Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, novembro 05, 2005

Estória da Gaivota que se apaixonou pela Lua


"Era uma vez...", começava o velho contador de histórias. As crianças corriam para junto dele, sentavam-se na mantinha, com "perninhas à chinês" e fechavam os olhos para melhor ouvir e imaginar o que ele contava!

"Era uma vez um planeta chamado Terra. Ele não tinha luz própria, por isso contava com a luz de uma estrela muito especial que se chamava Sol. Na Terra, habitavam muitas formas de vida, tantas que, nunca chegarei a conhecer nem metade.
Um dia, a Terra foi perdendo algumas dessas espécies... até que ficou apenas com uma única Gaivota. Ela não tinha companhia, não sabia da existência de mais nenhuma como ela, só via a Terra e o Sol... até que, um dia viu algo diferente no qual nunca tinha reparado: era a Lua!!! Esta brilhava, branca, opaca. A Gaivota começou a reparar que ela ia mudando de lugar, mas estava sempre ao seu alcance, viu nela a sua única companhia e foi-se apaixonando... deixou de procurar comida e morreu.

Acredito que, quando tenha morrido tenha ido morar para a Lua, pois lá extistiam formas de existência superiores àquelas que estragaram o planeta Terra."

Isto diz o velho, mas eu suponho que ela morreu, porque não obtinha nenhuma resposta da Lua, a distância foi fatal. Ela só via esse amor (homossexual) e não conseguia ver que o amor é liberdade. O amor platónico matou-a!

Eli Rodrigues


Esta estória (prefiro "história", apesar de saber a diferença, blá, blá), parca em palavras, foi escrita pela sugestão de antonior(http://coresepixeis.blogspot.com/). Já vários o fizeram e aconselho a escreverem a vossa estória também inspirada nesta imagem!!!

Ah! Já agora, aconselho a leitura do livro "Fernão Capelo Gaivota", que um amigo me emprestou há uns anos e do qual não me esqueci! (Não me esqueci do livro, nem do amigo!)
:)

25 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Miguel disse...

Por acaso achei esse livro uma grande estupada mas não é isso que interessa. Realmente todo este metaforismo quer subentender algo escondido, seja algo de homossexual ou platónico.Eu cá não faço previsões

Madeira Inside disse...

Gostei muito do que li!!
Eu tenho uma pequena história, mas é umpouco diferenet : A menina da Lua! Mas pronto...hehe!
Boa, gostei!!

Bom fim-de-semana!!
Beijinhos

Daniel Aladiah disse...

Querida Eli
A gaivota seria sempre a última a morrer, pois é dos poucos animais na Terra que não tem predadores. Tornou-se aliás uma praga das cidades costeiras como a minha, com os seus gritos, sujidade, expulsando outras aves. Tornam-se agora um perigo por causa da gripe das aves. Contudo, não deixam de estar no imaginário poético, e ficam sempre bem em fotos do mar, assim como nesta, que é um achado.
Quanto à história, está muito bela e bem contada.
Um beijo
Daniel

Anónimo disse...

Agradavel de ler esta estória. Beijinhos.

Mariana disse...

Fernão Capelo Gaivota? Lindo :)

Nelsinho disse...

Fernão Capelo Gaivota, ou Johnathan Livingstone Seagull é um maravilhoso e incomparável hino ao dom de voar, à natureza e à infinita capacidade da mente humana para criar sonhos e vivê-los como se reais eles fossem!
O autor,Richard Bach,foi piloto militar e gastou toda sua vida em vôos aventurosos e escrevendo livros inesquecíveis como "O dom de voar", "Estranho à Terra", dentre muitos outros.
Para quem adora vôo e poesia, sua leitura é obrigatória.

Gostei da historinha, Eli e como tu, continuo preterindo estorinha...

R. disse...

gostei mt da historia =)

Tino disse...

Espero que me expliques a parte do "homosexual",confesso que não percebi bem,só se for por o Platão ser gay...mas foi ele que disse -só há três tipos de homem.Os que vivem,os que morrem e os que vão para o mar. :)
Uma jokinha grande!

antonior disse...

