, depois de 17 anos de uma cumplicidade imensa.
A alguns pode parecer caricato o amor por um bicho.
A mim parece-me absolutamente normal e natural.
Foi o único ser com quem convivi horas a fio por dia, durante tanto tempo, e que perdi para sempre.
Não o estou a comparar a outros amores (pai, avós, tios), mas este era como  um filho meu... o quinto!

Beijos.

mfc»




Esta foi a primeira participação nesta comemoração dos sete anos de blogue. Achei lindíssima esta partilha. Os meus parabéns por um amor assim.

Eli

P.S. Quanto às restantes participações, vou publicando uma a uma como se de uma surpresa se tratasse! Ainda estão a tempo para participar.


quinta-feira, abril 26, 2012

Ad eternum

Amor... coisa estranha essa que nos entra corpo adentro e, quando a jugamos adormecida ad eternum, ela solta-se, dançando ao som de certas músicas, como se estivesse sempre ali, assim, livre e viva e a gozar connosco por não a conseguirmos controlar.

Eli




Imagem daqui

segunda-feira, abril 23, 2012

Suspensa


... é assim que me sinto. São as pessoas que passam por mim, que me mantêm lá em cima, suspensa, no ar, ou não, mas são elas. São essas pessoas que eu preciso constantemente. Quando fico apática, quase inerte, acabo por seguir um caminho que me leve à comunicação com pessoas vivas, que me fazem levantar do chão. Gosto da forma como cada um me lê, me entende, me vê, me ajuda... porque cada um tem um papel distinto que teimo em destabilizar.

Queria dizer tanto, mas só consigo escrever tão pouco!

- Um amigo que encontro nas palavras escritas e cujo procurei sua voz.
- Um amigo que está tão longe e seu sotaque me lembra da minha história. Uma capacidade singular para me mostrar o caminho certo através da sua intuição. Uma sugestão certa para o caminho que desejo seguir.
- Uma amiga que me lembra o presente e partilha como se não houvesse amanhã, que me faz rir de mim, comigo. Uma coisa que quase não tem explicação. Ela chegou e, antes de estar com ela, já sabia que ia ser assim. Ouve-me de uma forma que sentir-me útil é dizer pouco.
- Uma amiga que me lembra o passado, mas regressa de tempos em tempos, porque é assim que é, porque não é preciso mais nada... e o que esta me fez hoje, foi mostrar-me sem saber que o meu caminho afinal é simples. E... agora... só queria que ela soubesse que pode descansar em mim.

Eli

(Agarrando o coração de todos os que hoje foram a casa e a família, sem saberem nunca do quão vivem em mim.)






quinta-feira, abril 19, 2012

O amor acontece?


Em tempos que tudo se atira à cara e também tudo se esconde, em que nos habituámos tanto a dizer como a esquecer... em que as vozes ganham outro rumo, será que o amor acontece?!

sete anos que escrevo aqui, nesta morada navegante.

Sete anos volvidos e, este blogue, mantém-se vivo... eu descanso nele mais uma vez.

Hoje, venho desafiar-vos para escreverem o que quiserem com o tema/título deste blogue "O amor acontece?" 

Respondam sob a forma de prosa, poesia... qualquer forma serve, até vídeo ou fotografia.

Mais tarde, publicarei as vossas ideias, que enriquecerão este blogue, tal como acontece cada vez que o lêem ou comentam.

Não se inibam, mesmo. Gostaria muito de receber as vossas opiniões, sensações...

Agradeço desde já a vossa colaboração, que enviem para o mail rodrigues1981@gmail.com

Têm até dia 29 de Abril para me fazer chegar as vossas participações.


Eli

Afinal, resolvi que têm o tempo que quiserem sem pressões, para enviar as vossas participações. Penso que um ano será tempo suficiente. Inspirem-se, que este blogue esperar! :))

(Vou publicando à medida que me enviem...)

Eli

segunda-feira, abril 16, 2012

Vaga




Vaga sou eu e as minhas palavras, porque me tocas em todas elas. Já as faço confundirem-se, já voltei a escrever sob a forma de mistério. A vitória não me alcança, apenas me rima uma esperança.

