Agora nem nómada, nem emigrante.


quinta-feira, abril 19, 2012

O amor acontece?


Em tempos que tudo se atira à cara e também tudo se esconde, em que nos habituámos tanto a dizer como a esquecer... em que as vozes ganham outro rumo, será que o amor acontece?!

sete anos que escrevo aqui, nesta morada navegante.

Sete anos volvidos e, este blogue, mantém-se vivo... eu descanso nele mais uma vez.

Hoje, venho desafiar-vos para escreverem o que quiserem com o tema/título deste blogue "O amor acontece?" 

Respondam sob a forma de prosa, poesia... qualquer forma serve, até vídeo ou fotografia.

Mais tarde, publicarei as vossas ideias, que enriquecerão este blogue, tal como acontece cada vez que o lêem ou comentam.

Não se inibam, mesmo. Gostaria muito de receber as vossas opiniões, sensações...

Agradeço desde já a vossa colaboração, que enviem para o mail rodrigues1981@gmail.com

Têm até dia 29 de Abril para me fazer chegar as vossas participações.


Eli

Afinal, resolvi que têm o tempo que quiserem sem pressões, para enviar as vossas participações. Penso que um ano será tempo suficiente. Inspirem-se, que este blogue esperar! :))

(Vou publicando à medida que me enviem...)

Eli

segunda-feira, abril 16, 2012

Vaga




Vaga sou eu e as minhas palavras, porque me tocas em todas elas. Já as faço confundirem-se, já voltei a escrever sob a forma de mistério. A vitória não me alcança, apenas me rima uma esperança.

A música toca e arranca de mim mais um suspiro. Alguém me ouve contar esta história que tampouco ainda nem vai a meio e já encantou como se de um livro se tratasse. Quero muito arrancar as veias deste caminho e respirar artérias. Sem cruzamentos, sem tormentos.

E, num parágrafo, me descubras, feliz, por ti, por nós. Sonho-te com outros que me vivem. Tu, que nem sabes que este blogue existe. E... caminharás junto a mim num pôr do Sol qualquer.

Não importa, sabes... porque escrevo cheia de vida, de amor. A minha leitura recomeçou e a escrita nunca parou. (...), deixa de lado o sofrimento e acolhe-me no teu mar.

Eli

sexta-feira, abril 13, 2012

Noite


Amava-te sete vezes se assim parasses para me respirar.
Um compasso sem danças, um beijo sem esperanças...

Certezas. Tu, tu, tu.Eu. Esperar.
Teclas. Noites... Inseguranças

Uma história ao cair da noite.
Rodo num poema desafinado.

Logo, lambo-te as feridas
Deixa-me que te pernoite.

Um beijo descompassado.
Um sonho sem medidas.

Não sou eu quem rima, acredita.
Sabes, são os dedos a baloiçar.

Sem pontuação
Sem penetração

Deixarei de ser aquela maldita
Quando a faca me trespassar

Face a face, amor com amor
Dor, dor, tacteando teu calor

Eli

terça-feira, abril 10, 2012

Espero-te


Estava a escrever. Sentia o de sempre.
Uma pontada na veia, uma inspiração.
Incomum, mexo-me, mas não movo.

Deixa que a primeira pessoa fale. Em ti.
Trespassa o abandono, repele a falta.

Coragem, meu amigo, meu amor. Vem.
Segue a minha voz, pelos túmulos...
Sem passado, sem métrica, connosco.

Bicicletas a voar no azul do sonho.
Esquina, encontro. Apressa-te. Anda.

Abraço os meus olhos, sem dormir.
O sono pesa, o número sonha-se.

Agarra o rodopiar, aquela música.
Eu sou como tu, sendo eu. Mim.
Vem e descobre-me. Não durmas.

Conta as sílabas da respiração. Tu.
Ama as palavras. Sonho-te, sempre.

Não sabes.

Saberás?

Eli

quarta-feira, abril 04, 2012

sábado, 31 de março #2

Ainda na ressaca boa, deixo-vos aqui aquilo que me sai sobre sábado:

Mensagens escritas.

Conversa de gaja.

Vestido.

Tic-tac.

Ida a meio da tarde, amigos que vêm de longe... caminho a Lisboa.

Chegam em carros armadilhados de sorrisos.

