Agora nem nómada, nem emigrante.


quinta-feira, julho 19, 2012

Erro



Deixem-me chorar um ano inteiro de conquistas, de perdas, de vitórias, de sonhos, de esperas, de coisas ou sem elas. Deixem-me ficar assim sem falar, porque hoje ainda praticamente não falei. Liguei à minha mãe durante uns curtos minutos, colocando-a ao corrente sobre a previsível saída daqui amanhã. Parto, mas por favor, não me faças partir mais. Não assim, sem voltar, sem mais, sem... não me obrigues a cortar os laços que teci durante este ano, mais um ano. Sim, eu sei, transformo-me, fico mais madura. Mas, será que preciso mesmo disto?! Eu quero ir, eu preciso de ir, mas hoje parece que fui abandonada por esta terra que bebeu de mim e já não me necessita mais. Deixo-me de silêncios e ouço esta música que me diz que não posso fazer-te amar, mas és uma boa motivação para acreditar. Muita gente não julgaria possível isto acontecer, mas eu vejo o meu coração sempre aberto por mais que mantenha a distância de segurança de ambas as partes. Sabes, por vezes tenho medo de voltar a cometer os mesmos erros. São sempre erros, porque não deu certo. Parece que falho sempre só por ser quem sou, só por ser eu e talvez seja esse o meu maior erro. Talvez não devesse falar em partidas, que os outros não sabem como é atirarem-nos com a distância como justificação para tudo.

Eli

4 comentários:

Isa Ribeiro disse...

Existem coisas q por mais q se queira não conseguimos controlar.. Não é nunca um erro ser-mos nós Eli e não podemos deixar q nos façam pensar q o "problema" está em nós pq o q quer q seja e qualquer q seja o assunto raramente ele é constituído apenas por uma pessoa.. :)

Eli disse...

Ciara

Até que concordo contigo... :) E nunca deixarei de ser eu, por mais que esteja sempre em contrução.
:)

mfc disse...

Há aproximações que têm que ser feitas!
Há proximidades que há que manter...
O resto vem naturalmente.

Beijos,

Eli disse...

mfc

Não deixa de ser complicado... é sempre, mesmo que aparentemente pareça simples.