Agora nem nómada, nem emigrante.


domingo, abril 29, 2007

Um gesto de conspiração


Ali ao longe, uma ilha que não suaste
Que não desejaste à partida
Que não quizeste atravessar
.
Ali, um lugar de futuro e antítese
Um pedaço de chão e simbolismo
A magia num copo despido
.
Uma janela atravessada
A correr, com os pés marcados
Em solos pouco navegados
.
Ali. Não te rendeste à paciência
Tampouco à imagem
Talvez à tolerância
Da existência desta margem
.
Onde quererei estar afinal
Se em cada lugar me reflito por cada palavra banal
.
Cada sonho, uma despedida
Cada mar, uma partida.
.
Eli
.
:)
.
P.S. Imagens de Eli, neste blog, assim como as palavras, excepto as que devidamente assinaladas.

"Tudo o que te dou..."


Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
às vezes fraco assim é o coração
eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias, noutro dia o luar...
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser
Foram tantas as noites sem dormir
tantos quartos de hotel, amar e partir
promessas perdidas escritas no ar
e logo ali eu sei...(Que)
Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
e tudo o que eu te dou
Sentado na poltrona,
beijas-me a pele morena
fazes aqueles truques
que aprendeste no cinema
mais peço-te eu,
já me sinto a viajar
para, recomeça, faz-me acreditar
"Não", dizes tu, e o teu olhar mentiu
enrolados pelo chão no abraço que se viu
é madrugada ou é alucinação
estrelas de mil cores,
ecstasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor ou dá-me liberdade
deixa-me voar, cantar, adormecer...
(Uma música de Pedro Abrunhosa que canto sempre que ouço e que me diz muito.)
Eli
:)

quarta-feira, abril 18, 2007

Flash

De repente,
Como o fogo num ventre

Dispáras o gatilho
E a vida volta a fazer sentido

De repente,
Uma imagem captada

Num lugar sombrio
Comum, vulgar

Num momento, há arrepios de acordar
Há corrimãos a desejar

Atrás dos pequenos objectos
Que guardam o poder

Água, terra, ar

Há um turbilhão de novo e de reconhecível
Atrás de uma carapaça distorcida

Não a vi
Levantaste a capa

E eu permaneci.
Viste-me sorrir. Sorriste.

E uma envolvência permaneceu.
E eu reconheço a música
A balada
O piano.

:)

Eli

sábado, abril 07, 2007

...fui, Fomos, sou...



Alternas os pontos e as decisões

Pegas nos botões das máquinas

E soletras algodão

Nem sei que disfrutar

Que pormenor agarrar

Esfregá-lo nas paredes loucas

Da noite solitária

E...

Vou-me com pouco

Sendo muito mais

Em desejos

E sonhos

Voar!!!

...

Num canto dos meus pensamentos

Um passado ergue-se e provoca-me sorrisos

Lembrar-me le alguém que me soube sorrir

Como sou, como fomos

O "nós" traz-me memórias "irritantemente"

Inesquecíveis!!!

E o Sol que se levanta além

Esconde as estrelas admiradas

Numa das mais belas e confortáveis

...

Estradas.

:)

Eli

quinta-feira, abril 05, 2007

Cor


(Fotografia de Eli.)
E, num manto ténue
Me espero, porque sem mim não parto
Mas, já fui.
.
Num esbranquiçado, altero regras e rumos
Numa posta de letras
Engulo saliva e sono
.
Barras de alternância
Amores
Dissabores
.
E ter a voz possuída
Tê-la nos ouvidos de profecta
Sou
.
Sublime metáfora no céu negro
Que me davas espelhado no mar
Sem estrelas para eu as procurar
.
Até que alguém
por momentos
Mas soube mostrar
.
E quero deixar ir o que previ
E viver o ardor do muito
E do teu
.
Levo-me
Não sei bem onde me buscar
Em casas desiguais
.
Num voo qualquer
Pensei navegar
Mas não havia rumo
.
Naufragar.
Partir.
Desejar.
.

Eli

terça-feira, abril 03, 2007

Açores (Terceira)


(Eli's photo!)