A música toca e arranca de mim mais um suspiro. Alguém me ouve contar esta história que tampouco ainda nem vai a meio e já encantou como se de um livro se tratasse. Quero muito arrancar as veias deste caminho e respirar artérias. Sem cruzamentos, sem tormentos.

E, num parágrafo, me descubras, feliz, por ti, por nós. Sonho-te com outros que me vivem. Tu, que nem sabes que este blogue existe. E... caminharás junto a mim num pôr do Sol qualquer.

Não importa, sabes... porque escrevo cheia de vida, de amor. A minha leitura recomeçou e a escrita nunca parou. (...), deixa de lado o sofrimento e acolhe-me no teu mar.

Eli

sexta-feira, abril 13, 2012

Noite


Amava-te sete vezes se assim parasses para me respirar.
Um compasso sem danças, um beijo sem esperanças...

Certezas. Tu, tu, tu.Eu. Esperar.
Teclas. Noites... Inseguranças

Uma história ao cair da noite.
Rodo num poema desafinado.

Logo, lambo-te as feridas
Deixa-me que te pernoite.

Um beijo descompassado.
Um sonho sem medidas.

Não sou eu quem rima, acredita.
Sabes, são os dedos a baloiçar.

Sem pontuação
Sem penetração

Deixarei de ser aquela maldita
Quando a faca me trespassar

Face a face, amor com amor
Dor, dor, tacteando teu calor

Eli

terça-feira, abril 10, 2012

Espero-te


Estava a escrever. Sentia o de sempre.
Uma pontada na veia, uma inspiração.
Incomum, mexo-me, mas não movo.

Deixa que a primeira pessoa fale. Em ti.
Trespassa o abandono, repele a falta.

Coragem, meu amigo, meu amor. Vem.
Segue a minha voz, pelos túmulos...
Sem passado, sem métrica, connosco.

Bicicletas a voar no azul do sonho.
Esquina, encontro. Apressa-te. Anda.

Abraço os meus olhos, sem dormir.
O sono pesa, o número sonha-se.

Agarra o rodopiar, aquela música.
Eu sou como tu, sendo eu. Mim.
Vem e descobre-me. Não durmas.

Conta as sílabas da respiração. Tu.
Ama as palavras. Sonho-te, sempre.

Não sabes.

Saberás?

Eli

quarta-feira, abril 04, 2012

sábado, 31 de março #2

Ainda na ressaca boa, deixo-vos aqui aquilo que me sai sobre sábado:

Mensagens escritas.

Conversa de gaja.

Vestido.

Tic-tac.

Ida a meio da tarde, amigos que vêm de longe... caminho a Lisboa.

Chegam em carros armadilhados de sorrisos.

Nervosinho chamado trânsito.

Conduzo.

Gasóleo à saída, chocolates no bolso.

Umas tantas piadas, uns elogios acostumados, amizade naquele sentido da palavra.

Pontualidade ao encontro de mais amigos.

Agora, sigo o carro da frente.

Sustos, adrenalina, palavras soltas.

"Fábrica Braço de Prata"

É aqui. Está a chover.

- Olhem, é a minha tia!

"Todos juntos, todos juntos".

Apresentações.

Mensagens em garrafas...

Entrada, labirinto, procura.

Sala. Natas.

Calmia, cadeiras. Sentar cinco, e eu, eu a meio... bem situada.

Livros. Os meus livros.

Dar, tocar, sentir.

Autografar.

Ouvir... ler e ouvir ler.

Voz. Eu.

Fotos...

Música! Ah! A música...

Brilho.

Sensibilidade.

Perseguição da tia.

Atravessar a cidade.

Jantar acalorado.

Simpatia acolhedora.

Gatinhos...

Sabor da palavra.

Casa.

Amigos resistentes.

Conversa pela noite dentro.

Chás... cafezadas.

Partilha.

Sofá.

Mantinha.

Calor Humano.


Eli

:)

P.S. Cliquem neste endereço para ver fotos da apresentação da Antologia de Inverno - Acordando Sonhos .