Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, dezembro 31, 2005

quarta-feira, dezembro 28, 2005

O passeio...

Tenho andado a conduzir... tenho andado a pensar, a descansar... tenho estado por aqui e ali, com sorrisos de uns, palavras de outros e já estou a pensar que estou quase a ir embora...

Adoro conduzir. Até ando mais devagar só para aproveitar a viagem e a música enquanto viajo!
Depois vou postar uma ou outra foto dessas viagens!

Quando chegar aos Açores vou aos vossos blogs todos marcar a minha presença! Agora só tenho visitado um ou outro! Desculpem a minha ausência, mas prometo compensar!!!

Entretanto, tenham uma boa passagem de ano!

Hmmm, nestas viagens penso muito... penso tanto sem precisar, mas gosto tanto de pensar... Fazem parte de mim os desvaneios...

Também erro e neste momento estou assim, com um pensar diferente... cabisbaixo, mas vai passar, deve ser só hoje...

Eli

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Feliz Natal

Uma vez decorei uma quadra de António Aleixo, que uma professora de Português me dedicou... ela disse que ali estava descrito como eu era... e hoje, num regresso às origens, vos deixo essa quadra, porque dou de mim... assim... ando a partilhar...

"Não sou esperto, nem bruto
Nem bem, nem mal educado,
Sou simplesmente o produto
Do meio onde fui criado."

Óbvio que poder-se-ão retirar muitas interpretações, mas neste sentir da minha terra, mesmo que eu me ache com um espírito de grande aventura para não me prender a ela... mesmo que eu não seja simplesmente isso, mas simplesmente eu... mesmo que eu conseguisse inspirar-me e escrever algo meu... hoje estou assim... nesta partilha, com o coração cheio de AMOR.

Que o espírito natalício esteja em cada um de vós... e volto a comentar-vos quando voltar aos Açores e à net em casa...

Obrigada pelo apoio, carinho, presença que tive de vós este ano! Que o próximo continue assim e que realizemos os nossos sonhos! Ah! Como sonho e gosto de sonhar...

Eli

:)

(Com um sorriso da alma e a escrever ao som da banda sonora do blog do Orfeu!!!)

quinta-feira, dezembro 15, 2005

O Espaço

Mas, tu sabes...
Agora, assim como ontem...
Realmente o espaço e o tempo são muito relativos...
Não se sabe onde Começa um e onde termina o outro...
O Espaço também te faz!...

:) Eli

domingo, dezembro 11, 2005


Quantas vezes me pergunto se estou certa...
Quantas e quantas decisões tomei
De não deixar mais a porta aberta...
Mas, nesta luta, acho que errei.

Apetece-me desistir de tão cansada
De procurar na penumbra o Amor
De tentar alimentar-me da realidade sonhada
Que me persegue para onde eu for.

Estou rodeada de sorrisos, do meu,
Mas imensas dúvidas fazem-me parar.
Não consigo olhar o céu,
Nem deixar de pensar.

Apetece-me perguntar
"Até quando tenho que esperar?"
Mas, um dia volto a fechar
A porta por onde te recusaste a entrar.


Só. Sinto-me só.

Fico, mas sem sonhos, que dantes me acariciavam, mas que agora não quero, embora querendo, porque me atormentam e exigem de mim uma luta cujos resultados não passam de incógnitas... Há capacidades que não tenho e não me sinto perfeita, nunca o fui e acho que estão sempre à espera de alguém que o seja. Peço desculpa por ser feia, por ser exigente, por existir assim... mas não tenho capacidades sempre, sou tão eu que até me dói a alma... Só posso ter errado, mas nem eu mesma sei em quê... Só sei ser assim.

Eli

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Biscoitos


As casas não existem apenas na nossa imaginação.
Hoje encontrei um lugar
Que já tinha sonhado com paixão
E que prometi reencontrar

Aquele espaço não era simplesmente uma imagem
Mas um pedaço de céu quente
Uma simplicidade de miragem
Um sonho remetido para um futuro consciente

Uma casa que li em livros e descrevia
Gargalhadas ao saudoso som do mar
Rochas negras em sintonia
Na mira de um olhar...

Eli

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Saudade numa carta deste lado do Mundo...


Às vezes chego a casa e deparo-me com sensações estranhas. Sinto-a casa, sinto esta ilha um espaço também meu, que me dá uma magia que não sei descrever...
Às vezes, chego aqui e fico a olhar para umas tantas janelas que se abrem e não me falam de nada que eu não ouse escrever...
Mas... fico.
Hoje, no meu quarto, cheguei à janela, olhei a imensidão até conseguir vislumbrar um minúsculo horizonte onde o céu acaricia o mar e senti aquilo que muitos chamam de telepatia: a pessoa a quem estava para ligar, ligou-me. Essa pessoa fantástica chama-se Susana (Aveiro) e já vos a apresentei. Desculpem a repetição, mas sei que ela ficará feliz ao ler isto e estou a pensar no sorriso dela que não aguento sentir ausente.
Às vezes, quando chego a casa, gostava de sentir assim uma pessoa que ouve, compreende, fala, confia... ou apenas uma voz do outro lado do telefone...
Às vezes, chegamos a casa e queremos apenas que essa casa seja um espaço ao qual podemos chamar "home". Este espaço (blog) é a minha casa.
Obrigada por me visitarem, porque cada comentário tem sido recebido com um sorriso!
Já falta pouco! Está quase!!!
Tantos abraços neste Natal! Adoro o Natal, mas este ano terá outro sabor! O sabor do espaço que nunca deixou de ser meu... lugares...

Viseu é nosso,
Viseu é nosso,
Viseu é nosso e há-de ser
Viseu é nosso até morrer!

:)

Eli

sábado, dezembro 03, 2005

Açores :)

Não sei se é da Ilha Terceira
Ou se é dos arquipélago dos Açores
Porque esta ilha foi a primeira
E já me encantei com as suas cores...

Não sei porquê tanto desejei
Voar ao encontro deste lugar
Mas já sei que ficarei
Com vontade de cá voltar...


