Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, junho 03, 2006

Qualquer

Salvador Dali

Vou contar ao vento
O quê?!
O que vai na alma
... e o que lamento?
Não esperes nada, sê.
Não me peças calma
Se rodopio no ralo do tormento
E... peço-me...
E... despeço-me de fantasias e ambições
Desmedidas às janelas de luzes
Pedidas, salientadas
Solicitadas
Com o bater de cada tecla de música
Numa rima que outrora existiu
Numa nota ritmada
Mas, acima de tudo desafinada.
Paz repousa.
Quando passa, sente frio.
Alma confusa
Quando vem, acende o pavio
E... numas palavras simples
E olhares fugidios
Fazemos o nosso ser
Continuar os sonos vadios
Os sinos embalam uma aldeia
Que nunca aspirou a cidade
Os demónios urgem nas esperas
Das mulheres sensíveis
Para lhes aguçar beijos
Desesperados de desejo
Anseios perdidos
E borboletas a voar
O vento?!
Esse já foi. Passou
Qualquer dia escrevo. Hoje, nem palavras trouxe para atirar.
Eli
:)

19 comentários:

Anónimo disse...

ADORO este Dali,sublime!
Verdade ou consequência?Hum....adoro este lado de um sonho acordado!
um beijo enorme,sempre,intemporal,imenso,só os olhos nos trazem estes sentires...nas mãos guardamos o sorriso!
bom dia
margarida

nspfa disse...

O vento se passou foi mesmo só aí nas ilhas, porque por cá mantam-se chato ao ponto de tornar a praia num tormento!:-)

beijinho bem grande e sem grandes ventos

Anónimo disse...

Sorri...
Imaginei-me assim,um dia,admiti que poderia ser só um.
O meu mar encanto,fascínio,quase tudo...
Foi para ti que sorri mas perder-me nesta cumplicidade?...e eras !
m

JL disse...

Bonito poema este que partilhas connosco.
Bom fim de semana

RPM disse...

"Qualquer dia escrevo. Hoje, nem palavras trouxe para atirar."

mas já atiraste!!! com este poema muito bonito...

bom fim-de-semana

abraço

RPM

Eli disse...

Estou com dúvidas...

A Margarida e a pessoa que assinou como M é a mesma pessoa?

:)

Anónimo disse...

mto fixe :D

EROS disse...

Não sei bem o que dizer…Um olá, quem sabe… um repetir que gosto do que escreves neste espaço!
Estive ausente muito tempo… uma ausência… mas, todos os teus post’s aqui lançaste mas, que não foram comentados por mim eu li… ia lendo, ia sempre acompanhando o que escrevias… VOLTEI!!! Beijos!

alice disse...

boa tarde, eli

um beijinho para ti

um bom domingo

beijinhos

alice

Daniel Aladiah disse...

Querida Eli
E quando sentires na mão que alguém te escuta, não o deixes partir...
Um beijo
Daniel

K'os disse...

o vento passou e contou,

por cá ficaram
palavras

o vento foi

o pensamento ficou

...
não precisas atirar elas já chegaram...


:)

Anónimo disse...

Passou, mas volta. Esse poema é música. *

Dani disse...

Mas olha que sem querer, atiraste bem! :)

Beijocas

Light disse...

Lindo Eli,adorei,como sempre...

Filos disse...

se com estas palavras nem palavras escrevestes...
o que será do dia em que voltares a pegar nelas e as levares pela mão?

Filos disse...
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Anónimo disse...

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Andre_Ferreira disse...

O vento podia trazer-me palavras que desejo ouvir para que o pavio não se apague, para que esse sopro acenda em vez de apagar as velas que me iluminam o peito. Por vezes sinto que atiro palavras ao vento, será que chegam aonde quero?
Beijinhos

Anónimo disse...

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