Agora nem nómada, nem emigrante.


quinta-feira, março 31, 2011

Anything



Não agarro o pressuposto, porque ele não se encaixa em mim, em nós. Arranco-o de uma estocada só. Delibero unilateral. Apenas um lado. Pancada de emoção. Fuga. Aproximação. Final. Recomeço. Continuação. E que beleza se transforma em sabedoria?! E que... resta? Só quero o tudo, a sós, connosco... e gritar àqueles e aos outros. Sim. Era uma vez uma menina que vivia num castelo velho, velhinho. Era outra vez e a menina... a mesma... soltou as amarras e voou, voou. Nunca esquecerá essa sensação. Duas mãos, um coração e a emoção. Ah! Essa! Vadia emoção, no que me transformaste sem explicação?! Corre. Foges? Não. Conseguir. Tentas. Tenta. Tudo. Apenas. Quero Tudo.

Eli

quarta-feira, março 30, 2011

Facto


(Imagem de Eli)

Talvez tenha nascido no tempo e no espaço errado para saber dizê-lo como deveria. Não devo, não temo. Esboço os dedos de energia e deixo-me flutuar entre um sonho único, complexo, meditando pouco, sentindo muito. Acreditar em maiúsculas e certezas escritas faz-me olhar o mundo com outro alento. Nem novo, nem velho. Um meu qualquer que encontrei sem ter encontrado. Olho para trás e não há letras de rainhas, de meninas, de... nadas. Há sangue quente a correr-te nas veias, uma densidade só. Ânsia pela apoximação, leito compreendido, facto, pacto. Sem obrigações, com quereres inagualáveis. Jorra a torneira da paixão, invade, clama, canta... por mim. Encantas-me.

Eli

:)

domingo, março 27, 2011

Docemente



Vem, docemente... vamos aconchegar o beijo com o calor.
Entrega-te aos meus olhos com essa emoção, tua, amor.
Seremos tanto e tanto. A intensidade sem máscaras...
As pétalas no caminho. O cheiro a floresta.
A manta em comum. Um sorriso que não cabe em mim...

Eli

:)

sábado, março 26, 2011

Instrumental



Apetece-me pensar, porque o pensamento me foge para as sensações boas que trago. Apete-me ouvir a música dos sonhos e sentir. Aquele, onde o meu toque se leu ternura, aquele que me aconchegou entre o sono e o sonho... entre a viagem e o caminho. Todos, ambos, nós, num despertar.

Eli

:)

segunda-feira, março 21, 2011

H #14


Nessa noite, voltei a escrever no meu diário.

Durante essa semana, sempre que chegava ao meu carro, logo pela manhã, tinha lá uma rosa vermelha presa no pára-brisas.

Uma semana depois, estacionei o carro e, quando estava a chegar junto à porta, carregadíssima de compras, aquele Desconhecido estava lá e ofereceu-me ajuda. Eu recusei, agradeci-lhe e sorri ao mesmo tempo que quase fazia malabarismo para tentar abrir a porta. Que mania de fazer sempre tudo sozinha! Os iogurtes cariram ao chão, abriram-se e ri-me da minha figura. Ele também. Quando entrei e pousei as coisas, oferecei-lhe algo para beber. Então disse-me:

D: Recusou a minha oferta, então recuso a sua, também. Quem sabe um dia destes aceito.

Despedi-me. Tranquei a porta e fui tomar o meu merecido banho longo. Incrível como o meu pensamento ainda ia ter sempre às vivências com o H.

Durante essa semana, mal saí de casa. Não voltei a encontrar o Desconhecido ou o H.

Numa Segunda-feira de manhã, acordei com o barulho das obras, ouvi alguém a bater à porta e pensei que fosse o Desconhecido. Lá fui eu, de pijama, sonolenta, com um olho aberto e o outro fechado, tocando nas paredes para não me desiquilibrar.

Abri a porta.

Primeiro, só via a luz branca e uma sombra. Abri e fechei os olhos várias vezes.

Eu: H!?