Olá!
Hoje quero contar-vos que a poesia nem sempre foi olhada por mim de forma semelhante. Dantes não conseguia alcançar a beleza da subjectividade. Escrevi rimas como estas que saem na hora, mas que não têm aquele calor, aquele sabor. Acho que qualquer um de vós irá compreender, mas sei que, este blog "obriga-me" a escrever. Dantes pegava numa caneta quando precisava e escrevia apenas para mim os desabafos, as paixões não correspondidas... escrevia poemas a fio e achava que não era eu que estava a escrever aquilo, mas, o que é certo é que escrevia...
Cheguei a colar na parede poemas escritos por mim, mas não os assinava só para saber a opinião de quem me visitava. Poucos sabiam desta minha faceta... quando liam perguntavam de quem era e eu ficava orgulhosa do que diziam (sem saberem que eram meus) e chegavam a escolher o que gostavam mais! Gostei muito deste feedback! Continuo a gostar. Neste quarto não colei nenhum poema meu, mas, neste espaço tenho escrito alguns, desses que saem e posso saber a vossa opinião sem me conhecerem, podendo ser sinceros, pois a maioria não me conhecem de lado nenhum e pode-se sentir à vontade para criticar, se bem que os que me conhecem também sentem, mas vocês entendem!!!
Hoje, abro o meu espaço a todos vós que me comentam agradecendo, porque me fazem companhia aqui, neste cantito dos Açores...
Nas paredes do meu quarto, tenho desenhos feitos pelos meus alunos, desenhos e construções que me mandaram pelo correio feitos pela Susana_Aveiro, postais: da Susy, da Filomena e da Geby, mapas da Ilha que imprimi antes de sair daí, um poema que a Tânia me deu antes de vir embora e muitas fotografias, apesar de não ter tantas como gostaria... Tenho também um recado escrito a Braille e umas outras coisas que não vou referir! Afinal tenho que resguardar o meu espaço!!!
Ah! Estrelas, daquelas que brilham no escuro e uma lua... Saudades das minhas estrelas coladas no tecto!!!

Postei esta imagem, porque é daquelas que gosto mais, porque mesmo ao pé do verde, temos logo o mar! Nós (eu pelo menos) imaginamos o mar com areia, mas, aqui, a areia é bastante escassa.
Partilho a foto, pois é isso tudo e um bocadinho do que vai ficar quando me for embora!
Isto de ver o mar todos os dias é uma inspiração para mim e nunca sofri do síndroma insular, o mar nunca foi evitado e nunca me assustei. Sinto que vim parar aqui, porque tinha que vir e desde sempre soube que tinha que partir para longe!

No entanto, quero regressar à base (piada, não é a das Lajes)...

Obrigada. :)

segunda-feira, novembro 28, 2005

Nenúfar

Era uma vez uma fada que voou tanto, que, quando queria descansar, não tinha onde poisar... Voava voava, mas só via nenúfares e água. Não pousava nas flores com medo de as estragar e na água com medo de se molhar!

"Que faço eu, agora, que tenho já poucas forças nas minhas asas?!"

Então, o milagre aconteceu e o Nenúfar falou:

"Podes descansar nas minhas folhas, que são resistentes e aninhar-te nas minhas flores. É apenas o que te posso oferecer, pois mais não tenho..."

A fada lá continuou e só alcançava água... os Nenúfares ficavam para atrás.

Então, o milagre aconteceu e a Água revelou:

"Podes-te sentar em mim, porque os nenúfares são feitos de água, tu és feita de água e conseguirás descansar um pouco aqui, flutuando..."

A Fada lá pensou, pensou... e, quando as suas asas não batiam mais de tanto bater, deixou-se cair na Água... e flutuou... descansou... até que, com a corrente chegou de novo junto ao Nenúfar, que lhe lembrou:

"Por que fugiste, quando te ofereci um lugar quente, um colo?! Podes tentar ficar só, porque na Água só te vês a ti, ou podes ter-me a mim, que estarei sempre aqui à tua espera..."

Eli

sábado, novembro 26, 2005

Quebraram o Horizonte

Quebraraste o Horizonte ao qual assisti todos os dias como ermo...
Julgaram-me ausente, mas fui eu que estive sempre AQUI.
Como posso não estar presente, se já o estou?!...
Mas, a presença não é no espaço, mas no lume que arde...

Cumpro os preliminares - Afeição...
Dou-me conta da tua Índole...
Voltas-te e vejo Carácter, Coração...
Capacidade de revelar, converter, cativar...

Cada pedra que se soltou nesse mar,
Foi resultado do gelo que tentaste criar,
Antes de me tentares vir buscar.

Espero pelo dia em que vou voar
Para sair
Da clausura deste lugar.

O Atlântico gelou no dia em que disseste vir.
Mas, no qual que não me enviaste sequer um olhar.

Amanhã, partirás - o gelo - em navios,
Mas, só me conseguirás alcançar,
Se não tiveres medo de naufragar!


Eli Rodrigues

(como sempre)

segunda-feira, novembro 21, 2005

Pa Ti :)


O que eu sonhar, agora, realizar-se-á.
Disseram-me anjos a cantar!
Sussuram o meu desejo aos teus ouvidos...
No futuro, vi-te, cambaleando, a chegar.

Ó árvore que te prostras, devagar
Movendo-te em torno da ansiedade
Reflectes na água uma nudez a espelhar,
Solta as raízes e traz-me liberdade.

Encontro chaves que não abrem tesouros,
Enclausurados em areia e em mar.
Mortes de outrens vêem-me passar,
Mas, deixam-me passear mouros...

Então, fico assim, num local estratégico,
Para lutar de espada em punho...
Espero, na calada, esperta e épica
E, num poema encontro soluções!

Feliz de mim, que vivo o momento,
Que apanho autocarros no pensamento,
Que circulo a sorrir por mim.
Que escrevo versos do nada!

Pois, existes e... assim... tudo me inspira
Porque, bebo dos reflexos do mar,
Que não atrasa a minha chegada,
Que me faz sentir perto do teu olhar...

Feliz! Sou! Olha o meu sorriso :)
Estes versos são para ti!
Assim, simples como o horizonte,
Que é mais do que uma linha,
Que separa o Oceano do céu...
E as estrelas do monte...
Verde como as telas...
Onde pintas a fonte,
Das flores...
Do Norte...