Nervosinho chamado trânsito.

Conduzo.

Gasóleo à saída, chocolates no bolso.

Umas tantas piadas, uns elogios acostumados, amizade naquele sentido da palavra.

Pontualidade ao encontro de mais amigos.

Agora, sigo o carro da frente.

Sustos, adrenalina, palavras soltas.

"Fábrica Braço de Prata"

É aqui. Está a chover.

- Olhem, é a minha tia!

"Todos juntos, todos juntos".

Apresentações.

Mensagens em garrafas...

Entrada, labirinto, procura.

Sala. Natas.

Calmia, cadeiras. Sentar cinco, e eu, eu a meio... bem situada.

Livros. Os meus livros.

Dar, tocar, sentir.

Autografar.

Ouvir... ler e ouvir ler.

Voz. Eu.

Fotos...

Música! Ah! A música...

Brilho.

Sensibilidade.

Perseguição da tia.

Atravessar a cidade.

Jantar acalorado.

Simpatia acolhedora.

Gatinhos...

Sabor da palavra.

Casa.

Amigos resistentes.

Conversa pela noite dentro.

Chás... cafezadas.

Partilha.

Sofá.

Mantinha.

Calor Humano.


Eli

:)

P.S. Cliquem neste endereço para ver fotos da apresentação da Antologia de Inverno - Acordando Sonhos .

quinta-feira, março 29, 2012

Compasso de Espera de um Livro


Sinto-me um livro, ou como um livro que tem que ser lido por completo até saber o que vai acontecer. Ai... mas por que razão tenho que o ler tão devagar?! Por que motivo todos os capítulos têm que ser escritos sem história alguma, mas apenas uma interminável espera. Preferia que fosse um filme, que acontecesse mais rápido. Nunca me lembro de esperar tanto para viver o meio. Sim, porque o fim, não.

Eli :)

P.S. Mais do mesmo.

Apresentação do livro no sábado, pelas 18:30, em Lisboa - Fábrica Braço de Prata.

quarta-feira, março 28, 2012

Adrenalina


Sono profundo a meio da tarde. Sonhos inexistentes. Inércia, incapacidade. Suspiro ressonado, corpo abandonado, calor e frio, sem mexer, mexendo, sentindo os músculos parados. Abandono de dias e dias quase sem dormir, apaixonada. Platonicamente, mas realmente. Não é fácil perceber. Não encubro, não vislumbro, não escrevo... escrevendo rios e rios de sonhos que me circulam nas veias enquanto danço. A cama determina o toque suave no pijama... escondo-me... dormindo.

- Trim Triiiimmmmmmmmm

Acordo quase em sobressalto.

Olho para o número...

Quando penso que pode ser ele...

Tenho um segundo longo, muito longo e...

O meu coração dispara...

A adrenaliana sobe...

E, antes do terceiro

Trriiimmm

coloco a voz

atendo

- Estou...! ? ! ...

Ouço uma voz feminina e logo me concentro noutro assunto qualquer.

Eli

:P

sábado, março 24, 2012

Vossa Preferência


Queridos leitores, qual o post que gostaram mais neste blogue, no ano de 2011?

Eu sei que dá algum trabalho andar a ler todos os posts...

Podem clicar aqui e depois aqui para ter acesso a todos os posts de 2011 e escolher algum (alguns) do qual (dos quais) terão gostado mais.

Agradeço muito a vossa colaboração, pois irão ajudar-me a escolher aquele que será publicado posteriormente num livro.

Esta grande novidade só aconteceu devido aos vossos votos terem eleito este blogue com o honroso 2º lugar, no concurso do blogue Aventar, na sua categoria. O blogue referido, em parceria com a editora bubok, criaram este projeto e este blogue apanhou boleia

Vou esperar até quinta-feira (dia 29) para tomar uma decisão. Agradeço desde já a vossa colaboração.

