Agora nem nómada, nem emigrante.


segunda-feira, agosto 06, 2012

O amor acontece #15 (por VS)

«E depois do adeus


Podem não faltar razões e motivos para terminar um relacionamento. Mas, sinceramente, não me parece que se possa identificar vencedores e vencidos. O tal amor pelo outro pode ter acabado, mas para além disso há um vínculo de confiança e segurança que é quebrado. E isto é válido para ambos os lados. É difícil não nos sentirmos uma merda. Se de um lado há quem espere por um telefonema, do outro está alguém que equaciona telefonar.
As coisas até podiam estar muito más, mas eram nossas. Podemos ter a certeza de que ficamos melhores sozinhos e que cada um de nós merece ter ao seu lado alguém cujo sentimento seja recíproco. Mas a segurança e o conforto de alguém que já conhecemos, é tentador. Contudo, é necessário, para o bem de todos, resistir a essa tentação porque repetir o fim será ainda mais doloroso. Eu sei que há excepções e que há quem volte a ser feliz ao lado do ex. Não conheço é muitos casos.
Terminar uma relação não é fácil. Deixar para trás alguém com quem convivemos anos e, em algumas situações, até desejamos que sejam felizes pois sabemos que são pessoas excepcionais. O único problema é não existir ou ter acabado a razão que nos juntou. E é por isso que se recorre aos clássicos não-és-tu-sou-eu, preciso-de-espaço ou podemos-continuar-a-ser-amigos. Estas são as formas mais fáceis de sair de uma relação e que geram menos perguntas. Dão a impressão que se trata de uma situação passageira.
Se é difícil terminar, voltar a encontrar a pessoa que já nos viu nus e com quem partilhamos segredos, sonhos e medos também não é fácil. E mesmo não querendo fazer parte da vida dessa pessoa, queremos estar no nosso melhor, demonstrar que estamos bem, sentir que significamos alguma coisa e que houve uma altura em que fomos especiais. Sentir que por mais anos que passem essa relação deixou a sua marca e que não seremos apenas um comum mortal. Mas a verdade é que não podemos exigir o que não estamos dispostos a oferecer.


VS

P.S. Esta participação surgiu claramente de alguém que veio até aqui através do "não compreendo as mulheres". Agradeço portanto ao Bagaço Amarelo e à pessoa que partilhou este sentimentos com este blogue.

:)

Eli

P.S. Post agendado

6 comentários:

Brown Eyes disse...

Eli no amo há mesmo que dar, que compartir e que compreender. Não há duas pessoas iguais, por mais parecidas que sejam, por isso alguém tem que ceder. Se o amor acaba tem que ser a culpa repartida. Beijinhos

Eli disse...

Brown Eyes

Este post não é meu, mas se ambos derem, a relação de amor sobrevive com amor.

:)

Manuel Luis disse...

Souberam começar mas não deram continuidade a construção. O nosso mundo é tão pequeno que não devemos exigir tanto espaço só para nós.

Eli disse...

Obrigada, Manuel Luís! :)

Verónica Sousa disse...

Às vezes é mesmo assim, não dá mais. Não há bons e nem maus.

Eli disse...

Verónica Sousa

...às vezes precisamos de beber de palavras alheias assim. Obrigada!