Eli

terça-feira, novembro 15, 2005

O Mar é um Espelho


Caminho por estradas que me passam debaixo dos pés
Rodando assim, como quem gira às voltas no mesmo lugar
Vejo-te em cada imagem, sinto-te como és,
Sandálias nos dedos e apenas um olhar...

O meu olhar percorre sozinho imagens
Que são o espelho de gotas marinhas
O mar reflecte o céu e suas miragens
Viro-me, desnudo as minhas...

Olho todos os dias para esse espelho do outro lado
Que toca músicas em silêncio e que não cheira a sal
Música que trago no meu pensamento alheado
Hoje cantei os sonhos, os tesouros e o amor fatal
Mas, não te encontrei abandonado...

Outrora sonhei com frotas
Que me vinham buscar
Agora persisto, persigo e revejo-me
Com alguém que não vai fracassar!...

Vira-se a página e só continua
Quem não quis ficar lá atrás
Tenho uma história para realizar, crua
Quererás escrevê-la? Serás capaz?



Eli

domingo, novembro 13, 2005

Hoje não ignorei os que passam fome...

Há tantas coisas no mundo que finjo não conhecer... Sei da fome, da guerra, da ganância pura, de crianças que não têm uma única coisa no mundo... que nem amor de pais têm...
Hoje, apeteceu-me escrever de dia... a uma hora que não é normal... transmitir a energia positiva que sinto dos raios solares, que me faz continuar...
No entanto, escrevo, agora, à noite...
Penso no sofrimento de milhões de pessoas que não podem optar por outra vida, que não têm sequer a oportunidade de estudar, de conhecer outro lugar, de saber que existem lugares onde a comida sobra...
Não assisto aos noticiários, não leio os jornais, ignoro o que se passa no mundo, sou egoísta. Preocupo-me em ver o lado positivo apenas. De assistir aos problemas dos amigos e tentar alterá-los para que consigam vislumbrar uma solução que eu teimosamente encontrei, quando olhava de fora... porque me contam as suas vidas, porque confiam em mim.
Alimento-me de pedaços de confiança que depositam em mim e mantenho segredos há décadas...
Hoje, penso um pouco naquilo que vai além do meu pequeno mundo, onde exijo, vivo, sorrio e sonho...
Pensei sempre que tinha que sair de lá e ir para longe, porque havia uma missão à minha espera. Tenho medo de não a conseguir cumprir por egoísmo, porque estava só a olhar para mim e a alcançar bem-estar.
Quando ajudo alguém, sinto-me bem e acho que estou a ser egoísta, porque faço-o por mim, porque gosto do que me faz sentir. Estarei a ser correcta ao gostar de ser reconhecida pelo que faço?! Talvez nem saiba ser altruista...
Depois, sinto-me mal, porque como chocolates que tanto me fazem mal, quando há tantas crianças que nem pão, água, ou leite têm...
Hoje o meu pensamento vai para os pequeninos que não têm nada, porque são esses que precisam de ser lembrados e mais merecem os meus pensamentos... mesmo que seja apenas por este dia e pelas horas em que não pensei nas pessoas que me estão longe e das quais tanto gosto.

Eli

domingo, novembro 06, 2005

As pessoas fazem os lugares

Dali

Já disse tantas vezes "as pessoas fazem os lugares"... tantas que não as posso contar!
Usei muitas vezes esta expressão, porque onde quer que estivesse com aqueles que gosto, eles transformavam esse sítio num local feliz.


Era uma vez uma Borboleta muito clarinha, era tão clara que os raios de sol passavam através dela... parecia transparente, tanto que quase não fazia sombra!
Um dia, um pastor que andava num dos campos que ela frequentava, reconheceu nela uma marca de beleza natural e resolveu que no dia seguinte iria fotografá-la.
A Borboleta viu o pastor a olhar para ela com tanta atenção que se sentiu constrangida. Mas, logo o pastor partiu e ela ficou mais descansada. De qualquer forma, sendo uma Borboleta prevenida, resolveu pedir a uma Tulipa que a ajudasse da próxima vez que isso acontecesse. A Tulipa concordou.
No dia seguinte, assim que a Borboleta viu o pastor aproximar-se com a máquina fotográfica e correu para dentro da Tulipa que fechou as suas pétalas, escondendo-a.
O pastor ficou muito zangado, pois não encontrou a Borboleta no meio de tantas flores!
A Borboleta nunca mais foi vista. Então, o pastor resolveu pintar uma tela para perpetuar a imagem que tinha dela.
A Borboleta acabou por ficar sempre dentro daquela Tulipa, optou por não mostrar a sua beleza a mais ninguém e sucumbiu.
A Tulipa deixou de o ser e tornou-se em mais do que uma flor, transformou-se num lugar, as suas pétalas ganharam vida humana e povoaram o mundo de Amor.

A prisão mata.
As flores têm vida própria.
As telas perpetuam sentimentos.
As pessoas fazem os lugares!!!

Eli Rodrigues

sábado, novembro 05, 2005

Estória da Gaivota que se apaixonou pela Lua


"Era uma vez...", começava o velho contador de histórias. As crianças corriam para junto dele, sentavam-se na mantinha, com "perninhas à chinês" e fechavam os olhos para melhor ouvir e imaginar o que ele contava!

"Era uma vez um planeta chamado Terra. Ele não tinha luz própria, por isso contava com a luz de uma estrela muito especial que se chamava Sol. Na Terra, habitavam muitas formas de vida, tantas que, nunca chegarei a conhecer nem metade.
Um dia, a Terra foi perdendo algumas dessas espécies... até que ficou apenas com uma única Gaivota. Ela não tinha companhia, não sabia da existência de mais nenhuma como ela, só via a Terra e o Sol... até que, um dia viu algo diferente no qual nunca tinha reparado: era a Lua!!! Esta brilhava, branca, opaca. A Gaivota começou a reparar que ela ia mudando de lugar, mas estava sempre ao seu alcance, viu nela a sua única companhia e foi-se apaixonando... deixou de procurar comida e morreu.

Acredito que, quando tenha morrido tenha ido morar para a Lua, pois lá extistiam formas de existência superiores àquelas que estragaram o planeta Terra."

Isto diz o velho, mas eu suponho que ela morreu, porque não obtinha nenhuma resposta da Lua, a distância foi fatal. Ela só via esse amor (homossexual) e não conseguia ver que o amor é liberdade. O amor platónico matou-a!

