Agora nem nómada, nem emigrante.


quarta-feira, maio 16, 2007

Linhas


As linhas fecharam. Os copos no chão, impedem a passagem de uma alma, que jaz, junto ao corpo que respira. As ambivalências da saudação permanecem frágeis e anseiam por uma quebra. Há sombras no Sol e no ar, queimando a pele escondida à superfície... inundada de cheiros profundos, sensuais, que atraem espíritos fugidios. Não sou. Apenas existo junto aos corpos que circulam suavemente sós. O solo natural emana cheiros vindos de experiências cansadas de descobertas. Esquece-se. Admira-se. Dorme. Anda cambaleando. Lembra-se de descer uma rua, inspirando-se na noite quente. Sorri. Sabe qual é a sua sina, mas acredita. Teima. Quer a realização de um toque no fado das suas linhas marcadas, cinzentas. O som é esquecido. A música interpretada. O planeta invertido. A Lua errada. Cada passo ignorado. As pegadas... as pegadas... suspiradas!... O amor arrancado.
Eli
Fotografia: Ricardo

5 comentários:

o alquimista disse...

Há um corpo que pede ternura, uma sílaba que foge de uma boca pura, uma alma aberta à constante incerteza, um beijo, solto na tua procura.

Boa semana


Doce beijo

Sei que existes disse...

Bonito!...
E a foto também!
Beijocas

relatosdeumruivo disse...

Meu Deus, como me sinto tão pequeno ao ler-te... Um sorriso comovido.

Daniel Aladiah disse...

Bolas, parece que descreves o ambiente da queima :)
Um beijo
Daniel

mixtu disse...

os açores têm comboios?

pegadas... quem as tem...

abrazo