Agora nem nómada, nem emigrante.


sexta-feira, setembro 30, 2005

Chuva

Quando vem a chuva para resolver
As mágoas do pensamento?
Quando vem ela para retomar
A sensação de conforto no tormento?

Espero-te em casa, porque aí as minhas lágrimas
Cairão em almofadas velhas e usadas...
Prefiro o aconchego do frio, às horas passadas
A sonhar em segredo...

Chuva que é tecto de beijos salgados,
Que mostra o romântico do medo,
Que espera ansiosamente,
Por nos no ver apaixonados!...

E sabia tão bem o quente do teu cobertor...
O abraço que me davas à porta...
Exaltei-me com o nosso amor,
Mas, de sonhos estou morta!

Só lá estarei à espera de letras
Que me enviares em nuvens
Tal como os sinais me dão
Alento à imaginação...

Tempestades de Inverno
Espero-as também... assim...
Num lugar apenas.
Enquanto esperares por mim.

terça-feira, setembro 27, 2005

Sonhar, só sonhar...

Pé ante pé procuro o azul que me diga que posso sonhar à vontade e deixar-me desejar tudo aquilo que me faz levantar das trevas e ver o branco.
Carinhos e palavras escritas à mão são pequeninas coisas que me fazem nunca chorar.
Sorrir e rir fazem parte de línguas maternas que se aprendem em colos e em brincadeiras na terra. Actividades que sujam a roupa, mas lavam a alma.
Sonho muito mais do que antes, porque agora, cada vez que vivo, são pedaços de paraíso, são ondas brancas.
O sabor a sal na boca que se emana através dos olhos.
Os ouvidos sentem arrepios que só a linguagem dos peixes entende.
As aventuras dão abstracto e trazem a objectividade de um futuro feliz... de encontros fugazes que imagino em forma de pesadelos.
Não existem pesadelos. Se sonho com coisas más, ainda bem que vivo isso apenas em sonhos, logo, na minha forma positiva de encarar tudo vejo que ainda bem que os pesadelos se passam a dormir. Gosto de pesadelos, mas a dormir.
Minha alma contenta-se com músicas e memórias, mas alimenta-se do muito mais que há-de vir.
Leccionar é um pouco da minha vida, o constante, o necessário, mas sonho com tudo, porque o sonho é ilimitado. Alguém escreveu que o difícil é realizar... nada de novo, mas nada de impossível até que nos provem o contrário!
Mais do que nunca, sou eu a escrever ao som do vento e de motores de máquinas que me levam até longe... máquinas do pensamento e que nos acordam...
Acordo muitas vezes de sonhos acordade e considero tudo uma loucura que a minha pragmática exclui,... mas logo me lembro que sou humana e que o que não conseguir com as palavras, alcançarei com o olhar...
Areia, deixa-me sentar, que quero descansar um pouco de tanto lutar!

Açores 20:04

quarta-feira, setembro 21, 2005

Não vejo estrelas

Há muito que não vejo estrelas brilhar
Nem tampouco as consigo vislumbrar
Existe ainda a esperança de as alcançar
Com este triste, mas constante olhar...

Volto-me e vejo nuvens atrás e à frente
Das minhas costas... vejo aquilo que sonhei
Não vejo o que o mar não me consente
Acabei com algo do que desejei
Mas nada me transparece o presente...

Coisas que se traduzem em reticências
De intervalos de tempo na vida...
Dão-me filosofias e amor a crenças
Mas nunca, lamentavelmente, serei consentida!

10:48 Açores

sábado, setembro 17, 2005

Happy

Sinto-me bem sozinha, porque trago na minha alma e pensamento pessoas que me preenchem.
Vou andando na rua com um sorriso que sou incapaz de disfarçar. Gosto muito disto aqui, mas gosto muito mais do que tenho aí, mas, trazendo-vos no pensamento é quase como se estivessem cá! Hoje descobri mais um pouco da ilha, a parte onde se situa este "Cntro Cultural" e... a seguir vou buscar fotografias... aquelas de Mira (e Figueira), as que tirei no "Bond Jau", etc... Muitas já de aqui... E vou olhar para aqueles sorrisos e sorrir também com este sprriso que só alguns sabem o que significa!
Obrigada pelos comentários que me dão muita força!