Eli Rodrigues


Esta estória (prefiro "história", apesar de saber a diferença, blá, blá), parca em palavras, foi escrita pela sugestão de antonior(http://coresepixeis.blogspot.com/). Já vários o fizeram e aconselho a escreverem a vossa estória também inspirada nesta imagem!!!

Ah! Já agora, aconselho a leitura do livro "Fernão Capelo Gaivota", que um amigo me emprestou há uns anos e do qual não me esqueci! (Não me esqueci do livro, nem do amigo!)
:)

quarta-feira, novembro 02, 2005

Flores que atiro...

Há saudades que nunca irei matar.


Em cima de terra negra.

segunda-feira, outubro 31, 2005

O Sentimento

Dali


Hoje vim falar de outra parte de mim. As insónias. São horas a fio passadas numa luz ténue, onde consigo vislumbrar, claramente, apenas algumas estrelas que colei nas paredes do meu quarto.
Esta noite surgiu-me uma história que vos vou contar, daquelas que gosto, que nos fazem pensar...com filosofias e lógicas das minhas

Era uma vez um Sentimento. O Sentimento tinha duas partes. Ele mantinha-se resguardado, com medo e não se deixava mostrar!

Um dia, resolveu fazer parte de um homem. Este sentiu-se muito feliz, pois tinha finalmente parte de um Sentimento para entregar a alguém.

Certo dia, apaixonou-se perdidamente. Resolveu então partilhar com uma mulher, metade de si. Entregou-lhe Parte do Sentimento. Este ficou muito feliz, pois a sua vida estava a fazer sentido finalmente! A Outra Parte (mulher) aceitou o sentimento de bom grado, ficou feliz, mas guardou-o na gaveta para usar quando achasse necessário. No primeiro dia, usou-o várias vezes para telefonar a ele. No dia seguinte, usou-o apenas para escrever uma carta ao homem. Passado uma semana usou-o para fazer sexo. Na semana seguinte, o sentimento começou a ficar sempre na gaveta.

O homem, por sua vez, usava sempre o sentimento. Transmitia-o a toda a gente com um sorriso. Notava-se bem que não se envergonhava de sentir. Cada vez que ia às compras, as pessoas diziam-lhe: "nota-se bem como está animado há uns dias, parece mais leve...". O homem sorria, os seus olhos brilhavam e prosseguia. Quando fez amor, achou que estava finalmente no auge da felicidade, mas não compreendia, porque é que a Outra Parte do sentimento não se manifestava de maneira semelhante, no entanto, não disse nada, para que o sonho de que o Sentimento prevalecesse em si não desabasse...

Passou um mês e a mulher esqueceu-se do sentimento. Enviava mensagens ao homem, beijava-o, mas deixara o sentimento na gaveta. O homem trazia o sentimento com ele, mas sentia-se cada vez mais triste sem saber porquê... Resolveu então perguntar à mulher pelo sentimento: "Amas-me?" e ela respondeu: "Não sei, não me lembro de que era o Sentimento que me entregaste." As lágrimas do Sentimento do homem cairam-lhe pela face... ela largou-lhe as mãos não compreendendo o porquê de não sentir.

Quando voltou para casa, abriu uma gaveta para queimar um pouco de incenso e descobriu lá o Sentimento que o homem lhe tinha dado. Estava morto.

O Sentimento só sobrevive a tudo e todos (distância, espaço,...) se for mantido no coração.

Assim acontece com o Amor, a Amizade, a Raiva, a Esperança...

Eli

sexta-feira, outubro 28, 2005

Roam-se!!!... (III)



Eh, eh, eh! Toca a roer de inveja destes "bacanos"!!!

Ora bem, estes fotogénicos vivem no meu lugar preferido da Ilha! Escolhi um lugar mesmo juntinho a eles, onde se vê apenas céu e mar junto a um pedacinho de verde. Nesses metros quadrados de erva moram estes "escolhidos", que também passam lá a noite, tal como pude (hoje) constatar! Apenas posso ir a esse lugar com um meio de transporte, pois fica junto à Praia da Vitória, que fica a mais de vinte quilómetros de Angra do Heroísmo, cidade onde habito nesta altura da minha vida (e com muita sorte minha!)!! Bem, hoje pude ir lá ver aquilo de noite, porque a Ana Coleta, a minha mais recente amiga, que está mais tempo comigo e que mais me atura - que pena que eu tenho dela - alugou um carro (devido a razões bastante interessantes - para ela) e levou aqui a amiga (dela) a esse lugar! De noite não se vê horizonte, mar, ou céu que se distingam, mas sabem, ouve-se o mar... e, quando se ouve o mar é como se estivéssemos em casa, como se nos ouvissem também, porque os nossos pensamentos são enviados pelas ondas como mensagens em garrafas e são lidas apenas por quem também ouve o mar tentando nos ouvir também!!!

Gostaria de deixar aqui um grande agradecimento às pessoas que mais me fizeram sorrir aqui: a Ana Coleta, a Xana e a maluca da irmã dela - Ana Rita - que veio para aqui só para não fazer nada: "roam-se"!!! Ela também tem um blog que se chama "A minha pessoa" (vais pagar a publicidade)!!!

Quando pensarem que estão mal, pensem que há sempre quem esteja bem melhor que vocês!

E estão autorizados a chamar-me à atenção quando vier para aqui com posts demasiado "tuli tuli" (leia-se "lamechas") a não ser que gostem deles e que também os escrevam, porque aí não terão autoridade!!! a) Mas nada de me maltratar!

Este post tem uma alínea! Leiam as letras pequenas!

a) Só me podem "chatear muito" se me conseguirem fazer rir!