H: Sim, parece que não me estás a ver, já que estás com os olhos fechados.

(Soltámos uma gargalhada.)

H: Não me queres ver, nãoo é?!

Eu: Hmm?! Não, quero dormir. Estava a dormir... Ai...

H: Estou a ver que a hora não é apropiada. Esperei lá fora, mas pensei que não estivesses a dormir com o barulho das obras...

Eu: Pois...

Convidei-o a entrar. Sentei-me numa ponta do sofá. Ele sentou-se na outra.

Contou-me da sua viagem. Tinha ido ver a sua família, resolver alguns conflitos do passado. Pareceu-me que ainda não estavam muito resolvidos, pois falava como se ainda estivesse lá a vivê-los.

Olhou-me nos olhos. Desviei o olhar, sempre que me fitava.

Eu: Então foste-te embora e deixaste-me aquela folha...

H: ...mágica.

Como não poderia ter pensado naquilo?! Aquela folha era a última tecnologia! Fiquei com aquele olhar surpreendido, embora tentasse disfarçar, porém, era impossível!

H: Como me tinhas dado aquela para te enviar mensagens, resolvi fazer o mesmo. Não reparaste na dobra?

Eu: Ah!...

H: A única coisa que me escreveste foi o H desenhado de uma forma peculiar!

Eu: Poderias ter explicado!

H: Queres que tire a máscara?

Eu: Não.

E aninhei-me na mantinha do sofá, fitando o seu olhar.


Eli

:)

quarta-feira, março 16, 2011

Trinta



Sinto-me tão bem... o meu corpo está em pleno acordo com o meu eu.
Somos um só, sem incompatibilidades.

hmmm

:)


E nada mais importa...

domingo, março 13, 2011

The Eli

(Imagem de Eli)


Sempre gostei de pegadas
Já escrevi em lágrimas
Já sofri sem ninguém saber
Já menti porque tinha que ser
Sei disfarçar quando me emociono, mas já não sei se quero
Sempre me fiz de forte
Sou uma sonhadora nata
Evito saber o que não me diz respeito
Consigo imaginar as fotos antes de as ver na máquina
Há trinta anos que procuro o amor da minha vida
Adoro o meu trabalho assim
Os meus amigos ocupam uma parte principal da minha vida
Já me apaixonei por quem não conhecia
Há anos que guardo segredos
Há uns meses que comecei a ver mal ao longe
Gosto tanto do meu carro
Tenho momentos de felicidade por coisas mínimas
Não sou nem quero ser tríste
Sou selectiva
Gosto bastante de escrever
Sou preguiçosa
Gosto de elogios sentidos e verdadeiros
Invisto tempo em quem me faz bem
Gosto que me escrevam
Tenho muito peso a mais
Desapaixono-me num instante
Não digo quando não gosto de uma prenda
Tenho um problema na coluna
Sou sorridente
Gosto de falar com desconhecidos
Tenho saudades de andar de avião
Digo (quase) sempre o que penso
Não uso saltos altos
Detesto o cheiro a hortelã
Gosto muito de mim


Eli

:)


Agora cliquem aqui para ouvi o que vamos fazer a seguir.

:))

quinta-feira, março 10, 2011

Às vezes gostava...






Às  vezes gostava que o que sinto através da música se traduzisse em gestos.

Às vezes gostava que os meus sentimentos passassem do sonho...

Eli

terça-feira, março 01, 2011

Father's


Deixo que a música me invada
Permito uma ou outra violação
Do meu espírito e minha mente
Para quê mantê-la conservada
Se já não há nada, nem coração
Que tanto sofrimento aguente

Gostava de não o esconder
De assim conseguir libertar
Isto que sou, que vos choro
Sem medo de me perder
E de um abraço encontrar
Neste lugar onde não moro

Atiro-me às lágrimas, ao desespero
Os dedos, na face, escorregam
Desejo estar, ser e sentir, mentir
Não consigo, devia, mas não quero
Os olhares do passado despertam
Recordando-vos aquele sorrir

Eli