Eli Rodrigues

:))

Podem enviar as vossas opiniões para o mail ou escrevê-las aqui nos comentários! Obrigada. :)

sexta-feira, março 23, 2012

Da espera

Há quem diga que se desespera, há quem diga que se alcança. Eu nunca fui muito ligada a esperas. No entanto, adoro esperar por algo especial. Em criança, ficava à espera daquela noite para abrir as prendas de Natal. Uma recordação tão boa, como todas as surpresas que têm aquele toque: foram preparadas para nós. Não gosto de saber as coisas antes do tempo, não gosto que me revelem coisas que não me dizem respeito. Contudo, sou impulsiva e esqueço-me dos compassos de tempo quando tenho aquele ímpeto de ir. Encontro-me num momento sem certezas como a das prendas que eu via ali e nem sequer tentava descobrir. Ficava contente simplesmente por existirem, sendo para mim, pensadas para mim. Este momento é único, diferente, tal como todos aqueles onde deposito esperanças.

Eli

:)

terça-feira, março 20, 2012

Sustenho


Como poderei explicar algo tão meu, tão sentido? Posso chamar-lhe esperança, posso chamar-lhe música, posso chamar-lhe borboletas, posso simplesmente não chamar... apenas viver.

Como pode o significado de um som pôr-me as veias a fervilhar?! Como será que isto tão cá dentro se manifesta fisicamente e não me sinto eu. Desembaralho-me e encontro o caminho nas pisadas nos sinais, sem tabuletas, sobre brasas. Agarro-te num abraço.

Eli

;)

O Amor


O amor é uma construção.

Eli

domingo, março 18, 2012

Resposta



Sem beleza, sem mágoas, choro e apaixono-me. Não reescrevo em cima da pedra, não por não a poder apagar, mas por me ser impossível voltar a pisar exatamente as mesmas pegadas. Quem me quiser, levar-me-á com tudo. São muitos sonhos, são muitas mágoas, muitos sorrisos, muitas desilusões. É uma música para cada ínfima parte de momento. Mas, será que por me apaixonar, devo chorar, ou será a alegria o único sentimento associado?! Quero tanto tanto expulsar isto pelos dedos enquanto o sinto. Escrevo-o, porque não o sei libertar de outra maneira... Que sinto eu? Perguntam-me vozes... Eu respondo-lhe: um enorme desejo de ser. Mais, mais, mais, mais, tanto. Apaixonei-me por cada pele que toquei com querer, por cada momento de ilsusão criada à volta de cada beijo... porque enquanto fecho os olhos, o escuro mata-me a inércia, vou, voo e aconteço.

Eli

;)

Trilho


É uma patetice escrever sempre sobre a mesma coisa. É o que eu sinto por aqui. Sou assim mais ou menos uma estrada com uma vida mais ou menos interessante, mas sedenta de intensidade, de pessoas, de coisas minhas, cumplicidades e... depois, uma necessidade enorme de regressar ao meu espaço, só meu, só.

Acabo sempre por cair no mesmo erro de descrever mais ou menos (também) um momento vivido ou imaginado, porém, sempre inspirado. E sou assim, um pouco aos parágrafos ora loucos, ora desenxabidos, ora mórbidos, ora tão longe, mas tão longe...

E, de repente, um ente envia-me uma ex-música que eu associarei sempre ao "trilho secreto" e fico saudosa de um momento da minha vida, (um dos) em que fui amada... e sorri simplesmente por deixar acontecer.

Já não choro. Já não me apaixono.

Numa correria desenfreada de ir sempre em frente, abraçando e acenando aos que por mim passam... volto a escrever mais do mesmo.

Eli

sábado, março 17, 2012

Sail




Façam-me o favor de não a associar necessariamente à publicidade, mas a um momento intenso.


Eli

:)

quinta-feira, março 15, 2012

Lançamento do poema

Perguntam alguns amigos:

(Falávamos do poema.)

- Mas vais lançá-lo mesmo?

- Sim, vou. - (Rindo...)

- (Risos...)

- Vou lançá-lo ao Tejo.


Ora, como já devem ter reparado ali em baixo, a apresentação da Antologia de Inverno "Acordando Sonhos", pela editora "Pastelaria Studios", decorrerá, sábado, dia 31 de março, pelas 18:30 h, na Fábrica Braço de Prata, Lisboa. (não faço a mínima ideia de onde fica). Sintam-se (muito) convidados a comparecer a este evento.



:)

Eli Rodrigues

:)

quarta-feira, março 14, 2012

Dia

Imagem de Eli

Como escrever tudo, como condensá-lo aqui sem o expressar explicitamente?!

