Agora nem nómada, nem emigrante.


sexta-feira, setembro 24, 2010

Alcobaça




Vou. É por um mês. Não, não são férias. Orgulhando-me por me entitular de "Nómada".

Vou... Ser Feliz.

Eli

:)

terça-feira, setembro 21, 2010

Onde?


Imagem de Eli

Isto foi tudo menos uma linha recta
O que desesperei, esperei
Aquilo em que estava certa
Transformei

Não sei muito bem o que faça
Com o teu sorriso rasgado
Se ate uma mordaça
Ou te deite a meu lado

Ainda que tudo não passe de uma imagem
Nós sentimos as emoções
Ultrapassarem a outra miragem
Corações.

Eli

:)

Som

quinta-feira, setembro 16, 2010

Professores... Da Espera que Desespera





Como estamos (os contratados do costume) todos à espera... descobri que um sindicato publicou a seguinte notícia:

"A DGRHE procederá a nova colocação (bolsa de recrutamento) no dia 17/09/2010 "

Só não entendo por que é que, no site oficial do Ministério da Educação, não só não nos avisam de tal, como também alteram as notas informativas já publicadas em dias anteriores.

Aliás... eu até faço uma ideia...

Eli

(com dor de cabeça)

Suspira


Fotografia tirada por Eli


Cada som no escuro
Brilha na luz com tanta intensidade
Que a inspiração de um parágrafo
Me traz aquela típica ansiedade

Quero-te entre as letras do falar
Do teclar, do sorrir
Do caminho para te abraçar
Em metáforas a surgir

Imagino-te a sonhar com um sorriso nos lábios
Um pensamento antes de adormecer
Uma imagem, um cheiro, um beijo
Antes de adormecer

Eli

:)

Para ouvir...

Procura-se Lista de Colocações. Quem encontrar é favor reenviar...



Ainda não fiz as malas, ainda não fui colocada. No ano passado, por esta altura, saíam listas diárias com as vagas imediatamanete preenchidas para que os alunos não tivessem de esperar mais. Tanto colocações anuais como temporárias.
Porém, este ano, anuciaram que nas primeiras quatro listas só sairiam vagas anuais. Nós suspirámos um pouco com uma vaga anual, principalmente eu que nunca tenho essa sorte. Sim, é uma sorte ficar um ano todo numa escola. Mas, felizmente, nos últimos dois anos, consegui trabalhar (em sete escolas)!
Mas, para não me esquecer do que ia a dizer, saiu apenas uma lista de professores em Setembro, na outra quinta-feira. Será que esta quinta sairá outra?! É que tenho visitado a página inúmeras vezes e nem são capazes de colocar lá uma data a anunciar. Bem disse um amigo meu, colega também, que nos ano passado as colocações eram diárias porque havia eleições!
Na verdade, eu sei de fonte segura, que ainda há muitos lugares por preencher em várias escolas. Então, de que é que estão à espera?! Eu sei, cada dia que deixam passar, são uns euros que não saem nos bolsos deles! Já não bastava não fazerem os contratos até 31 de Agosto.
E... outra coisa, este ano houve uma lista de renovações. Quem teve sorte, viu o seu lugar garantido por mais um ano!
Eu gostava de saber por que é que essas pessoas, estando atrás de mim na lista têm essa possibilidade e eu não. Aliás, eu sei, a lei permite que quando houver vaga e tiver entrado na escola antes de Dezembro, a pessoa fique.
A lei permite.
Também permite que eu ande de escola em escola e não seja valorizada por ser "tapa-buracos" e assumir as turmas quando as professoras têm bebés ou ficam doentes.

Enfim... foi uma partilha que me apeteceu ter depois do último post, se bem que há muito mais para falar sobre este assunto!

:)

Eli

Obrigada pelos comentários. Gosto imenso!

terça-feira, setembro 07, 2010

Partilhas








Boa Noite!

Para que possam perceber aquilo por que passo e a instabilidade que me caracteriza, leiam com atenção estes testemunhos que retirei daqui 



Luís Juvenal Mendes




29 anos, professor de Biologia e Geologia



"O que vale é a entreajuda"



Decidi que queria ser professor muito cedo - nem sabia de quê, precisamente, mas professor, como aquele que me ensinou Ciências no 7.º ano ou o de Geografia, no 9.º; pessoas que estavam ali para nos ensinar mais do que os conteúdos do programa, que nos guiavam no mundo como amigos; firmes, mas amigos. É assim que eu quero ser, que continuo a querer ser, e só por isso fiz esta opção de adiar outras dimensões da minha vida. Sei que, para já, não posso ter casa, namorada, filhos.



