Agora nem nómada, nem emigrante.


quinta-feira, agosto 02, 2012

Adeus's



Tubarões... dormi com eles na mesma cama, enquanto me rebolava para conseguir posição. Abro uma pestana apenas, porque as outras estão coladas pela maquilhagem do adia anterior... o preto desfez-se e o azul atormentou a minha face. Como poderia algum ente da minha espécie me adorar, se passei de humana a animal?! Percorre-me um arrepio desde o olhar até ao joelho. Sem medo, que não sou dessas mariquices, fiz-me ao caminho e deitei-me numa cama tão desconhecida como o meu comportamento, procurando apenas o conhecimento de uma pele quente. Não direi mais não, porque antes um susto pequeno que um grande nada a vida inteira. Assim, atirar-me-ei de penhascos de solidão, batendo vezes sem conta nos rochedos de almas de alguéns que querem a magia que ainda lhes posso dar. Pouca, pois não me resta grande coisa.

Eli

8 comentários:

S* disse...

Mais vale arriscar e cair do que viver na dúvida.

Eli disse...

S*

Não sou de me ficar! :)

James Dillon disse...

Nada é preto e branco, quantas vezes encontro no cinzento tudo o que procuro.

Cumprimentos,
JD

P.S., tubarões? (risos)

Buxexinhas disse...

Já fui de me esconder de tubarões... Ou de nem sequer entrar no mar... Mas de mãos dada contigo e com o 'sol', aprendi que a vida é mais do que mera observação e resignação... Concordo plenamente com o JD... Muitas vezes é no cinzento que me encontro... :) Beijinhos ;)

Eli disse...

James

No Ocenano cinzento! :))

Eli disse...

Buxexinhas, ou não fôssemos feitas de uma fibra parecida! :))

mfc disse...

Resta-te tudo... resta-te uma vida inteira... e longa!
Vá... continua a sorrir.
beijos,

Eli disse...

mfc

Eu continuo, mas, às vezes, num dia só consigo ir a muitos estados de espírito... distintos, claro.