Odeio
Odeio ter assim tantas palavras
E não escrever nenhumas
apenas por birra
Sou uma mulher sozinha
assim como uma flor espirra
Ou um nome de uma vizinha
Ou, até, quiçá, uma melodia
sou barata, sou roupa, sou inquieta
apenas quando não estou parada
sem morte, sou tia
Com ela, nunca deixarei de ser
E uma libertação
Em água, me chega
Para abandonar sonhos.
Eli
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