Por agora, tenho de concorrer para onde tenho a possibilidade de ganhar tempo de serviço até conseguir arranjar um lugar no quadro, o que espero que possa acontecer quando tiver uns 40 anos de idade. Este ano estou pela segunda vez em Aljustrel, a 480 quilómetros de minha casa, que é em Guimarães. Já lá estive no ano passado e apostei na possibilidade de renovação de contrato para me poupar à angústia e à solidão. Se tenho de ficar longe, ao menos que seja onde já tenho alguns amigos, onde conheço pessoas - ninguém imagina o que é partir do nada todos os anos.



Aceito isto sem dramas - tem de ser assim, é a única forma de atingir o que quero e de não magoar ninguém. Já vi que chegue de colegas cujos casamentos não resistem às separações, que sofrem por não poderem ver os filhos a crescer ou que têm de os levar de terra em terra. No ano passado tinha duas colegas com filhos pequenos. E, nestes casos, o que vale é a entreajuda entre os professores contratados. Muitas vezes éramos nós, os homens, a ir buscar as crianças à escola e a ficar com elas quando as mães tinham reuniões - quem mais as podia ajudar, tão longe de casa?



E, apesar de tudo, acho que tenho muita sorte. Licenciei-me em 2006 e nos dois primeiros anos só consegui lugar nas Actividades de Enriquecimento Curricular, a ganhar 300 euros por mês ou pouco mais. Em certos dias, trabalhava em três escolas diferentes, a dar Ciências Experimentais a miúdos do 4.º ano. Para ir de uma escola para a outra apanhava um táxi ou, então, telefonava ao meu pai para me ir buscar e levar. Não ganhava para as despesas. Depois, no ano seguinte, fui colocado com um horário incompleto, em Lousada. Ou seja: durante três anos continuei a depender dos meus pais. Já tinha vergonha.



Este ano fiquei colocado a 31 de Agosto; vou preparar para exame do 11.º ano os mesmos alunos a quem já dei aulas no ano passado, quando estavam no 10.º; e tenho todas as razões para acreditar que, daqui a uns anos, quando encontrar estes miúdos, vou sentir que de alguma maneira os marquei, que fui mais do que um professor que lhes ensinou Biologia e Geologia.



Para além disso, tenho um carro (usado, mas um carro) e um quarto que posso pagar, numa casa que já conheço e que fica numa terra que já não me é estranha e onde tenho amigos. Tudo razões para estar feliz, até porque há outra coisa que também se aprende: a receber com alegria aquilo que a vida nos dá.



Fernanda Martins



36 anos, professora de Português e Francês



"Não me livrei dos pesadelos"



Hoje diz-se que quem segue a via do ensino sabe o que o espera: o desemprego. Não era assim quando me licenciei em Português/Francês há 14 anos. E a prova é que a minha irmã, que fez o mesmo dois anos antes, é professora e está no quadro.



Dois anos, duas vidas tão diferentes: ela ganha mais uns 300 euros por mês, tem uma carreira e, principalmente, não sofre com esta instabilidade, este medo. Porque eu tenho 36 anos e há 14 que não sei o que é passar um mês de Agosto sem pesadelos e lágrimas.



"Quando efectivar casamos", dizia eu ao meu namorado. Mas os anos passavam e eu de escola em escola - Vila Real, onde vivia; depois Mondim de Basto, Peso da Régua, Miranda do Douro, Peso da Régua outra vez e outra ainda, e depois Celorico de Basto... Efectivação... nada. Ao fim de sete anos de namoro, o que é que havíamos de fazer? Casámos. Com uma certeza: filhos, nem pensar! Só quando efectivasse. Felizmente o destino pregou-nos, desta vez, uma partida boa...



Quando o nosso filho nasceu, há três anos, já vivíamos, como hoje, em Oliveira de Azeméis. Mas continuava a andar de escola em escola e, quando é assim, não nos podemos dar ao luxo de criar raízes - a casa onde moramos é o sítio onde vamos dormir enquanto o sistema não nos atira para outro lugar; e o dia-a-dia tem de se organizar de maneira a que nos consigamos bastar a nós próprios, sem ajudas.



No entanto, as coisas modificaram-se. Em nome da estabilidade pedagógica, o Governo tornou possível a renovação de contrato mediante determinadas condições, o que significava a esperança de ficar alguns anos no mesmo lugar.



Pela primeira vez, fizemos planos. Pedimos um empréstimo e comprámos um terreno em Gaia, para construir uma casa. Se tudo corresse bem, ficaria até 2013 em Grijó, onde fiquei colocada no ano passado.