sexta-feira, setembro 16, 2005

O mar

Já vivo perto do mar
Como tantos me viram desejar

Passo horas a fio a perguntar
Quem estará do outro lado em mim a pensar?!

sexta-feira, setembro 09, 2005

Partida para a Terceira na Segunda-Feira

Vou-me embora.
Passei a vida toda a querer ir embora. Usava mesmo esta palavra. Umas vezes imaginava África, outras ainda lugares longínquos da Europa, mas tantas e tantas vezes que sonhava com os Açores... Sempre soube que ia chegar a minha vez. Sim, porque a minha vocação já cá estava quando eu me idealizei, criei e transformei. Este "eu" que tenho é um resultado de opções...

Li um texto magnífico sobre o percurso que irei traçar. Não era o meu, mas vi nele uma inspiração.

Falava em estrelas que estão à minha espera para brilhar!

Vejo tudo o que está a acontecer na minha vida é com mérito, mas porque existe Deus que me deu esta oportunidade... essas oportunidades... e eu agarro-as e luto!

Vou partir para a aventura do desconhecido, o que me encanta e faz vibrar...

No entanto, deixo cá uma vida construida com dedicação que não tenciono deixar para trás. Comigo vão todos vós. Levo-os a cada um no seu lugar que está no meu coração. Se não o ocuparem, esse lugar não será de mais ninguém... Mas, para mim, uma relação é como uma planta... nós semeamos, depois tratamos e regamos. Mas esta planta é muito especial, porque precisa de duas águas para se manter viva... se um falhar, ela ainda sobreviverá com uma água durante algum tempo, mas... acabará por morrer.

Sei que os que sinto verdadeiramente nunca deixarão morrer planta alguma, sejam rosas, papoilas, nenúfares, todas elas precisam de ser regadas!

A Amizade é um bem que se conquista e orgulho-me de partilhar este sentimento com bastantes pessoas...

Amigos, mesmo que eu pareça fria na hora da despedida, mesmo que a partida pareça breve, sei que sentirei muito a vossa falta, porque já o sinto e estou ainda aqui tão perto.

Nos Açores existe internet, por isso este blog será também um meio de comunicação! Usem-no!

Persigo este sonho, mas outros se levantam que me fazem sonhar ainda mais, porque os sonhos têm cor... só não são susceptíveis ao tempo, nem ao espaço...

Vejo que os meus sonhos brilham com uma intensidade tal, que consigo vê-los a milhas de distância... "onde só chega quem não tem medo de naugfragar".

Eli Rodrigues :)

(como sempre)

terça-feira, setembro 06, 2005

Sorrio...

Sorrio muito...
... porque os meus músculos só se movem nessa direcção.
... porque faço coisas que não imaginava fazer...
... porque vais além da ilusão.
... porque te sinto ao te ler...

sexta-feira, setembro 02, 2005

Segurando nos braços o Sol



Ponho as mãos vazias em cima da esperança
E peço-lhe que não me revele nada
Porque não mais vou esperar
Nem tão pouco guardo a lembrança
De acordar de madrugada
E escutar a porta a fechar.

Desta vez não houve luto
Nem tão pouco sei se senti tudo o que estava a pensar
Criei ilusões em bruto
E, num poema, fiquei-me a desejar.

Hoje sorrio muito! Tanto tanto tanto!...
Que os teus olhos de tanta alegria
Se transformam num pranto
De não querer mais o que queria!...
Deitei-me nesse envolvente manto
E sonhei acordada com tanta porcaria!

Mas, veio a música e os sorrisos dos amigos
Que me põem em carros sem conduzir
Levam-me assim... não vejo perigos
Apenas não consigo deixar de sorrir!

Entregam-me o sol com carinho
Deixam-me memórias em fotografias
Que me indicam o caminho
E onde estão todas essas guias!

Proferem-se prosas alegres em rimas e piadas
Numa onda de amizade embriagadas...

Numa onda generalizada
Deixo um ENORME OBRIGADA!!!