Agora nem nómada, nem emigrante.


terça-feira, abril 10, 2012

Espero-te


Estava a escrever. Sentia o de sempre.
Uma pontada na veia, uma inspiração.
Incomum, mexo-me, mas não movo.

Deixa que a primeira pessoa fale. Em ti.
Trespassa o abandono, repele a falta.

Coragem, meu amigo, meu amor. Vem.
Segue a minha voz, pelos túmulos...
Sem passado, sem métrica, connosco.

Bicicletas a voar no azul do sonho.
Esquina, encontro. Apressa-te. Anda.

Abraço os meus olhos, sem dormir.
O sono pesa, o número sonha-se.

Agarra o rodopiar, aquela música.
Eu sou como tu, sendo eu. Mim.
Vem e descobre-me. Não durmas.

Conta as sílabas da respiração. Tu.
Ama as palavras. Sonho-te, sempre.

Não sabes.

Saberás?

Eli

5 comentários:

Buxexinhas disse...

:) Acho que as minha palavras só vão estragar o momento... Eu só sei... Que há algo especial dentro de ti... e te correm palavras nas veias... :) Beijinhos Eli*** ;)

mfc disse...

Que poema mais lindo, Eli...
Saboreei-o verso por verso!
Acho que foi o primeiro poema teu que li... e foi admirável.
Beijos,

Eli disse...

Buxexinhas

Por estar dentro, está escondido.

LOL

Obrigada por seres querida!

:)

Eli disse...

mfc

Talvez já tenhas lido outros (projetos de) poemas!

:P

Eli disse...

mfc

E obrigada pelas palavras que também saboreei! :))