Todos os anos nesta altura (dia) escrevo algo mais meu, mais pessoal, onde deixo de ser a Eli e transporto um pouco mais de mim, dando-me a nível pessoal. Já coloquei uma foto minha, por exemplo, em tempos que só publicava sombras na minha imagem... enfim. Eu nem sou saudosa de ficar a olhar para trás, mas sei fazer uma reflexão... quando quero. Aliás, na minha vida é sempre tudo como quero. Se não for assim, não é! (Rindo...) Então, fui ver o que publiquei no ano passado, assim como os comentários e foi bastante curioso encontrar aquelas pérolas. Não é um trinta e um, fazer os trinta, mfc, tens razão, mas, sabes, eu nunca pensei que o fosse. Sentia-me e sinto-me bem. Não sou pessoa para fazer resoluções de ano novo ou de aniversário, mas soube logo que ainda iria viver mais. Assim o fiz. As pessoas que o viveram comigo (conhecidos/desconhecidos) sabem-me bem e reconhecem o que sou e como sou. Acontece também por aqui, nesta casa que é a única que levo para todo o lado. Todas as pessoas com quem lido têm uma importância fulcral para o preenchimento dos meus dias com aquelas coisas que valem a pena. Durante este ano, fiz algumas mudanças imprevisíveis e tomei atitudes ainda mais impulsivas... fiz, aconteci, muito mais do que descrevo aqui, porque há coisas que jamais contarei "em público" ou para mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Durante mais de trinta anos me orgulhei de ser uma pessoa de confiança, em quem muitos se sentem bem em confiar e é esse o meu maior trunfo para triunfar!

Obrigada por me lerem.


Eli

:))

terça-feira, março 13, 2012

sábado, 31 de março



Apresentação do livro com o meu poema O mar é um espelho ...

Eli

segunda-feira, março 12, 2012

Foi


Uma chamada. Desliguei e fiquei a pensar no que poderia ter sido aquele momento se eu não o tivesse negado. Retraí-me. Então, as lágrimas apareceram. A minha face ficou com a tinta dos olhos que já estavam prontos para sair. Encolhi-me no meu vestido, porque me fiquei, porque não fui, porque não ousei.

Logo a seguir comecei a pensar porque razão o fiz. Por que motivo escondi a beleza do momento e me fiquei, se sempre desejei viver tudo, quase sem impasses. Talvez o risco valesse a pena pôr os sapatos vermelhos a caminho...

Eli

sábado, março 10, 2012

Voo



Vou ficar a saber sem caminhar daqui. Daqui a pouco. Sem presente, sem passado, um futuro tão breve, mas tão intenso, pele e pele... E os meus pensamentos maus serão traídos. Serei... pés, barriga e sorrisos, com cabelos despenteados, barba por fazer e tudo aquilo que nos unir. Coisas pequenas. Eu espero até que acabes de falar, aquilo que o universo conspirou. Como é bom poder ansiar-te. Dá-me as tuas mãos.

A cor deixará de ser cor. Só verei teus olhos no alcance... porque é assim que imagino o sentido de palavras ainda por escrever. Vou, mas não antes sem um adeus, breve. Voo, contigo.

Eli

:)

domingo, março 04, 2012

Da procura...



Deixei de procurar. Hoje coloquei aquele ponto final na busca. Não quero saber mais de lutas e desafios loucos sem conclusão alguma. Apetece-me ficar à espera que me encontrem, ao menos por hoje... Estendo-me no sofá, como se o meu conforto trouxesse alguma coisa. Não desisti. Não, não deixei de sonhar, mas acredito sozinha, por um pouco. Entretanto, ouço uma música que um ente qualquer me enviou em tempos e me faz ver lados negativos, coisa pouco comum em mim. Eu quero sempre mais. Nota-se pela minha letra e pelo meu desejo. Não me resigno. Preciso de um momento em que me sinta inteira e não apenas aquela que tem um pedaço, uma metade por aí. Incompleta. Deixem-me ficar aqui, envolta no escuro, para que deja difícil encontrar-me, porque eu já me cansei de deixar as portas abertas... Também se espera que seja Natal, pacientemente...

Eli

:)

sábado, março 03, 2012

Manuscritos



Sou colaboradora de um blogue que gostava que conhecessem. Ainda está muito no início, qual embrião ascendendo a feto... e ainda não escrevi para lá, mas já houve quem o fizesse. É um nascimento, algo muito querido e especial que não poderia deixar de partilhar. Fica o convite para a visita. As portas estão abertas, queridos leitores.

