Agora nem nómada, nem emigrante.


quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Vozes




Pergunto-me, pergunto-te, "ainda ouves a minha voz no teu pensamento?" ou ficou um vazio no lugar que as minhas palavras ocupavam?! Será que esta dúvida continuará dias e dias sem conta já?! Não te vou contar que quando um dia a ansiedade apertava, um homem eu vi e eras tu. Sentado naquele banco, cabelos caídos, livro na mão. Eu sabia que eras. Essa imagem motrou-me sempre que poderias aparecer novamente. Era um dos teus sonhos confusos e delirantes que te trouxe. Imagino-me muitas vezes - demasiadas talvez - a escrever-te cartas, sem... sim, sabes, sem fim. Não entendo o porquê de eu ser assim, de lidar com a espera. Mas, eu mereço mais. Tu não sabes, mas eu conheço-te bem. Eu sei que o poço onde te escondeste é proporcional aos livros que leste. Enterraste-te nessa ideia que só me contatas quando e se. Coisa parva, coisa estúpida. Soltava agora uma caralhada, tu rias-te, surpreendias-te e ficávamos.

Eli

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