Agora nem nómada, nem emigrante.


domingo, fevereiro 17, 2013

Completo

Nunca saberás por que chorei aquela noite
Não verás resposta nos meus versos recalcados
Desbruçar-me-ei no mistério de os apagar

Em mãos sozinhas, sem gostar
sofrerei o passado para não ver nele o futuro

Qual natureza?! Quais folhas de outono?
Qual primavera, qual caminhada?

Não quero sonhar mais nada.

Alongar-me-ei sem mais pressas de finalizar
Palmas de dedos a tactear
Gosto quando me pedes para amar
Porque o que eu faço com as teclas,
com a música e contigo
é fazê-lo sem dizê-lo

Para quê falar mais e mais?
Dar asas à necessidade que jamais voará?

Leva-me a dançar em teus braços
Na cozinha, no teu espaço, no meu
E transforma nossa a tua cama
Com uma voz gritante de quem quer a felicidade
De quem deixou lá atrás os traumas

Monstros eliminados, fotografias arrumadas
Ama o meu toque, numa noite, numa noite

Alguma vez viverei a verdadeira libertação?!

Eli

2 comentários:

Anónimo disse...

O toque intímo parece-me demais para eu me atrever a comentar,

não deixo de me deixar levar pela eloquência (o que aqui é um hábito em contraste com a minha rudez natural),

cumprimentos,
NR

Eli disse...

NR

A tua nudez natural faz-nos querer tê-la por perto. Não somos feitos de coisas artificiais... apenas uma alma desnudada até à ruga mais vincada! :)

Agradeço o atrevimento!