Agora nem nómada, nem emigrante.
quarta-feira, março 27, 2013
No escuro da caminhada
Foi mais uma caminhada, homem de barba
Foi apenas um passo atrás do outro
A música entoava nos ouvidos
E eu recuperava as pausas
Dentro das pequenas leituras
Recuperava a comichão antiga
Numa sombria solidão
Prostrando as palmas pelo chão
Pedindo quadras de gatas
Lê-me, lê-me o escuro
O lado sombrio que me embarga a voz
Lê-me, por favor, lê-me
Preciso de um momento terno
Uma coisa qualquer
Que me devolva a mulher
Que outrora viveu dentro de mim
Entra pela porta escancarada
Não tenho mais nada
Escondido atrás da chaminé
Nem fumo aqui ao pé
Anda, vem, dá-me essa mão calejada
Quero-te entre as minhas pernas
Coisa com roupa, assim de cansada
Quero o abraço prometido
E a dança que eu sonhava
Eli
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2 comentários:
Efeitos do inverno prolongado, lareira a estalar e o coração a vibrar.
Boa Páscoa.
Bj
Manuel Luis
Obrigada pelo conforto. :)
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