Agora nem nómada, nem emigrante.


quarta-feira, junho 06, 2012

Aquele homem



Ele chorava. Mas que raio de homem seria aquele?! Escrevia coisas estranhas, palavras caras, mas sem se fazer sentir na ousadia de uma mania. Profundo, com pontuações próprias e sombrias. Pouco. Muito. Tantos vais e vens sentidos num balançar quase enérgico de alguém que já se deitou tantas vezes com a mesma mulher. Fez-me lembrar um Ele do meu passado. Não serão todos do passado, quando no presente não estão, não são. Existe alguma coisa melhor que o envolvimento dos seres humanos. Regramos para que não haja sofrimento, mas, das regras escapam-se bastantes "Cabrões", perdoem-me os sensíveis que não saberão concerteza sua teimada constância em tornar "cabras", suas fêmeas. À parte da forma saliência, deixo para trás este pensamento esguio e entro de novo na engrenagem. Talvez precise da ajuda de uma música que me mastigue enquanto sinto o cheiro a tabaco, que me mexe. Não diria isto a mais ninguém. Talvez uma leitora reconheça esta coisa secreta. Mas, que mania tenho eu de escolher o que conto a quem conto, principalmente, de manter em segredo o que me dizem. Coisas nossas, coisas... ou não servisse esta palavra para descrever tretas e mais tretas. Afinal, tudo se reume a quê?!... Não digo. Vou fazer como aquele homem que se atira às palavras que a noite lhe traz, quando se debruça numa insónia lambida por uma banda sonora achada por uma gaja qualquer que lha atirou, sem medo, num impulso. Assim são as coisas (digo isto, porque repetir-me ajuda-me a ganhar tempo, enquando os meus dedos não param de escrever) ah, já sabes de quem se trata, pois bem, atrirei-me também a deambular, porque saber que alguém lê, é como ter um amigo e... tenho tão poucos que lêem por querer ler, por querer encontrar alguma coisa aqui.

Eli

:)

Escrito ontem, publicado amanhã. (Hoje, lol.)

9 comentários:

James Dillon disse...

Gostei muito, li sofregamente, sem paragem, na forma caótica que foi criado imagino,

transfiro certas imagens alimentadas pela imaginação brotada das palavras que absorvo e revejo-me aqui ou ali,

cumprimentos,
JD

James Dillon disse...

P.S.,

:)

Eli disse...

James Dillon

Toma lá um sorriso grande, só porque sim. E... gosto do Post Scriptum. Afinal, temos sempre mais e mais por e para dizer.

E... ainda bem que viveste este texto. Uma das coisas melhores da "blogoesfera" é sentirmos coisas assim relacionadas com a empatia, podendo ser livres para as escrever.

"We are young"

:)

Manuel Luis disse...

Os homens também choram, choram por se envolverem mesmo dentro das regras! Já ouvi falar das lagrimas de crocodilo!
Es muito cautelosa a escrever e sabes guardar o mais bonito dos segredos.
As vezes é difícil entender mas fico a imaginar como tu.
Bj

Gonçalo disse...

Andas a aprender umas coisas comigo :P

mfc disse...

E encontrei...
Gostei deste deambular pelas palavras com sentido. Palavras que nos descrevem a vida e que no-la fazem sentir através da tua perspectiva!
Gostei... sabias?!
Beijinhos,

Eli disse...

Manuel Luís

Consideras bonito guardar segredos, ou falas de forma misteriosa com que escrevo várias vezes?

:)

Eli disse...

mfc

Gosto que gostes. E... olha, gosto também de "me" ler, confesso...

:)

heheh

Eli disse...

Gonçalo

O que aprendi contigo para o escreveres precisamente neste post?!