Agora nem nómada, nem emigrante.


segunda-feira, novembro 12, 2012

Dos Desaparecimentos






Lembro-me da promessa. Não era uma promessa qualquer. Era um convite. Uma viagem até ali bem perto, até ele. Carregou com o meu olhar durante uma noite inteira, até que lhe perguntei sobre ela...

... ao que ele respondeu:

- Nem sei se te leve até lá, porque podemos deixar de ser amigos. Eu não quero perder a tua amizade.

E eu voltei a questioná-la:

- E a promessa?

- Isso que disse foi num jogo de palavras, pensei que tivesses percebido.

- Então, significa que eu sonhei com um momento contigo e apenas choveram pétalas no teu colo?

- Como? Explica-te. Nunca te percebo quando falas assim.

- Se eu tenho que explicar tudo, tu não deverias ter prometido aquele lugar cómodo.


Entretanto, desapareceu. Nunca mais me disse nada.

Detesto promessas.




Eli



4 comentários:

Diamantino disse...

Detesto promessas. Já estamos em Novembro e ainda não cumpri as de Janeiro.

Eli disse...

Diamantino

São palavras que não uso! :)

Buxexinhas disse...

Compreendo... Não gosto de pétalas artificiais. As naturais revelam promessas verdadeiras... e são tão raras. :) Beijinhos grandes

Eli disse...

Buxexinhas

Revelam? Só se for a promessa do cheiro perfumado...