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Ainda que o sofá vermelho tivesse perdido a cor, eu preferia mil vezes os nossos passeios à beira-mar. Foram três dias seguidos. Ele procurou-me e eu deleitava-me com a sua presença.
Trouxe a guitarra e tocou para mim.
H- Querida...
Eu sorri e deixei-me ouvir. Deitei-me na areia. Via apenas o céu a escurecer mais e mais pela madrugada. Não proferi qualquer palavra. Só queria sentir, sentir, sentir. Chorei de tanta emoção. Parecia que aquela canção tinha sido escrita para mim. Enquadrava-se perfeitamente.
Mas, nunca quis aquela perfeição, a dos outros. Apenas a minha imperfeição feliz.
No dia seguinte, não esperei pela sua mensagem, como nos outros dias. Estava tão ansiosa, que fui a correr até àquele lugar... O nosso. Quando lá cheguei, desenhei um coração enorme no chão. Sentei-me dentro dele e esperei. Esperei tanto, até que o meu próprio (coração) se sentisse pequeno fosse perdendo pedaços no meu caminho de regresso a casa. Fiquei a pensar nas modernices. Aquele pedaço de papel onde ele podia escrever uma mensagem para eu ir ao seu encontro, não tinha o outro lado. Não podia ser eu a enviar a mensagem. Senti-me ridícula, inútil. Fiquei com aquela música que me dedicou... Parecia que estava sempre a tocar dentro da minha cabeça. Eu queria calá-la, mas não conseguia.
Eli
6 comentários:
:)
Adorei.
**Beijinhos**
Bonito.
Já pensaste em escrever um livro,Eli?
Tens uma escrita incrivelmente cativante!
Myosotis
Obrigada (muito)! Porquê?
:)
zeparafuso
Obrigada. Porquê?
:)
Me,myself & I!
Obrigada. Sim, já. Até já fui co-autora num livro. Agrada-me que tenhas pensado nisso.
:)
A saga continua, agora com música no coração e na cabeça. :P
:))
em_segredo
em_segredo
Ainda bem que estás por cá...
Volta sempre.
:)
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