Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, junho 30, 2007

Noites...

Noites seguidas, repetidas, sem nostalgia nem saudade. Noites vividas, compridas e sentidas. Um passo, uma pegada. Tapeçarias e realidade. Um sorriso no laranja e uma mão que se esbanja. Um pedaço de sorte e ser, uma morada nos hábitos de comer. Assim, passa mais um pensamento pelo olhar, quando a Lua nos ilumina grandiosamente.
Fazes-me perguntas que tento responder sem o mundo perceber. Não sabes que as ouço. Proferir no hipotálamo as pulsões que não podes...? Impões-te aos guardiões de desejos. Não fomos. Apenas me deixo ir.
Não me queres guiar. Tens medo de não conseguir. Sabes o que eu penso, o que eu sinto, mas estás preso nas grades finas, que pela invisibilidade se vão enfraquecendo...
Noites na sombra do dia. Alternância profunda. Penumbra imunda. Não ter. Ser.
Esforço de sempre sentir e ir além das sensibilidades arrastadas por lençóis manchados pela solidão.
Ama-me!
Não vês que a paixão escorreu-me pelos lábios e não há tentativas que soprem asas de borboletas dentro de mim. A espectativa rasga a ansidade e ambas ficaram num passado apaixonado.
Quem sou eu para gostar demasiado?
Uma gota no meu passado. Um momento ultrapassado... ou não.
Rende-te ao coração. Ao Teu.
O meu ... venceu.

Eli

:)

(Imagem de Eli.)

6 comentários:

Daniel Aladiah disse...

Querida Eli
belas palavras e sábias... ai do coração que não se renda!
Um beijo
Daniel

relatosdeumruivo disse...

Prosa simulada em poesia. Que bonito...
Sorrisos e aplausos para a Eli.
:)

Sei que existes disse...

Ai, o amor!...
Bonito post!
Beijocas

mixtu disse...

o meu venceu... entonces, hay que tener todas las fuerzas para ousar ser feliz...

abrazo europeu

Joaquim Amândio Santos disse...

sob o princípio lírico da partilha...

Nelsinho disse...

Maravilhoso, Elinda!!!

Estou com tão pouco tempo de vir, ler e admirar, admirar-te..

Um beijo enorme

Nelsinho