Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, setembro 29, 2012

Tive


Era uma vez... uma casa...
 
Hoje, ia a caminhar na rua... como tenho feito nos últimos tempos, na vinda de um trabalho curto, mas uma rotina preciosa... e naquela estrada longa, vi um menino dos seus dez anos e uma menina dos seus sete anos. Ele levava-a pela mão. Ele, cabelo escuro, curto o suficiente para ser corte de rapaz. Vi que se olhavam nos olhos de vez enquando, enquanto iam dizendo algo. Ele mais alto, quase se baixava e ela esticava-se. Ela, cabelos loiros, quase a tropeçar, pois tinham que andar depressa. Os primeiros pingos tinham caído. Estava a começar a chover. Mochilas às costas como eu. Como eu gosto. Outono nas árvores. De tão apressados, ela tropeçou nos seus passos e ele segurou-lhe a mão com firmeza. Joelhos rasparam levemente no chão. Vi que ele lhe perguntava como ela estava, pelos gestos. Até que ela lhe deu a mochila e correu à frente dele... Parece-me que ele ficou uns quatro passos atrás, a correr (também) com orgulho da sua irmã.

Eli








6 comentários:

Anónimo disse...

O irmão não é mau...

Buxexinhas disse...

:) O apoio, protecção e dedicação... Compreendo... Beijinho grande Eli***

James Dillon disse...

O que é simples, nunca é por demais simples, melhor, o que é simples resulta, é cru, é puro, é inocente,

cumprimentos,
JD

Eli disse...

Anónimo

Entendi... não tivesse tido a explicação em direto... embora esquecida...

Eli disse...

Buxexinhas

Eu vi, eu vi...

Eli disse...

James Dillon

Inocência: palavra-chave.

Agradeço. :)