Agora nem nómada, nem emigrante.


terça-feira, dezembro 01, 2009

Da Espera...





É um toque. Uma palavra. Uma promessa. Uma qualquer coisa assim... ou não. Importa? Será que esta sede sabe a sangue? Rasura instrospecções? Marca o calor? Os temómetros foram desligados, para que pudesse usar desta navalha. O vermelho corrompe as falhas ignoradas. Como posso eu não vestir um arrepio ao sair da rua para uma cama assim, embrulhada em banda sonora? Frio. Arrefeço-te. Um cubo de gelo para que me possas beber... Telefono-te pouco a pouco. A imensidão viaja. Coloco-me confortável. Copio-me. Pausa.

Medo...
(...)
- Estou! Ah... Ainda estás cá?
- Onde?
- Aqui. Espaço. Revolução. Pedaço de Coração.
- Isso agora... (sorriso) - Vou-me embora.
- Porquê?
(...)
Quando...

Play. Todas as preces valem a pena. O Mundo partiu. Não me sinto abandonada. As ideias são-me gritadas. Dom. Oceanos de imensidão. Rugidos de desprezo. Dor. Por favor, relembra-me...

Eli

:)


13 comentários:

Misantrofiado disse...

Sim... ainda.









Sempre.
Abraço-te.

Anónimo disse...

Há ''mel'' que tem, de tempos a tempos, sabor a sangue,suor e/ou lágrimas.
Por estranho que possa parecer, é quando o ''mel'' nos deixa um sabor amargo no palato e na alma, que despertamos para o sabor intenso e doce de tudo o que nos sacia a sede,a fome, o desejo,...
''Da espera...''... A espera pode ter 2 efeitos completamente diferentes...
Ou nos seca por dentro, por parecer quase uma espera eterna e por algo/alguém que tarda em chegar para saciar a nossa sede seja do que for, ou nos faz crescer água na boca, a cada minuto que se espera, nervoso miudinho instalado,coração descompassado,saciando sede até chegarmos a uma fonte de água pura.
:-)

em_segredo

Rafeiro Perfumado disse...

A maior dor vai ser a que a jove da imagem vai ter nas costas, se tiver de carregar com aquele trambolho...

Eli disse...

Corvo Negro


Sempre é muito tempo. Têm-se passado tempestades e o mar nem sempre é um espelho, mas... Estamos.

:)

Eli disse...

em_segredo

Há vários tipos de mel, assim como há vários tipos de interpretações e vivências. Somos nós as letras e vice-versa.

Thank you.

:)

Eli disse...

Rafeiro Perfumado

Doem as costas a quem carrega um coração demasiado grande?

:P

Eli disse...

O Profeta

Boas perguntas. Podes responder-lhes?!

:)

Boa Semana.

Daniel C.da Silva disse...

Um registo diferente, este. Quase pesado. Quase tétrico. mas sempre sentido e poético. Fica a dúvida aqui: "Arrefeço-te. Um cubo de gelo para que me possas beber... Telefono-te pouco a pouco."

Arrefeço-te? Há razoes que a razao nao conhece, certo?

beijinhos amigos

Eli disse...

Daniel Silva

Consideras este registo pesado por ser mais negativista?! A escrita sai-me sempre do lado mais sombrio... É mais fácil assim...

Obrigada.

:)

Daniel C.da Silva disse...

Não, não acho mais negativista. Acho mais denso, como que neo-realista, onde o sangue e o hiper-realismo nos entram pelo poema como um dia sério de palavras. Eu disse que achava um registo diferente: como quem tem capacidade para escreveres em vários registos ;) E este registo é denso, diferente dos outros, mas nao... nao acho negativista. Forte, se quiseres. Diferente :)

bjinhos amigos

Rafeiro Perfumado disse...

Ó se doem, há quem morra disso! ;)

Eli disse...

Daniel Silva

"como quem tem capacidade para escreveres em vários registos ;) E este registo é denso, diferente dos outros"

Deixa-me engolir em seco. Os comentários que recebo são o meu orgulho...

:)

Eli disse...

Rafeiro Perfumado

Podes explicar-me isso melhor!?

:)