Agora nem nómada, nem emigrante.


quinta-feira, março 11, 2010

O que é que existe a seguir à morte?

31 comentários:

Nuno disse...

Eu não sei Eli. E isso preocupa-me bastante, porque tenho a impressão que não existe nada.

Lamento imenso o que aconteceu. Sei que estás a sofrer imenso e qualquer coisa que se possa dizer não ajuda muito a aliviar a dor.

Um beijo,
Nuno.

Natália Augusto disse...

Existem explicações religiosas mas não científicas. Não acredito nas religiosas.
Só sei que quando perdemos um ente querido, a dor é tão grande que ou queremos partir também ou demoramos a aceitar a sua morte.
Meu pai feleceu em 1992 e durante anos, vivi como se estivesse vivo. A saída dessa ilusão quase que me custou a vida.
Hoje, como sobrevivi a vários actos tresloucados, acredito que foi o meu pai que sempre me salvou.
Desde então, querida Eli, acredito que os que partem estão sempre connosco e protegem-nos Não sei que forma têm e nem interessa.

Beijos mil

Natália Augusto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Olga Mendes disse...

Um campo de flores, margaridas para corrermos por ele. É onde eu encontro a minha avó quando sonho com ela.

Gonçalo disse...

Uma resposta sempre metafísica e muito pessoal. Para mim existe vida! E o caminho foi feito para caminhar...

:)

Um beijinho grande, imenso! ;)

Daniel C.da Silva disse...

A minha mãe faleceu ha 4 anos. Sempre disse que acima de Deus está a minha mãe. Foi o primeiro ente querido que se ficou em meus braços, sendo que até aí apenas uma tia ou vizinhos via desaparecer. Nada comparável.

Ainda hoje nao sei como algum de nós sobreviveu, meu pai, irmãos, irmã, sobrinha... Sobretudo por se tratar de alguém tão imensamente querido.

Faltam a splavras para dizer o indizível. Sei que onde há dor o chão é sagrado, mas também olhar a vida copm términus aqui, é ser redutor dela mesma. Somos seres de luz e de amor, e a nossa condição nao se esgota aqui.

Como te disse, o teu irmão nao morreu: o corpo dele é que sim. O teu irmão vive em ti e noutra dimensão. A curiosidade é muita, mas com certeza nao nos esgotamos neste espaço e neste tempo.

Até lá. é viver como se ele tivesse acabado de começar outra aventura, e um nada pode fazer pelo outro que nao sorrir para VIVER... sempre de novo.

O teu beijinho, Eli

Anónimo disse...

Correndo o risco de ser bruto e insensível, acho que depois da morte não há nada.
Se acreditasse que há vida depois da morte , talvez soubesse ter encarado de uma maneira muito melhor, menos dolorosa, a morte da minha mãe.
Suponho que, dada a pergunta, tenhas perdido alguém muito próximo de ti, por isso quero deixar-te aqui as minhas mais sentidas condolências .
Voltando à tua pergunta...
Acredito que, para aqueles que morrem (há quem diga que partem, talvez para não terem de sentir todo o peso de palavras como morte, morrer,..),não há mais nada, mas também acredito e sei, infelizmente por experiência prória, que para nós, os que os choramos,os que os recordamos...os que os amámos e amamos , mesmo finda a sua existência terrena, há muito! Há muito a viver...muitas lagrimas de saudade, mas muitos sorrisos pelos bons momentos que vivemos com essas pessoas...muitas horas de tristeza e desânimo, mas muitas horas também de força e de coragem,tantas vezes encontradas nesses que ''partiram''...
Eli,neste momento nada do que possa dizer é suficiente para atenuar a tua dor,por isso, apesar da ''crueza'' das minhas palavras,espero não ter contribuído para aumentar essa dor que sentes, quando, na verdade, eu, como todos os que comentaram antes, só queria dar-te algum conforto e amparo num momento que é particularmente doloroso e solitário.


em_segredo

Anónimo disse...

Eu espero que exista Justiça.

Anónimo disse...

Amiga ... qualquer palavra que escreva não trará de volta o tempo ... nem fará parar o tempo presente!
No entanto, somos mais que matéria e não acredito que tudo acabe quando fechamos os olhos.
Não acredito que a voda se resuma a um principio e fim!
Todos os que partiram ( da minha família) sinto-os em cada coisa que deixaram, em cada momento que vivemos, em cada sitio que partilhámos. Há dores muito grandes que se sentem uma vida inteira e que volta e meia, quando revisitamos sitios nos assolam.
Agarra-te ao que ficou e torna vivo o teu irmão pelos teus actos. Ele deixou-te um tesouro enorme, uma filha linda. E tenho a certeza que te deixou muitas e boas memórias... todos os que partiram acredito que um dia os encontraremos , eles so embarcaram mais cedo, um dia tambem teremos o nosso bilhete de viagem. Até lá temos a responsabilidade de viver cada dia como se fosse ultimo e torna-los presentes ( nao sei se me faço entender) no nosso dia a dia com os nossos gestos e atitudes.

Sei que muitas lágrimas rolam, a dor é forte ... mas lembra-te que ao nascer tambem choramos. Amiga ... um beijo grande!

Richy disse...

Sempre acreditei que tem de existir mais alguma coisa!
Há sempre coisas que me metem muita confusão, principalmente em relação a mortes prematuras.
Hoje em dia, já tenho muitas dúvidas.
Acho que é mais a vontade, a necessidade de acreditar que existe mais alguma coisa...
Penso que, a maior parte das vezes, acredito que só há paz e descanso, o vazio...

Um abraço cheio de carinho.

Anónimo disse...

Amiga...
Nem sei o que dizer...

Soube há "pouco" mas faltaram-me as palavras e continuam a faltar-me, por isso nada te direi...
Apenas que estou unida contigo na tua dor e tristeza. Desejo que as boas recordações superem os momentos de maior desânimo.

Um beijinho muito fofo e um abracinho bem apertado, querida amiga.

Estive ausente, mas nunca estiveste, nem serás esquecida!!!

Até Sempre minha Amiga.
L.V.(ecomarazul)

Eli disse...

Nuno

Obrigada pela tua opinião. Eu sinto que existe algo mais.

:)

Eli disse...

Natália Augusto

Nem tudo o que é dito na religião é verídico, senão como poderiam tantas religiões/seitas dizer tantas coisas?! Os dogmas não me dizem nada. No entanto, tal como referiste alguns exemplos, também acredito em algo.

:)

Eli disse...

Olga

Será que todos os sonhos são com campos de margaridas?

:)

Eli disse...

Gonçalo

Gostava que me tivesses dito qual é essa opinião pessoal...

:)

Eli disse...

Daniel Silva (Lobinho)

Olá!

Antes de mais, agradeço-te pelo apoio e pelas palavras de partilha que me deixaste.Na altura que li este comentário, pensei e não escrevi. Agora, relendo, não sei bem o que escrever. Preferia que não tivesses revelado o que quer que fosse sobre uma coisa que te disse "off record". Eu gosto de contar só o que eu quiser e a quem eu quiser (quando eu quiser). É assim que mantenho o controle e o mínimo de equilíbrio na minha vida.

Um bjinho

:)

Eli disse...

Em_segredo

Só é bruto e insensível quem quiser sê-lo. Obrigada pelo teu testemunho. Desculpa não ter escrito "aquilo", mas não o ia fazer aqui... Quem quisesse que visse na televisão. Este blogue não é um noticiário e, apesar de a minha vida estar entrelaçada com esta página, não a quero ver aqui escancarada. Existe um mail para questões pessoais... Enfim, sinto que não te estou a responder à altura, desculpa.


Bjinho

:)

Eli disse...

Vagabundo Social

Eu acredito nisso.

:)

Eli disse...

litleflower

Obrigada pelas palavras e partilha. Eu só tenho aquelas memórias e são tão presentes. No entanto, queria ver aquela pergunta com uma resposta.

:)

Eli disse...

Richy

Ainda que não tenhamos provas concretas, acreditamos no mesmo. Tenho ouvido um ou outro relato que comprova isso mesmo. Penso que somos tão pequeninos para ficarmos por aqui...

Obrigada.

:)

Eli disse...

L.V.

Acredita que sinto o carinho nas palavras que me escreves. Obrigada por teres vindo aqui e pelo que já me fizeste sentir!

:)

Daniel C.da Silva disse...

Amiga

Compreendo a importância que dás em manter o equilíbrio na tua vida nao dizendo as coisas, mas talvez esteja na altura de encontrares outra forma de equilibrio: nao fazendo secretismo de tudo, muito menos da morte, sobretudo como libertação de ti mesma. E como sabes, o equilibrio é tao importante quanto o arejamento e o sol que devemos fazer entrar nas nossas vidas. Tenho a certeza que todos crescemos uns com os outros, e por vezes é nesses (sobres)saltos que nos tornamos mais cônscios e sobretudo mais livres.