:)

segunda-feira, outubro 24, 2005

Arrepio de conforto

Foto por Clifford Ross

Pingas de curiosidades caem junto à minha janela. Não as vi passar, mas ouvi-as, assim de mansinho. Deitei-me junto a almofadas brancas e deixei-me repousar. Uma tarde toda em que sabia de cor cada sonho que poderia ter sonhado, mas nem vi estrelas, nem as quis ver. Não desisti, nem tampouco me vejo a fazê-lo. Orfeu fala-nos em coragem, mas quem sou eu para ter "medo de naufragar"?!
Sim, não esqueci cada sentimento que me prometi. O que cada conchinha pequena me disse antes ter sido destruída pelos dedos dos meus pés, aqueles que encolhem com a ansiedade... Cada lugar que vejo na minha memória refere filmes passados com cores que não são mais do que preto e branco, porque são passado. Não vivo no passado, nem viverei, porque no futuro também não me ficarei a desejar. Vivo agora. Sobrevivo à largada de sonhos em barcos que partiram e deixaram-me ficar. Não me foram capazes de dizer que poderia sonhar apenas um pouco mais.
Sonhadora por natureza, consegui evitar ser algo que apenas desencadeia coisas parecidas com Tears, ou com música ao entardecer... Porra! Só quero aquela pequena parte que me está reservada! Será que terei que esperar muito mais?! Quero tudo. Quero.
Meus lábios demonstram tristeza. Provam o frio de gelo sem cor, sem sabor. Aquilo que não quero para mim, já o sei há muito. São as pequenas coisas que me fazem aguentar.
A chuva chegou e a tempestade ajudou-me a largar os sótãos, os baús, as recodações, os poemas, as letras... a chuva lava-me de pensamento que não evito.
Querer querer, mas não me deixarem mais do que já quero....
Quebram-me, colam-me, mas eu não sou de quebrar, nem de colar.
É numa estrada destas, numa imagem destas que a penumbra assombra o meu caminho, indicando passos pelos pesadelos felizes que anseio em guardar, pois não passam de caminhos onde quero caminhar.
Quero caminhar em florestas assombradas e arrebatá-las junto a mim.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Roam-se!!!... (II)

Desta vez venho partilhar este lugar inspirador, onde estive...

Quem gostava de ter estado ali?! O.K., sem "mim" a chatear!!! :)

Roam-se! lol Quem está a roer-se?! Hmmm digam lá!!!

Com quem queriam estar ali?!

Vamos lá a ver quem "desbonina" um pouco de si!

Clareza e sinceridade!!!

:)

Um beijinho por cada coment!!!

:)

sábado, outubro 15, 2005

Roam-se!!!...


Descobri o porquê do encanto dos Açores... pelo menos nesta ilha!
Lugares excepcionais, pessoas que nos acolhem de braços abertos e nos transmitem um pouco do calor que deixámos tão longe.
Vocação. Eis a palavra que me fez voar sem olhar para trás...
Este lugar faz-me sentir bem. É já uma casa para mim. Sim, é muito longe, mas não é tanto assim, porque dou muito mais valor a cada contacto de cada pessoa, porque cada mensagem, cada telefonema, cada e-mail, cada coment, cada pensamento, cada sorriso, cada... faz-me sentir que tenho amigos que se dedicam. Cada palavra que chegou até mim pelos mais diversos meios de comunicação, veio dar-me força para continuar! Não que o trabalho não me dê força, porque, presentemente, é ele que ma dá em todo o seu esplendor, que me faz brilhar com esforço, cansaço, mas muito amor...
Mas, que seria de mim sem a minha vida, aquela, a "própria" em que se encaixa cada um que conheço melhor que o outro e que me entregam a amizade, a esperança de uma possível visita, ou palavras que aconchegam o coração!
Esta imagem é para vós que me deixam sonhar com um regresso aos sorrisos, que me deixam uma freste aberta, ou uma porta escancarada para a minha chegada!...

Roam-se, pois estou a deixar/adiar vivências, mas estou a compensar com uma imagem como esta, ou simplesmente com o mar que vejo todos os dias, no trajecto que faço, ou mesmo da minha casa! Depois de ter deixado tanto para trás, aguardo aqui pelo Natal, do qual tanto gosto, para ver sorrisos que recordo, sorrisos renovados e sorrisos que desconheço!

sábado, outubro 08, 2005

Barcos?!


E de tanto querer,
Não quis mais...

E de tanto correr,
Alcancei o cais.

Barcos, onde não me levais?!

O mar... parte cruel da terra

Que encerra
Sonhos,
Que enterra
Palavras,
Que...

segunda-feira, outubro 03, 2005

Aquele sorriso...

Eis o sorriso que não posso ver chorar...
Parece estar tão perto,
Mas, apenas o posso alcançar
Através de uma voz...

Sabes bem que mais do que
Um lugar que te posso dar aqui
São os locais onde já estás enraizada,
Aqueles que conquistaste com o teu sorriso!
Não esperando nada...
Aquilo que preciso...

Tens-me ouvido como palavras em poesia
Como rimas em acrósticos
Defines a noite e o dia
Dos deuses dos agnósticos.

E as dificuldades transversais
De quem não te pegar ao colo
São marcas banais
Que não merecem lágrimas pelo solo!

E, aqui continuo assim, esperta e perspicaz
À espera de roer cordas e soltar amarras
Daquilo que, constantemente me apraz!

Mas, tu, não esperes e saberás!

Saber?! Saber... Oh... que saberemos nós?
Sabemos as marcas da amizade escrita, lida,
Falada, sentida!...

:)


Dedicado à Susana_Aveiro que também se dedica a mim!
(Como sempre, foi o que saiu!)

sexta-feira, setembro 30, 2005

Chuva

Quando vem a chuva para resolver
As mágoas do pensamento?
Quando vem ela para retomar
A sensação de conforto no tormento?

Espero-te em casa, porque aí as minhas lágrimas
Cairão em almofadas velhas e usadas...
Prefiro o aconchego do frio, às horas passadas
A sonhar em segredo...

Chuva que é tecto de beijos salgados,
Que mostra o romântico do medo,
Que espera ansiosamente,
Por nos no ver apaixonados!...

E sabia tão bem o quente do teu cobertor...
O abraço que me davas à porta...
Exaltei-me com o nosso amor,
Mas, de sonhos estou morta!

Só lá estarei à espera de letras
Que me enviares em nuvens
Tal como os sinais me dão
Alento à imaginação...

Tempestades de Inverno
Espero-as também... assim...
Num lugar apenas.
Enquanto esperares por mim.

terça-feira, setembro 27, 2005

Sonhar, só sonhar...