Bem, Eli, a tua estória (história!), agora de todos nós, ja está também no meu blog, com comentário e ilustração.
Como verás, gostei muito. Só poderia, porque está mágnífica. Obrigado, por teres alinhado. É muito bom contar contigo.
Gostei do novelo entre a sexualidade e o platonismo. Penso que entendi a questão homo. A gaivota é femenina e a Lua o símbolo por excelência, quase uma paradigma da essência femenina. Não me perturba, faz sentido e gosto. Sou heterosexual, mas não homofóbico. Por favor, que ninguém dos comentários que levantaram esta questão me interprete mal. Não li homofobia em nenhum dos casos, apenas alguma, legítima curiosidade. O que disse acima não encerra crítica a ninguém.

Beijos, do coração :-)

Eli disse...

A imagem que ilustra este post é de antonior.

Eli disse...

Agradeço todos os comentários dos quais tanto gosto!
Gosto de opiniões diversificadas!
Apesar de não ser muito meu hábito explicar o que escrevo, pois gosto que suscite interesse por si e que dissertem à vontade...
De qualquer forma, foi-me pedido pelo Tino que eu explicasse uma pequena parte...
Tino: "homossexual", porque a Lua e a Gaivota são ambas femininas, até está entre parêntesis, pois não tem interesse nenhum esse pormenor, só o referi, porque reparei nele...
Porém, "Amor platónico" está plenamente inserido no texto, não tendo nada a ver com "homossexual", apenas (o amor platónico) o é porque não se realiza fisicamente. Tem a ver com a estória, pois ela retrata uma situação de amor impossível e distante...
:)

antonior disse...

You're welcome!

Sleep well!

:-) :-) :-)

antonior disse...

Obrigado, por me chamares a atenção!

A estória foi escrita pela Blue Moon

Já está tudo devidamente referido no post.:-)

antonior disse...

Bem, desta vez, sou eu!!! Isto está interminável. Só agora vi o teu comentário onde dizes que não vês a gaivota na imagem. Então olha bem, porque ela está na luz que está na fronteira da zona iluminada com a zona escura da escura da lua. Está lá no meio do brilho :-)
Boa noite!
Muitos sorrisos :-) :-) :-) :-)

Anónimo disse...

Está uma história interressante... Tens mt bom gst naquilo que postas!!! Sim sra ... Tas-me a surpreender... pela positiva...CLARO!!! Ass:Rita Maluka!!!!

Fernando Vasques disse...

Quem terá sido esse amigo?
Que palhaço emprestar esses livros!!!
Por acaso também me chegou pelas mãos de uma amiga....

mfc disse...

A história é lindíssima!
O amor mesmo platónico tb é bonito.

nspfa disse...

Comovente e com uma elação a tirar: é melhor nunca nos apaixonarmos só porque nos sentimos sozinhos no mundo...

Gostei muito. Parabens e escreve mais assim!

antonior disse...

Olá Eli :-)
Pois, quando me atiraste com a responsabilidade moral de escrever uma "estória da gaivota", ainda pensei "isso agora..." :-)))), mas eu era lá capaz de te fazer isso...até porque tinhas razão. Já lá está, primeiro para ti, porque o disseste, depois para todos...
e como sou bem mandado, vou tentar fechar os olhos, respirar fundo e dormir....:-) :-) :-)

Obrigado!

Dorme bem!

Anónimo disse...

que raio de estória!?!desculpa mas ñ gostei!!que final horrivel, que raio de amor platónico e distante e homosexual entre uma lua e gaivota!!!
bom, a lua é sempre bonita, sim sim, eu sei, porque me dizem muitas vezes. E a lua pode estar distante fisicamente do ser amado mas vai o que interessa é o amor porque a aproximação vem depois!
beijos

susana_aveiro

Cláudio B. Carlos disse...

Fernão Capelo Gaivota! Preciso relê-lo...

1 BALAIO de abraços


CC.

nqdn disse...

Fernão Capelo Gaivota, bom livro e belo filme.
Jinho. Luis

Morfeu disse...

A morte de um Amor Platonico…Mas deveremos lutar por um Sonho, ou Não…?
A duvida constante do que é real e utopico…
Eu quero acreditar que…
Um beijo

Anónimo disse...

Li o Fernão Capelo Gaivota, adorei.

Agora a tua estória, ou história c/o preferes assim dizer... o amor plátonico matou-a? Só pq n se tá presente fisicamente n quer dizer q seja platónico, ms n digas q a distancia foi fatal... =( pois, recuso-me a "morrer"!

Bjs ***