Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, março 29, 2014

Vulcana


Estava à espera que me passasse em todos os moldes. Começa primeiro por desaparecer a ansiedade. Gostaría de a manter para a saciar, mas depois não aguento, porque se transforma em sofrimento. Depois, passo a uma primeira fase de espera e que tenho a certeza que ele vai ligar, pois até deu sinal de si e mandou recado pelo amigo. O tempo passa, sei que - afinal - ele não morreu, mas que está deprimido. Entendo, afinal somos humanos e todos nós temos o nosso tempo. Escrevo-lhe relembrando-o dos nossos momentos, das nossas palavras. Mas, parece que ele se isolou mesmo. Seguidamente, há uma fase em que já não aguardo, mas também não desisti de saber dele, de lhe pôr a vista em cima. Começa um vazio inevitável. Mais tarde, meses depois, há um lado racional que me diz para esquecer e para pôr no saco - Passado - com todos os outros. Porém, ainda há uma energia qualquer. É como se ele ouvisse uma música e pensasse em mim. Todavia, preciso de um sinal. Doutras vezes, vivi com base em analogias psicológicas, mas depois acaba-se antes desta fase. Eu sei que sou dada ao platonismo da coisa... mas, mas há uma intensidade de vez enquando, que me apanha despercebida e é por isso que eu não arranquei ainda.

Eli

Sem comentários: