Agora nem nómada, nem emigrante.


segunda-feira, abril 12, 2010

Situação Problemática #1


Sempre me disseram que, antigamente, é que as professoras eram rijas! Ensinavam a quarenta ou cinquenta de cada vez e eles (alguns, sejamos realistas) sabiam tudinho! Eu sempre respondi, que se tivessem respeito, também ensinaria mais... Enfim. Há turmas em que passamos pelo menos cinquenta por cento do tempo a mandar calar e a dar Formação Cívica, que já deveria vir de casa. Isto tudo para dizer que hoje estou com mais nove alunos (do quarto ano). Normalmente, tenho dezoito. Dois (desses dezoito) têm Necessidades Educativas Especiais, por isso é que o número de alunos é reduzido, senão, seriam, provavelmente, vinte e cinco. A turma é do terceiro ano, mas uma aluna está no nível I. Ora... sendo assim, hoje tenho vinte e sete. Se está a correr bem?! Eu acho que sim, porque, apesar de algum burburinho, eles respeitam-me. É difícil encontrar tantas crianças juntas que se interessem. Eu aguento hoje, mas chega!

Volta AM, estás perdoada!!!

Eli

:)

6 comentários:

Natália Augusto disse...

E ainda dizem que os professores não dão educação aos alunos! Como bem disseste, essa vem de casa. Na escola os adquirem conhecimentos em várias áreas! E nem sempre é fácil que eles nos ouçam, pois esquecem depressa as regras estipuladas no início do ano lectivo.

Beijinhos

Eli disse...

Natália

Eles dizem as regras, mas não as cumpre. Mas, hoje, a lição foi positiva!


:)

Anónimo disse...

Depois de ler, ocorre-me dizer isto: Irra, são mais que as mães!!
Não sou do tempo das turmas de 40 ou 50 alunos, mas ainda sou do tempo da reguada na mão, usada como um meio de educar e agitar neurónios preguiçosos.
Eu era tão sonsinho e ''esperto'', caracteristicas que ainda hoje mantenho (lol) , que nunca senti o peso da régua.
Rezam as crónicas familiares, que , andavam os meus pais na escola, ainda nem se sonhava com o 25 de Abril de 74, a professora primária era tão ''besta'' , que fez com que uma aluna se urinasse em plena sala, depois de uma valente repreensão .
Respeito? Educação? Cada um que lhe chame o que bem quiser , mas eu chamo-lhe medo e autoritarismo.
Felizmente(ou não), mudam-se os tempos , mudam-se as vontades e mudam-se os métodos de ensino, o que faz com que hoje cheguemos ao inverso de há decadas atrás...
Hoje são os professores a terem medo de pirralhos insolentes e mal educados, a sujeitarem-se a ouvirem desaforos e a levarem uma tareia, sem que possam tocar num fio de cabelo dos 'anjinhos''.
''Dáaaaaa-me o telemóveeeeel jáaaa!'' (levava logo uma ''lambada'' , que se calava logo)
Nem tanto ao mar , nem tanto à terra... Nem como antes , nem como hoje em dia , nos maus exemplos...
O ideal seria ter o melhor dos 2 modelos. Será possível?
:))

em_segredo

Eli disse...

em_segredo

Ter os dois modelos é impossível. O ideal seria o meio termo. Ou seja, haver respeito sem usar a violência física ou psicológica. Aqui, eu consigo. Gosto disso. Sinto-me bem, mas sei bem que na maioria dos casos isso não acontece!

Obrigada pela partilha.

:)

ana disse...

Dasse! :) Também detesto quando tenho de receber alunos quando alguém falta! E vá lá, quando é só por um dia! Mas tantos... Bem, costumam ser dias quase perdidos porque, para além de os garotos ficarem mais agitados, o professor tem que se desdobrar e adaptar aos outros, quer a nível de comportamento, quer a nível de aprendizagem. "Ah, mas nós ainda não demos isso!" E aí é como dar aulas a duas turmas diferentes (já não falando nas assimetrias da própria turma: NEE's, DA's, etc..) Lá está, saímos d lá todos rotos! Por outro lado também é giro para nos desafiar, para nos pôr à prova... mas um dia assim só demonstra que, hoje em dia, com as crianças que temos, é difícil turmas tão grandes. Aliás, por mais que uns dias, quase impossível! :)
Compreendendo-te, amiga! :)
BEijinhooooosss!!! plim*! :)

Eli disse...

Ana

Obrigada pela partilha. Esnriqueces-me o blogue!

Plim pa ti!

:)