Agora nem nómada, nem emigrante.


terça-feira, maio 22, 2012

Princesa do Teu Castelo


Não sei por que vou buscar aquela música, mas a tristeza encoraja uma tal inspiração repentina. A cobardia assola-me os poros e toda eu sou um grito. "Quero sair daqui, nao te quero procurar." O Sol ajudou-me. Precisava mesmo que as nuvens se afastassem para que eu percorresse a caminhada do poder. Quem diria, que cerca de meia hora depois, eu já estaria a bater às portas à tua procura, seguindo aquelas pistas. Eu sei, eu sei, devo ter paciência, mas... eu não sei esperar sem primeiro correr, caminhar, suar. As minhas pernas disseram que te caminhei. Nunca tinha dito tantas vezes o teu nome em voz alta. Os desconhecidos disseram desconhecer-te. Eu sempre soube que não dependia de mim. Mas, eu tenho que ir, sempre. E fui, tal como das outras vezes, mesmo quando só falo da parte em que não fui... Logo a seguir arrebato o medo e vou. Ponho-me ao caminho e entrego as cartas do destino à minha viagem. Não sei bem porquê, mas preciso de te saborear todos os dias e tenho escolhido uma viagem que me faz ficar assim... simplesmente nostalgica. És diferente, és especial, por isso não estabeleci prazos para ti. Eis-me aqui, porque um dia voltarei a ser a princesa no teu castelo, para que me faças rainha... sem contos de encantar, sem coisas de chorar. Apenas nós. E eu sei tão bem o que é isso, porque sinto já tantas "saudades do futuro".

Eli

:)

10 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Ter saudades do futuro é negligenciar o presente, Eli...

Buxexinhas disse...

:) A espera faz parte da luta... Que sejas princesa e rainha... com um grande final feliz... Beijinhos Eli***

James Dillon disse...

Nas palavras de José Régio,

""Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?"

(...),

acreditando que o futuro está previsto ou não, acreditando, ou não que o trilho que vamos galgar já se encontra bordado em naperons por fiandeiras nórdicas a verdade é que em sintonia com o que antes revelas-te está tudo na viagem, no fim o sabor que retiras da viagem é que te vai dizer se vale a pena chegar ao fim ou não, imbuído no próprio caos do acto de respirar a busca por algo é intrínseco à condição humana, procurar o futuro fazemos todos mal nos erguemos da cama, sendo esse futuro uma estagnação do presente ou um forçar dos limites existenciais, sendo esse futuro sozinhos em torres de marfim ou acompanhado por alguém que abana nossos alicerces. Mais, alguns procuram o futuro sabendo perfeitamente que o deles para os fazer sorrir de novo está no passado, o tempo evolue e escoa mas circulam em rotundas maradas para regressarem ao estado de mente, à companhia, à vida que outrora lhes fazia companhia,

cumprimentos,
J.D.

S* disse...

Gosto tanto quando te inspiras assim. O amor é paciente.

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Muito bom, tudo!!!

Eli disse...

Rafeiro Perfumado

Se for um pensamento positivo com muita força, pode ser apenas tipo "sonho"...

Eli disse...

Buxexinhas

E que esse "final feliz" dure e dure...

Eli disse...

James Dillon

O que importa mesmo é ir (e todas as coisas envolventes)!

:)

Eli disse...

S*

É o que dá ouvir música melancólica aquando as insónias! :P

Eli disse...

Rui Pires

Obrigada. Bom saber! :)