Aqui, na Terceira, a areia é escassa e escura.
Num daqueles dias em que abandono o meu lado racional, saindo quase de mim, para viver todas as emoções das quais sou capaz... existem momentos em que não me sinto particularmente igual aos outros dias. Parece que cada parte do sentir se transforma num sofrimento pela ausência e pela saudade. Quantas e quantas vezes os grãos de areia colaram na minha pele sem que eu desse conta... quantas vezes acariciaram-me os pés, enquanto eu só sentia a água debaixo deles... os olhos vislumbram as ondas e a ansiedade é mínima aos olhos de quem vive assim, não só porque aprendeu, mas porque gosta. E falar de gostar?! Sou eu, que passei a maior parte da minha vida a evitar conjugar esse verbo com destinatários para que não se banalizasse... quantos não me entendem, quando eu procurei apenas alguém que me entendesse como sou... Dá-me uma sensação de solidão, apenas porque exigi demais do meu lado emocional... e sei que ser sensível sem "escudo" é muito difícil em momentos assim. Mas o hoje passa e o amanhã será melhor, mesmo que seja difícil, tem que ser um de cada vez. Carpe Diem.Eli:)P.S. Muito obrigada pelas visitas que me têm feito e peço desculpa por não as ter retribuído como merecem.
Agora nem nómada, nem emigrante.
segunda-feira, junho 26, 2006
Dia
quarta-feira, junho 21, 2006
Difícil
Difícil... tão difícil...
Mas eu quero tanto.
As tempestades vieram para ficar
Não há rio que seque
Vejo-me ainda a sonhar
Permite
Por mais que escrevas com os meus dedos
Não adivinho sempre os teus pensamentos
Preciso de ti
Barco, avião, automóvel... água. Somos.
Os sonhos realizam-se primeiro no coração.
Eli
:)
segunda-feira, junho 19, 2006
Coração

Quando escrevo, inspiro-me sempre
Em alguém que faz parte de mim
Cada um é cimento, é pedaço da construção
...
Há uma viragem.
Cada dia de semente
Hoje é coração
...
Há um destino e não apenas uma viagem
Inspiro-me em alguém poderoso
...
Quantas vezes olhei para esta imagem
Esperando atribuí-la a alguém
Cujo coração batesse por mim
Como o significado de uma música apaixonante
...
Quando me escreves...
Quando me falas assim...
Quando?!
Agora. Sinto-te.
Eli
:)
sexta-feira, junho 16, 2006
GNM

http://extranumerario.blogspot.com/
E é já na próxima Sexta-feira, dia 16 pelas 21 horas, que será lançado, na Fnac do Cascais Shopping, o livro “NADA em 53 vezes”!Adivinho-te a olhar para o parágrafo anterior, e sentir uma inquietude percorrer-te cada centímetro do corpo, impelindo-te a estar presente neste lançamento. Por que não o fazes?Ao estares presente nesta inesquecível noite de Sexta-feira, estás a contribuir para uma grande causa: A minha. E a garantir que este livro te vai chegar às mãos (ou aos pés se assim preferires) devidamente autografado.Interessante, não é? Então por que não apareces?Mas se não puderes realizar esse ardente desejo de estar presente, podes encontrar este livro nas lojas Fnac de todo o país, e se por algum motivo não o encontrares, ou simplesmente preferires um exemplar personalizado, experimenta enviar-me um mail!É que longe vão os tempos em que bastava um Rolex e uma Secretaria de Estado para se poder ombrear com a Mimi, o Tópê, e restante elenco dos Morangos com Açúcar. Hoje, a ascensão é difícil e morosa. O último passo, esse, só está ao alcance de um reduzido lote eleitos: Ler o “NADA em 53 vezes”.Ousa(http://extranumerario.blogspot.com/)
terça-feira, junho 13, 2006
Ir

Hoje, só hoje e só agora
Queria-me entregar à poesia
E não ter que carregar
Com os incómodos pensamentos de outrora
Simplesmente queria...
Que fosse fácil deixar
Gestos
Palavras
Pontes...
Mas, neste momento,
Relembro as horas passadas a conduzir
Neste eterno momento
Sonho com espelhos a reluzir
Encontrando uma face cansada
...sonhada
Partilhada
Desgraçada
Apagada?! Não.
Que se reacenda
O sonho, o poder, o luar
Um pouco de encanto
E fazes-te desejar!
Eli
:)
P.S. Foto de Eli, numa viagem a conduzir (em Dezembro).
sexta-feira, junho 09, 2006
Prossigo...

Baixo os olhos num pensar profundo, em que me deposito... Nos sonhos, flutuo e os corações não são mais que momentos vislumbrados por asas ao passar... Prolongo o meu voo e observo tenebrosas suposições de solidão que se deseja. Procuro um sinal sem saber que já o sinto. O Inverno já foi, mas a chuva continua, para que me inspire na musicalidade das gotas e de violinos deixados por alguém ao passar... alguém que transforma espaços... como outro, que me ensinou sobre o vento e o sentimento puro. Aprendo a cada canto, a cada suspirar de alívio e de mim. As raízes acabam onde começa a vida, mas, sem elas seriam apenas palavras mortas, mesmo que, poderosamente apetecíveis. Gritei por ajuda em todas as línguas que eu conhecia, mas, parecia que não era suficientemente clara para ser compreendida, até que a comunicação não se fez mais por palavras, nem houve uma única interpretação que me limitasse o sonho... Uma sombra de chuva, um sorriso na face, uma paz minha e prossigo. Tudo muda. O que dantes era fraqueza, agora é mais forte. O que outrora fora dúvida, agora é certeza, pois mantenho a fé na inspiração e não hei-de apenas sobreviver, mas seguir feliz. No sentir de mim, prossigo.
Eli
:)
P.S. Foto por Eli, aqui...
domingo, junho 04, 2006
Nunca estou só