Pé ante pé procuro o azul que me diga que posso sonhar à vontade e deixar-me desejar tudo aquilo que me faz levantar das trevas e ver o branco.
Carinhos e palavras escritas à mão são pequeninas coisas que me fazem nunca chorar.
Sorrir e rir fazem parte de línguas maternas que se aprendem em colos e em brincadeiras na terra. Actividades que sujam a roupa, mas lavam a alma.
Sonho muito mais do que antes, porque agora, cada vez que vivo, são pedaços de paraíso, são ondas brancas.
O sabor a sal na boca que se emana através dos olhos.
Os ouvidos sentem arrepios que só a linguagem dos peixes entende.
As aventuras dão abstracto e trazem a objectividade de um futuro feliz... de encontros fugazes que imagino em forma de pesadelos.
Não existem pesadelos. Se sonho com coisas más, ainda bem que vivo isso apenas em sonhos, logo, na minha forma positiva de encarar tudo vejo que ainda bem que os pesadelos se passam a dormir. Gosto de pesadelos, mas a dormir.
Minha alma contenta-se com músicas e memórias, mas alimenta-se do muito mais que há-de vir.
Leccionar é um pouco da minha vida, o constante, o necessário, mas sonho com tudo, porque o sonho é ilimitado. Alguém escreveu que o difícil é realizar... nada de novo, mas nada de impossível até que nos provem o contrário!
Mais do que nunca, sou eu a escrever ao som do vento e de motores de máquinas que me levam até longe... máquinas do pensamento e que nos acordam...
Acordo muitas vezes de sonhos acordade e considero tudo uma loucura que a minha pragmática exclui,... mas logo me lembro que sou humana e que o que não conseguir com as palavras, alcançarei com o olhar...
Areia, deixa-me sentar, que quero descansar um pouco de tanto lutar!

Açores 20:04

quarta-feira, setembro 21, 2005

Não vejo estrelas

Há muito que não vejo estrelas brilhar
Nem tampouco as consigo vislumbrar
Existe ainda a esperança de as alcançar
Com este triste, mas constante olhar...

Volto-me e vejo nuvens atrás e à frente
Das minhas costas... vejo aquilo que sonhei
Não vejo o que o mar não me consente
Acabei com algo do que desejei
Mas nada me transparece o presente...

Coisas que se traduzem em reticências
De intervalos de tempo na vida...
Dão-me filosofias e amor a crenças
Mas nunca, lamentavelmente, serei consentida!

10:48 Açores

sábado, setembro 17, 2005

Happy

Sinto-me bem sozinha, porque trago na minha alma e pensamento pessoas que me preenchem.
Vou andando na rua com um sorriso que sou incapaz de disfarçar. Gosto muito disto aqui, mas gosto muito mais do que tenho aí, mas, trazendo-vos no pensamento é quase como se estivessem cá! Hoje descobri mais um pouco da ilha, a parte onde se situa este "Cntro Cultural" e... a seguir vou buscar fotografias... aquelas de Mira (e Figueira), as que tirei no "Bond Jau", etc... Muitas já de aqui... E vou olhar para aqueles sorrisos e sorrir também com este sprriso que só alguns sabem o que significa!
Obrigada pelos comentários que me dão muita força!

sexta-feira, setembro 16, 2005

O mar

Já vivo perto do mar
Como tantos me viram desejar

Passo horas a fio a perguntar
Quem estará do outro lado em mim a pensar?!

sexta-feira, setembro 09, 2005

Partida para a Terceira na Segunda-Feira

Vou-me embora.
Passei a vida toda a querer ir embora. Usava mesmo esta palavra. Umas vezes imaginava África, outras ainda lugares longínquos da Europa, mas tantas e tantas vezes que sonhava com os Açores... Sempre soube que ia chegar a minha vez. Sim, porque a minha vocação já cá estava quando eu me idealizei, criei e transformei. Este "eu" que tenho é um resultado de opções...

Li um texto magnífico sobre o percurso que irei traçar. Não era o meu, mas vi nele uma inspiração.

Falava em estrelas que estão à minha espera para brilhar!

Vejo tudo o que está a acontecer na minha vida é com mérito, mas porque existe Deus que me deu esta oportunidade... essas oportunidades... e eu agarro-as e luto!

Vou partir para a aventura do desconhecido, o que me encanta e faz vibrar...

No entanto, deixo cá uma vida construida com dedicação que não tenciono deixar para trás. Comigo vão todos vós. Levo-os a cada um no seu lugar que está no meu coração. Se não o ocuparem, esse lugar não será de mais ninguém... Mas, para mim, uma relação é como uma planta... nós semeamos, depois tratamos e regamos. Mas esta planta é muito especial, porque precisa de duas águas para se manter viva... se um falhar, ela ainda sobreviverá com uma água durante algum tempo, mas... acabará por morrer.

Sei que os que sinto verdadeiramente nunca deixarão morrer planta alguma, sejam rosas, papoilas, nenúfares, todas elas precisam de ser regadas!

A Amizade é um bem que se conquista e orgulho-me de partilhar este sentimento com bastantes pessoas...

Amigos, mesmo que eu pareça fria na hora da despedida, mesmo que a partida pareça breve, sei que sentirei muito a vossa falta, porque já o sinto e estou ainda aqui tão perto.

Nos Açores existe internet, por isso este blog será também um meio de comunicação! Usem-no!

Persigo este sonho, mas outros se levantam que me fazem sonhar ainda mais, porque os sonhos têm cor... só não são susceptíveis ao tempo, nem ao espaço...

Vejo que os meus sonhos brilham com uma intensidade tal, que consigo vê-los a milhas de distância... "onde só chega quem não tem medo de naugfragar".

Eli Rodrigues :)

(como sempre)

terça-feira, setembro 06, 2005

Sorrio...

Sorrio muito...
... porque os meus músculos só se movem nessa direcção.
... porque faço coisas que não imaginava fazer...
... porque vais além da ilusão.
... porque te sinto ao te ler...

sexta-feira, setembro 02, 2005

Segurando nos braços o Sol



Ponho as mãos vazias em cima da esperança
E peço-lhe que não me revele nada
Porque não mais vou esperar
Nem tão pouco guardo a lembrança
De acordar de madrugada
E escutar a porta a fechar.

Desta vez não houve luto
Nem tão pouco sei se senti tudo o que estava a pensar
Criei ilusões em bruto
E, num poema, fiquei-me a desejar.

