Agora nem nómada, nem emigrante.


quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Declama-me.

Imagem daqui

Descia a aquela ruela
Escondia-me dos palhaços
O ar insular penetrava-me na face

Os sonhos entoavam catigas
Nas brisas adormecidas pelo céu
E, quem estava ali já não era eu

As lágrimas escorriam pelos nós
De uma garganta lamentada por sorrisos
Não havia mais esperança

Marcas nas mãos
Dedos ausentes, unhas tormentes

É uma tal tristeza, que nem o som a inspira
Os poemas são deitados so vento
Assim, como o mármore transpira
E o granito é o meu grito

Declama-me. Por favor. Ama-me.

Eli

:)

22 comentários:

Gonçalo disse...

Estás-te a fazer à declamação especial? Só nós dois é que sabemos. Ah pois é :)

Um beijo, fofo *;)

Eli disse...

Gonçalo

Só faltava dizeres "o que tu queres sei eu" e a seguir eu perguntava-te o quê, pois assim poderia descobrir a pólvora, entretanto! lol

Eu não me faço. Sou.

lol

Vai à horta e vê as couves!

AHAHA

Bem, num poema destes, os comentários deviam ser mais sentidos ou inteligentes, mas há momentos para tudo, my friend.

:)

mz disse...

Eli, quando os sonhos se desfazem e quando os sorrisos se transformam em lágrimas, quando a dor começa a fazer parte das nossas vidas, a isso chama-se VIVER a sério!
Porque o amor é também dor... e por vezes doi e de que maneira.

Mas que se declame o teu amor!

:)

Guilherme Canedo disse...

A dor que sente facilmente resume-se no interior da sua mente e do seu coração. Sim, queria você inteira sentir o sussuro ao ouvido, naquele monólogo existêncial... "Te amo" pra tornar-se viva novamente!

muito bom, gostei muito!

beijos Guilherme

Olga Mendes disse...

Eli gostei da tua visita ao meu cantinho. Gostei desta tua publicação, é um poema lindissimo. Parabéns por escreveres tão bem, é raro as pessoas escreverem bem em prosa e e em verso. Relativamente ao teu comentário no meu blogue, curiosamente aconteceu-me o mesmo, deve ser a forma de escrita da autora, levava as noites inteiras a sonhar que saltava e voava, e o pior é que não se consegue parar de ler. Beijinhos.

Anónimo disse...

''Declama-me. Por favor. Ama-me.''
Falavas em nome do poema escrito ou em teu próprio nome?
A declamação é algo tão pomposo, que no meio de tantos ''floreados'' de quem declama, o poema perde muito de si, da sua simplicidade.
O Amor, por estranho que pareça, algumas vezes também se parece com a minha ideia acerca da declamação: cheio de ''floreados'' que lhe roubam o brilho da sua simplicidade e essência.
Tou mesmo a falar de quê? lool
:))

em_segredo

Brinquinho da cantareira disse...

ADOREI....LINDO:)
SUUUUrrisinhos:)

Eli disse...

MZ

Às vezes dói muito, mas é melhor que doa, do que nunca chegue a existir!

:)

Eli disse...

Guilherme Canedo

Talvez só palavras com sentido e atitudes com sentimentos nos façam sentir verdadeiramente vivos!

:)

Eli disse...

Olga

Obrigada, acima de tudo, pela partilha.

Escrever bem só pode ser considerado por quem lê e sinta. Eu encarrego-me de juntar umas tantas palavras, assim como a emoção, para que esse "bem" seja associado à escrita, mas também à leitura!

:)

Eli disse...

Em_segredo...

...se te respondesse àquela primeira questão, estaria a participar de uma desmistificação que não quero, não posso, nem consigo fazer. Explicar-me aqui não é simples. Às vezes é fácil, mas prefiro que esse sentido de que falas fique ali mesmo, cinza, branco ou negro, mas no escuro, onde pertence.

:)

P.S. Obrigada por me fazeres reflectir!

Eli disse...

Susaninha

Obrigada e sorrisos também para ti.

:)

Anónimo disse...

O poema é mesmo tocante. E olha que poucos poemas conseguem tocar-me

Anónimo disse...

O poema é mesmo tocante.
E olha que poucos poemas conseguem tocar-me

Anónimo disse...

O poema é mesmo tocante.
E olha que poucos poemas conseguem tocar-me

Anónimo disse...

O poema é mesmo tocante.
E olha que poucos poemas conseguem tocar-me

Anónimo disse...

O poema é mesmo tocante.
E olha que poucos poemas conseguem tocar-me

Eli disse...

Nox Lilin

Obrigada. E eu, quando leio um comentário assim, fico mesmo com vontade de voltar a escrever!

(Então repetido...)

Volta sempre. Espero poder tocar muitas vezes através da leitura das minhas palavras desordenadas...

:)

Daniel C.da Silva disse...

Só o "Declama-me" ja fazia disto um poema... Lindo.

Eli disse...

Daniel Silva (Lobinho)

E o resto estragou tudo?

(hehe)

:)

Daniel C.da Silva disse...

Não :) Mas retiraria o "Por favor. Ama-me". Poeticamente falando, nao fica bem ;)

jinhos

Eli disse...

Daniel Silva

Poeticamente falando, um ama-me suspirado ou gritado terá um sentido que só quem o sentir perceberá! Quiçá não ser promoverá um momento de paixão/amor desenfreado com aquele pedido?!

:P