Importante mesmo, é a tua capacidade de te redescobrires em tudo, inlcuindo os momentos mais sombrios e a descoberta pessoal do ser. E iso, Eli, é que me motiva conhecer-te sempre.

Um grande beijinho querida amiga

Eli disse...

Daniel Lobinho

Obrigada pelo carinho. Sinto-o presente.

:)

Ricardo Ramalho disse...

Como parece que a pergunta é muito pessoal não posso dizer nada...

Mas já sabes o que penso, não?

Uma pergunta igualmente interessante podia ser "O que há antes da morte?"

Eli disse...

Rambaldini

Se a ideia fosse não responder, não teria feito a pergunta... Bastante lógico que queira muitas respostas.

Até posso fazer uma ideia sobre o que pensas, mas gostava que o escrevesses, caso queiras.

A tua pergunta é bastante interessante. Gostava que lhe respondesses também. Não poupes em palavras!

:)

Ricardo Ramalho disse...

Eli, eu escrevi...

Nada... ;-)

Em relação à minha pergunta é algo que gostava de reflectir mais um pouco. De momento não tenho muito a dizer, mas parece-me um bom tema para explorar.

Ah... e sim, normalmente sou muito poupadinho. Até em palavras.

"Gosto de coisas sintéticas!"

Eli disse...

Estou a ver que essa reflexão fica para "Um dia".

Se és poupadinho em palavras, deves estar a fazer um esforço enorme a responder-me ao longo destes dias, certo?

Eu gosto muito de escrever. Nota-se, não é?

Olha, e de falar, gostas?

Não devemos poupar nos recursos inesgotáveis!

:)

Ricardo Ramalho disse...

Gosto de escrever e de falar... gosto de comunicar.

Não sou poupado nas palavras no sentido de ser forreta, é mais no sentido de apenas escrever quando tenho algo a dizer e ache que seja realmente importante.

Em relação à minha pergunta, é que não tenho mesmo nada a dizer agora. Foi uma pergunta que me surgiu, assim como um puto de três anos se lembra de perguntar de onde vêm os bebés.

Gosto de falar... gosto muito. Mas à semelhança da escrita, normalmente também sou poupado.

Atenção que os recursos nem sempre são inesgotável apesar de assim os considerarmos! O petróleo por exemplo? Até há pouco tempo pensava-se ser inesgotável...

Eli disse...

Rambaldini

Sabes que nem tudo o que dizemos tem uma grande importância. No entanto, todas as pequenas frases fazem sentido em conjunto. Nós vivemos todos os dias e não apenas nos dias mais significativos. São os momentos menos importantes que dão relevância aos tais!

Acho que não devemos poupar em palavras. Considero que as minhas nunca se esgotarão. Se descobrirem que vão acabar, provavelmente sentir-me-ei feliz por ter proferido tantas quantas me apeteceu.

Achas que as palavras vão acabar?

Ricardo Ramalho disse...

As palavras não vão acabar... podem acabar aquelas que conhecemos, mas logo surgirão outras novas!

Se bem que também estou a descobrir que isto poderá não ser bem assim, e se esse dia chegar... antes a morte! antes a morte!

E em relação ao poupar. A ver se nos entendemos... não ando a poupar palavras, como quem quer ter uma conta choruda no banco. Só não gosto de as desperdiçar... só isso! Considero que as palavras são das armas mais poderosas que temos e quando as desperdiçamos ou entregamos ao vento podem acabar por se tornar armas dos inimigos e virarem-se contra nós, percebes?

É usar e abusar... até sim, mas sempre com moderação!

certo? ;-)

Eli disse...

Rambaldini

Uma coisa que descobri com a vida é que as palavras só ganham um verdadeiro sentido quando são sustentadas por atitudes. De que vale dizer que "faço e aconteço", quando nunca realizo.

Uma coisa é certa. A tua atitude de partilha é de louvar. Hoje, agora, neste momento, apetece-me o aconchego destas tuas palavras. Lê-las faz-me bem. Obrigada.

Referiste que as palavras podem virar-se contra nós, mas eu não tenho receio, sabes porquê? Porque tudo tem o seu tempo. Ou seja, eu escrevo o que sinto neste momento. Ninguém sabe como escreverá no futuro.

Assim acontece com as minhas vivências. Elas acontecem no presente e não receio o seu efeito, pois sou eu que estou aqui, mesmo que não passe disto mesmo: letras ordenadar a formar palavras, que constituem textos.

É-me aprazível poder partilhá-lo contigo.

:)