Agora nem nómada, nem emigrante.


segunda-feira, agosto 29, 2005

Tristeza

Consegues ver o que te quero dizer?
Não, é impossível, porque me deixaste morrer.
Assim não falo, minha boca calar-se-á
Porque não tenho a quem me dirigir...

Não tenho lágrimas para ti, porque será?
Desapareceste assim ao surgir...
Não tenho mantas, nem vento, mas sou má
E nas trevas ainda espero ver-te mentir

Aguento assim, calada
Desejando conseguir
Algo que vá além do nada
Vontade de voltar a sorrir...

02:37 Eli Rodrigues

domingo, agosto 28, 2005


A Natureza mostra muitas vezes os nossos estados de espirito... Posted by Picasa

Dúvida...

Chegaste de mansinho e espreitaste pela porta que ainda estava aberta... não que fosses tu a deixá-la assim, mas porque eu não a fechei para ti.
Sinto tantas vezes tudo opaco e, quando aparece algo transparente, não o consigo alcançar...
E depois mordo os lábios para não chorar, porque sou forte e não quero partir, não quero que partas.
Ah... já partiste?! Não vi, não dei conta, não sei de onde venho, mas sei para onde vou. Não sei quem és, mas sei muito do que sou.
Sou prosa e, quando sibilo, sou poesia, porque pessoas como tu mo permitiram...
Então, chego a casa novamente, pouso as tralhas e dou-me conta que eu também faço parte delas... Afinal não deixei lá tudo, também me trouxe. Carrego-me nos braços com o peso suficiente que me faça cair, porque já não flutuo... porque não sei flutuar sozinha.
O preço de um abraço que não tive e um corpo que não quero e que no fundo sei que nunca foi meu.


(Perdoem-me a repetição, pois este post está no blog Next Street, mas queria que ele também ficasse neste cantinho só meu... Obrigada pela compreensão...)

terça-feira, agosto 23, 2005

Continuação

Queria soltar as amarras e correr atrás
Daquilo que me faz sorrir todas as manhãs
Mas, o espaço (e quiçá o tempo) é capaz
De me prender entre palavras vãs

Voo de um lado para o outro assim
Desejando que me apareças entre o azul e o mar
Sei que te lembras de mim
Mas não o sei quantificar

Queria enviar-te poemas de solidão
E ler-tos com alma e sentimento
Queria pegar em paus e transformar o pão
E ao entardecer dar-te alimento

Ouço música que canto para ti
Mas tu não sabes que me fazes sorrir
Gosto que gostes do aqui
E que fiques com vontade de vir

Gosto de coisas certas, mas o errado
Faz-me aprender e fundamentar
Algo que resumi de um passado
E que me fará voltar!

sexta-feira, agosto 19, 2005


Que bom quando nos fazem feliz... Posted by Picasa

Pequenas palavras

Há coisas caras que nos fazem olhar,
Há pessoas tristes que nos fazem pensar,
Há lugares para escrever,
E outros para nos inspirar.

Não anseio muito mais que um poema,
Que uma palavra para eu ler.
Volto ao reencontro com a tinta e o papel
Mas é difícil sem teclas, difícil sem sofrer.

Não vejo caminhos que sejam trilhados por ti.
Não vi, nada, nem um mapa me deixaste...
Mas, umas pegadas na areia deixaste
Que o mar se encarregou de apagar...

Gosto do que pessoas assim me fazem sentir
Parece que amigos destes me fazem flutuar :)

Sabes... parece que ficamos mais leves
E a música nos encanta ainda mais e faz-nos pular...

quarta-feira, agosto 17, 2005

Angústia

Dou comigo a massajar o pescoço
Com as suas mãos, como se algo me estivesse a sufocar
Mas o ar não passa...
Talvez porque não quer passar...

Vejo o vermelho da traqueia
Sinto algo que não vem dos pulmões, nem do estómago, será do coração?!
Sinto que a minha cabeça está sempre cheia
De coisas que dispenso, tal como a ilusão!

Mas nem as lágrimas querem nada comigo...
Será da habitual desilusão
Mas eu sinto nele um amigo
Que me dará a sua mão...

segunda-feira, agosto 15, 2005

Captando o que me envias através de sons em palavras...

Estou aqui. Ou talvez não.
Talvez esteja aí, junto a ti.
Pegas nesses pergaminhos que me fazem sorrir
E lês-me poesia directamente ao coração.

Pegas nessa pena pesada e, parado continuas a flutuar...
Voas no meu pensamento
Como o que voa e vai, como aquele desejar
Que volte tudo e se viva o momento.

Sim. Quero. Quero ver o lado branco em vez do negro...
Quero sair dos sonhos e da ansiedade.
Mostras-me o véu,
Mas não sei se mo revelarás.

domingo, agosto 14, 2005

Vivo o momento

Consigo lembrar-me do sol que me queimava a pele...
Agora é das cores que me recordo em torno da areia.
Rompi com a solidão, rasguei roupas e rompi com ele
Penetrando cada mão de vazio... cheia...
E deixar para trás cada recordação.

Durou um segundo cada pensamento sem filosofias
Imaginando a diferença de não ser ilusão
Enquanto tu deixavas a tua sombra gravada em pó
Mudei. Mudo sempre e mudarei...




(Desculpem-me por não ser melhor...)

sábado, agosto 13, 2005


Voltei. Posted by Picasa

terça-feira, agosto 02, 2005


Clifford Ross recolhe imagens como as sonhamos. Vou ver o mar, sentir o sol e a musica... vou sentir os amigos e rir muito. Os dias que estarei fora, lembrar-me-ei de todos aqueles que me apoiam. Pisem areia por mim. As pegadas ficam sempre gravadas em quem nos traz na alma e pensamento... Posted by Picasa
Respira-se fundo e suspira-se com a ausência
E queixamo-nos da incomodatória presença de alguém
Que nos pede não mais do que simples clemência
Mas, que nos quer abandonar também.

Medo. Temos medo de começar tudo de novo.
Doem as feridas quando saram de sangue jorrado.
Escrevem-se marcas que se gravam num corpo todo
E aquilo que me pedes é que nunca te tivesse amado?!

Não, não quero coisas fáceis.
O quotidiano é demasiado óbvio para querer esse corpo novamente.
Sei que me dão luta as coisas difíceis
E quero lutar até mesmo quando estiver doente.

Espera. Doente já estou.
Meus pensamentos circulam fora do coração.
Não posso chamar amor a nada que sinto, tudo que sentia de forte voou
E não quero mais essa ilusão...

segunda-feira, agosto 01, 2005


Quando deixamos o nosso anjo sozinho... Posted by Picasa