Agora nem nómada, nem emigrante.


domingo, outubro 14, 2018

Voltar

Não sendo possível viver naquela Terra com ausência de sentimentos, prostrei-me.

Deixei que as palavras me abalassem e voltei àquela sensação que inspira, que me torna menos (ou mais) vulgar.

Permiti-me amar.

Foi só por uns segundos, numa voz plantada sem raízes, um semear que lá vai quase regado em datas comuns.

Porquê?!

Eu até lhe enviei aquele pedaço de música...

... que ele apreciou...

E agora minha alma voltou a ser poesia de estações menos ventosas. Como hei de agora sobreviver ao inverno sabendo que existe um aconchego?!

Foram muitos anos sem sensações, uma mão esquerda sem teclas, uma boca sem ter.

Como agora serei a resistente, aquela cuja sede não a alcança...

Como fugir sem fuga e lembrar que quem não quer chegar também não parte e as borboletas morreram

Eli R.