Agora nem nómada, nem emigrante.


quinta-feira, março 20, 2014

Horizonte

Estabeleces metas. Chegar ao final daquele livro. Conseguir (a)cordar mais um dia. Sobreviver (s)em ti próprio. Só começas quando terminares. Acredita que és muito mais do que aquilo que te permites ser. No fundo, sabes que já o foste. Pensamentos no vazio, eu preciso de um ponto final para recomeçar. É urgente que volte a ser mais do que mera sobrevivente. Preciso de partir para ir mais além. Talvez a luta pela estabilidade nunca tivesse que ser um objetivo meu. Sinto-me como as velas de um navio que me levam para onde decide o vento sem que eu possa escolher. De vez enquando, eu remo, remo, remo tanto até me cansar, até que os calos rebentem e sofra de tanto me esforçar. Então, posso parar, posso pairar qual árvore livre que esvoaça o horizonte. Este parece o limite, mas trata-se de um optimismo valente além mar onde eu posso sempre descansar, quando por momentos me lembro do passado, do tempo em que trepavas muros altos só para me ver. A porta está aberta. Entraste. Ficaste.

Eli

:)

2 comentários:

Parapeito disse...

gostei.
O que é preciso é ter vontade pra fazer acontecer.
brisas doces.

Eli disse...

Parapeito

Haverá vontades que não serão concretizadas!