Mas em Julho apanhei um susto: ligaram-me da escola a dizer que não tinham horário completo para mim, uma das condições para a renovação do contrato. Quando, dias depois, me disseram que aquele problema estava ultrapassado, não consegui impedir-me de pensar que podia surgir outro. Bastava que um colega destacado por falta de componente lectiva colocasse a minha escola em primeiro lugar na lista de preferências e eu já lá não ficava.



Foi assim que, com 36 anos de idade e 15 a trabalhar, dei comigo a chorar de alegria, na segunda-feira passada, por ter ficado colocada no sítio que escolhi. Não foi desta que me livrei dos pesadelos.



Sónia Maurício



31 anos, professora de Matemática



"Temos de ser fortes"



Antes de mais tenho de dizer que tenho muita sorte - se não fosse o suporte financeiro dos meus pais já teria desistido de ser professora ou, então, não poderia ter casado e muito menos ser mãe. Mas ter esta ajuda não é a única condição para se ser professor: temos de ser muito fortes - física e psicologicamente.



Não escolhi uma carreira difícil. Quando optei por Matemática não havia falta de lugares no quadro. Dizia-se que até os licenciados em Engenharia Tropical e Subtropical (um curso que, se não me engano, havia nos Açores) conseguiam ser admitidos como professores da disciplina... Acontece que, quando acabei o estágio, em 2003, já não era assim. No primeiro ano não tive noção do drama, porque arranjei trabalho num colégio; mas no segundo pensei: "O que é que eu fiz da minha vida!?"



Três meses sem ocupação fizeram-me agir: apesar de só conhecer os computadores na óptica do utilizador, concorri a tudo quanto era vaga de Informática. Em Janeiro telefonaram-me: tinha ficado colocada em Seia (a 90 quilómetros de Coimbra, onde vivo) e ia dar EOTD. "Vou dar o quê?! Que é isso!?"



Bem, tratava-se de Estrutura, Organização e Tratamento de Dados e os miúdos estavam nada menos do que no 12.º ano e a alguns meses de um exame nacional. Não os enganei. Disse-lhes: "Não sei nada disto e vou ter de estudar muito. Mas se vocês estudarem tanto e se esforçarem tanto como eu, têm 20 no exame!" Safámo-nos todos.



Desde então passei por inúmeras escolas, a maior parte das vezes em substituições ou com horários incompletos. Estive alguns meses em Trancoso, com um horário de 12 horas que me obrigava a fazer quatro horas de viagem por dia, quatro dias por semana; no mesmo ano estive em Maceda, Santa Maria da Feira, onde arrendei um quarto, porque entretanto engravidei e não podia viajar; no ano seguinte conheci duas escolas de Coimbra; depois passei dois anos em Arganil e, no ano passado, estive de novo em Coimbra, desta vez destacada, devido a uma gravidez de risco.



Este ano - tal como muitas colegas e amigas de estágio - não fiquei colocada. Acho que foi a primeira vez que não telefonámos umas às outras no dia das colocações. Afinal, isto já é normal. Íamos dizer o quê?



Escrito por Graça Barbosa Ribeiro a partir de entrevistas aos três professores


Agora só faltava falar da minha experiência, mas nunca mais acabava...

:)

domingo, setembro 05, 2010

Shiu



Tanta inspiração, tanto que os meus dedos querem escrever e parece-me que não há mais tinta. A possibilidade de um nascimento, o brotar de um aroma, uma brisa em tom rosa-velho, uma imagem sentida. As fotografias ficaram obsoletas. Sobrevoaram as borboletas que esvoaçam no meu olhar, com asas de mar...

Eli

:)

sábado, setembro 04, 2010

O que diz o teu sorriso?

Eli

Ando há tanto tempo a esconder um sorriso que deveria estar estampado na capa de todos os jornais e revistas. Se ele vale um abraço, um toque ou pelo menos outro sorriso, então eu envio-o a todo o meu mundo para que se partilhe ainda mais. Desafio-vos a publicarem o vosso sorriso e escreverem sobre o que ele provoca nos outros. Há uma certeza que os outros espelham. Vamos ser felizes e esboçar o nosso nome, para que o individualismo marque a personalidade da dádiva e da vida com força e poder comum!

Eli

sexta-feira, setembro 03, 2010

Foi

Imagem de Eli


Desculpa-me aquela mentira. Aquela... quando digo que estou bem e não estou. Quando te conheci, acenaste-me lá de cima e eu, ao ver todos os teus feitos de herói e guerreiro, pedi-te que descesses e privasses comigo. Os dias passaram, as semanas vieram e os teus feitos tornaram-se cada vez mais escassos. O que te disse pode ter parecido escasso, mas tinham tanto empregnado que não consegui dizer mais. Sabes, é uma raridade eu não consguir falar.

Eli

:)