Hoje sorrio muito! Tanto tanto tanto!...
Que os teus olhos de tanta alegria
Se transformam num pranto
De não querer mais o que queria!...
Deitei-me nesse envolvente manto
E sonhei acordada com tanta porcaria!

Mas, veio a música e os sorrisos dos amigos
Que me põem em carros sem conduzir
Levam-me assim... não vejo perigos
Apenas não consigo deixar de sorrir!

Entregam-me o sol com carinho
Deixam-me memórias em fotografias
Que me indicam o caminho
E onde estão todas essas guias!

Proferem-se prosas alegres em rimas e piadas
Numa onda de amizade embriagadas...

Numa onda generalizada
Deixo um ENORME OBRIGADA!!!

segunda-feira, agosto 29, 2005

Tristeza

Consegues ver o que te quero dizer?
Não, é impossível, porque me deixaste morrer.
Assim não falo, minha boca calar-se-á
Porque não tenho a quem me dirigir...

Não tenho lágrimas para ti, porque será?
Desapareceste assim ao surgir...
Não tenho mantas, nem vento, mas sou má
E nas trevas ainda espero ver-te mentir

Aguento assim, calada
Desejando conseguir
Algo que vá além do nada
Vontade de voltar a sorrir...

02:37 Eli Rodrigues

domingo, agosto 28, 2005


A Natureza mostra muitas vezes os nossos estados de espirito... Posted by Picasa

Dúvida...

Chegaste de mansinho e espreitaste pela porta que ainda estava aberta... não que fosses tu a deixá-la assim, mas porque eu não a fechei para ti.
Sinto tantas vezes tudo opaco e, quando aparece algo transparente, não o consigo alcançar...
E depois mordo os lábios para não chorar, porque sou forte e não quero partir, não quero que partas.
Ah... já partiste?! Não vi, não dei conta, não sei de onde venho, mas sei para onde vou. Não sei quem és, mas sei muito do que sou.
Sou prosa e, quando sibilo, sou poesia, porque pessoas como tu mo permitiram...
Então, chego a casa novamente, pouso as tralhas e dou-me conta que eu também faço parte delas... Afinal não deixei lá tudo, também me trouxe. Carrego-me nos braços com o peso suficiente que me faça cair, porque já não flutuo... porque não sei flutuar sozinha.
O preço de um abraço que não tive e um corpo que não quero e que no fundo sei que nunca foi meu.


(Perdoem-me a repetição, pois este post está no blog Next Street, mas queria que ele também ficasse neste cantinho só meu... Obrigada pela compreensão...)

terça-feira, agosto 23, 2005

Continuação

Queria soltar as amarras e correr atrás
Daquilo que me faz sorrir todas as manhãs
Mas, o espaço (e quiçá o tempo) é capaz
De me prender entre palavras vãs

Voo de um lado para o outro assim
Desejando que me apareças entre o azul e o mar
Sei que te lembras de mim
Mas não o sei quantificar

Queria enviar-te poemas de solidão
E ler-tos com alma e sentimento
Queria pegar em paus e transformar o pão
E ao entardecer dar-te alimento

Ouço música que canto para ti
Mas tu não sabes que me fazes sorrir
Gosto que gostes do aqui
E que fiques com vontade de vir

Gosto de coisas certas, mas o errado
Faz-me aprender e fundamentar
Algo que resumi de um passado
E que me fará voltar!

sexta-feira, agosto 19, 2005


Que bom quando nos fazem feliz... Posted by Picasa

Pequenas palavras

Há coisas caras que nos fazem olhar,
Há pessoas tristes que nos fazem pensar,
Há lugares para escrever,
E outros para nos inspirar.

Não anseio muito mais que um poema,
Que uma palavra para eu ler.
Volto ao reencontro com a tinta e o papel
Mas é difícil sem teclas, difícil sem sofrer.

Não vejo caminhos que sejam trilhados por ti.
Não vi, nada, nem um mapa me deixaste...
Mas, umas pegadas na areia deixaste
Que o mar se encarregou de apagar...

Gosto do que pessoas assim me fazem sentir
Parece que amigos destes me fazem flutuar :)

Sabes... parece que ficamos mais leves
E a música nos encanta ainda mais e faz-nos pular...

quarta-feira, agosto 17, 2005

Angústia

Dou comigo a massajar o pescoço
Com as suas mãos, como se algo me estivesse a sufocar
Mas o ar não passa...
Talvez porque não quer passar...

Vejo o vermelho da traqueia
Sinto algo que não vem dos pulmões, nem do estómago, será do coração?!
Sinto que a minha cabeça está sempre cheia
De coisas que dispenso, tal como a ilusão!

Mas nem as lágrimas querem nada comigo...
Será da habitual desilusão
Mas eu sinto nele um amigo
Que me dará a sua mão...

segunda-feira, agosto 15, 2005

Captando o que me envias através de sons em palavras...

Estou aqui. Ou talvez não.
Talvez esteja aí, junto a ti.
Pegas nesses pergaminhos que me fazem sorrir
E lês-me poesia directamente ao coração.

Pegas nessa pena pesada e, parado continuas a flutuar...
Voas no meu pensamento
Como o que voa e vai, como aquele desejar
Que volte tudo e se viva o momento.

Sim. Quero. Quero ver o lado branco em vez do negro...
Quero sair dos sonhos e da ansiedade.
Mostras-me o véu,
Mas não sei se mo revelarás.

domingo, agosto 14, 2005

Vivo o momento

Consigo lembrar-me do sol que me queimava a pele...
Agora é das cores que me recordo em torno da areia.
Rompi com a solidão, rasguei roupas e rompi com ele
Penetrando cada mão de vazio... cheia...
E deixar para trás cada recordação.

Durou um segundo cada pensamento sem filosofias
Imaginando a diferença de não ser ilusão
Enquanto tu deixavas a tua sombra gravada em pó
Mudei. Mudo sempre e mudarei...




