Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, agosto 17, 2013

Retornada


Parti naquela magrugada magoada com ele, quando esse destino já estava pensado não sendo obra do acaso, mas decisão minha de me afastar depois de ter passado aquelas horas todas numa frustração que ele admitiu. Volvidos vários anos, eis que se constroem situações e se destroem como se um gigante dissolvesse uma cidade em dois passos. Ficam sempre as ruínas que poderão ou não edificar-se em algo que não seja mera recordação. É difícil viver sempre numa sobra com sombras. Numa noite sou bestial e a minha arte persegue-me, mas ao acordar já não é bem assim. Deixa que se instale uma confusão, quando tudo é tão claro. Há demasiados pormenores que passaram a barreira do tempo e há um gostar de certas coisas que me aproximaram, mas repelida, fui-me embora como se o passado retornasse e voltei a sair mais uma vez da sua vida. Os anos passam e afinal ele não muda. Repudiou a minha escrita. Parece pouco, mas...

Eli

5 comentários:

Manuel Luis disse...

Parece mas não é! Retornar e começar de novo, é mais difícil mas não impossível.
Bj de saudades.

Manuel Luis disse...

Trouxe-te a Mariazita comigo, veio para ficar, espero e desejo que seja bestial.
Bj

Eli disse...

Manuel Luís

às vezes é melhor nem pensar nisso...

Eu devia saber quem é a Mariazita?

Boas férias!

:)

Buxexinhas disse...

Ninguém pode repudiar a tua escrita... Isso revela que não é de todo o teu 'retorno'. ;) Beijinho grande Eli :)

Eli disse...

Buxexinhas

Ora aí está um sinal que não se pode ignorar!