(Desculpem-me por não ser melhor...)

sábado, agosto 13, 2005


Voltei. Posted by Picasa

terça-feira, agosto 02, 2005


Clifford Ross recolhe imagens como as sonhamos. Vou ver o mar, sentir o sol e a musica... vou sentir os amigos e rir muito. Os dias que estarei fora, lembrar-me-ei de todos aqueles que me apoiam. Pisem areia por mim. As pegadas ficam sempre gravadas em quem nos traz na alma e pensamento... Posted by Picasa
Respira-se fundo e suspira-se com a ausência
E queixamo-nos da incomodatória presença de alguém
Que nos pede não mais do que simples clemência
Mas, que nos quer abandonar também.

Medo. Temos medo de começar tudo de novo.
Doem as feridas quando saram de sangue jorrado.
Escrevem-se marcas que se gravam num corpo todo
E aquilo que me pedes é que nunca te tivesse amado?!

Não, não quero coisas fáceis.
O quotidiano é demasiado óbvio para querer esse corpo novamente.
Sei que me dão luta as coisas difíceis
E quero lutar até mesmo quando estiver doente.

Espera. Doente já estou.
Meus pensamentos circulam fora do coração.
Não posso chamar amor a nada que sinto, tudo que sentia de forte voou
E não quero mais essa ilusão...

segunda-feira, agosto 01, 2005


Quando deixamos o nosso anjo sozinho... Posted by Picasa

sábado, julho 30, 2005


Encontramos imagens fabulosas nos nossos sonhos a dormir, em palavras que nos as descrevem de modo singular e noutros lugares, como numa casa naufragando debaixo de um raio... Que v�em nesta imagem? Posted by Picasa

Adeus

Vieste assim, pequeno e sem magia, como uma palavra oca que desconhecia...
Levaste-me para junto de ti, porque querias um corpo para estimular.
Deixei. Deixei que aqueles gestos banais e loucos me transformassem naquilo que tu quisesses. Era só isso que eu queria ser para ti. O que me pediste.

Então, a tua carne soube-me a sangue e o meu sangue soube-te a vitória.
Imaginei que tais desavaneios fossem apagados e tudo voltasse atrás.
À minha procura, busca incessante de preenchimento de sortes nulas de quem sempre padecia por completo.

E, em cada beijo teu, não vi a lua, não vi o céu e tapaste tudo aquilo que ainda conseguia alcançar com estes olhos fatigados de morte ao amanhecer.

Uma vez mais retorno a uma leito frio, que jamais aqueceste e que já esqueceste.
Não te quero para mim, nem tampouco quererei sonhos de homens com corpos de lata e sem sabor a verdade. Caminho, mas não ultrapasso.
Deixo pegadas desconhecidas, pois jamais quererei ser alcançada por ti.

sexta-feira, julho 29, 2005


Por do sol no polo norte, porque vivo no entardecer da noite, a aurora antes do dia nascer... descubro-me cada vez mais na noite e identifico-me com ela sentindo a sua beleza, paz, intensidade... Posted by Picasa

Pegadas na areia

"Uma noite tive um sonho...

Sonhei que andava a passear na praia com o Senhor e, no firmamento, passavam cenas da minha vida. Após cada cena que passava, percebi que ficavam dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro era do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:

- Senhor, tu disseste-me que, uma vez que resolvi seguir-te tu andarias sempre comigo, em todos os caminhos. Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque é que, nas horas em que eu mais necessitava de ti, tu me deixaste sozinho.

O Senhor respondeu-me:

- Meu querido filho, jamais te deixarei nas horas da prova e do sofrimento. Quando viste na areia apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exactamente aí que PEGUEI EM TI AO COLO."

(Texto oferecido pelo Ruben Ferreira)

*Deus só nos coloca provações que conseguimos superar sozinhos, Ele ama-nos incondicionalmente.

quinta-feira, julho 28, 2005

Penso baixinho...

Murmuro à noite, no silêncio das respirações ofegantes...
Quem me ouve não sabe... não, ninguém me ouve...
Ouço eu, mas eu também não sei...

Dispo-me de preconceitos e vivo o amor...
Esta palavra desejada,
Mas quase nunca sinto a chegada do entardecer da noite...

Aurora de desentendimentos
Em que não sei bem qual é o teu rosto.
Sei apenas que existes...

Tenho receio que sejas apenas fruto da minha imaginação.
Horas a sonhar, morar no sonho de alguém...
As almas serão levantadas mais ou menos assim.

domingo, julho 24, 2005

Poetry

As palavras que encontro neste meio de comunicação social revelam-me que há muita gente a escrever poesia...

Espero ansiosamente por uma inspiração que não chega para passar para aqui as coisas que me vão na cabeça...

Hoje posso falar de dois amigos singulares de seu nome José Carlos (koala) e Fernando que não vos são estranhos, mas que me fizeram sentir verdadeiramnete acolhida e com um porto seguro em dias de nervosismo.

Quero e anseio que todos os que caminham lado a lado deixando as suas pegadas no meu coração me demonstrem tal supremacia, se assim o sentirem! Daí tão bom gostar de um reconhecimento que os sorrisos me dão... os vossos sorrisos do tamanho de dentes e lábios expressivos!

Agora vou a cimema, que é uma coisa da qual gosto muito!

Obrigada pela atenção... a poesia voltará...

quarta-feira, julho 13, 2005


Porque tantas pessoas gostam desta foto... Posted by Picasa

quarta-feira, junho 29, 2005

Promessas...

Coisas que não digo, nem escrevo, porque não existem.
Então, tenho que filosofar acerca do que me dizem.
Afinal as promessas que nos fazem implicam a palavra "prometo" antes, assim como as juras têm que ser antecedidas da palavrinha "juro"?!
Não gosto de promessas.
O que nos dizem vale por si só. É o que acredito. Em quem acredito, vale! Em quem não acredito, nem com juras e promessas lá vão.
Acredito até que me "provem" o contrário.
Afinal os actos transparecem o resultado das palavras, ou desmentem muitas delas.

terça-feira, junho 21, 2005


Maga e Filo num dia de praia com os amigos. Volto a dizer: "as pessoas fazem os lugares"... Posted by Hello

A verdadeira Teinia... parabens! Este sorriso demonstra coisas que so alguns sabem! Posted by Hello

Esta foto mostra mesmo a felicidade que vivemos na Viagem de Finalistas. Um beijinho especial para a Teinia que hoje faz anos! Posted by Hello

Foto bonita esta na Barra... os amigos... Posted by Hello