Obrigada.

:)

Eli

:)

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Orfeu


Andei  aqui a ler este texto e encontrei-me - como sempre - neste blogue que conheço há muitos anos. Estou a arrepiar-me com a sua música. Para mim, a melhor de todos os tempos. Gostaria de deixar isto aqui, registado. Quiçá ele volta e quer ficar por perto, junto de mim... com tanta intensidade, os nossos sorrisos seriam inevitáveis!

Eli, numa rua sem nome.

:)

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Ansiedade



Preferia...

Ou talvez não.

Preferia não me apaixonar tantas vezes, não sentir aquela ansiedade que me inunda os sentidos tantas e tantas vezes e até me faz perder o sono. Ou talvez não. Talvez seja só esta maneira que sei de me conhecer e viver. Nem vale a pena querer outra coisa, porque, no fundo, eu não quero e sei-o bem. Porém, não ser correspondida é uma (m****) treta.

Eli

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Sem rédeas


Gostava de não perder as rédeas... de não as deixar tão soltas que não as voltasse a encontrar. Talvez essas, aquelas, não sejam minhas e por isso não as volte a ver, a sentir em minhas mãos, fortes e resistentes. Para quê querer aquilo que me escapa por entre os dedos? E se tudo o que me toca se transformasse? Se as letras ficassem maiores e saíssem do ecrã à minha procura? E se eu sentisse menos? Desta vez foi uma música que te trouxe e outra que te levou. Importo-me. Importo-me, porque acredito. Ainda.

Eli

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Desaconchego



Arrepio.

Muito do que não escrevo, é dito apenas em surdez... sem males. Deixem-me, porque uma lágrima caiu no desafio de um filme que não foi escolhido.

- Não me sinto eu.

- Então...

- Fico assim por vezes. 

- Como te passa isso?

- Passando.

Ligo uma música, aquela...

E deixo-me levar. Deixem-me estar assim.

Eli

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Deitada



Toca-me.

Toca-me, não, tacteia-me como se estivesses de olhos fechados. Como se sentisses apenas o meu perfume ao longe, ora suave, ora intenso. Demora-te nos meus dedos, longamente. Não deixes que o meu sorriso te faça parar. Vai-me contando histórias ao ouvido, daquelas que te contei, enquanto fico com a garganta seca e respiro profundamente. Podes escrever-me assim, num mais ou menos de desdém, como se fosse uma coisa que se faz entre a pausa de um café e a maçaneta de uma porta. Sente-me. Há quanto tempo não existia a esperança. Há... E o piano pode sofrer a dor das teclas, mas a música sou eu, sempre eu, sempre... reticências do meu ser. Deixa-me deitada, prostrada, deixa-me que te beije a pele enquanto te debruças... enquanto invento uma forma de ser original e me faço entender entre pesonalidades bravias e um doce tão meu, tão lado, tão... e resumir em breves sons a minha existência, num suspiro, só porque sim.

Eli

:)

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Caí


Caí. Pensei.

Fiquei ali prostrada, com a mão segurando a pilha... ouvindo o resto da música que não gosta de mim, mas me faz levantar os braços. Caí... amontoda...

... numa valeta da estrada.

Passou um Ponto e disse:

- Que monstrenga. Caiu só para dar trabalho.

E passou.

Retorquiu a Vírgula:

- Nunca a conseguiríamos levantar.

Foram.

Passou um puto e pontapeou a monstra.

- Mexe-te! Morreste?

Morri... de tristeza, no silêncio. Só a música me fez estilhaçar o coração longas horas, enquanto o corpo arrefecia, acordado.

Na manhã seguinte, alguém deu conta que eu não apareci.

Tarde demais.

O meu coração tinha parado de bater.

Eli

domingo, fevereiro 05, 2012

Seco



Que secura! Que arrogância! Achas mesmo que eu quero saber de ti assim? Preferes nadar com os pensamentos longos num mar profundo, ou tossir com a secura do pó?! Podes ler muito, mas nunca saberás o que é ter o sangue a fervilhar com tanta vontade de escrever. Nunca sentirás como eu, mas mereces. Fora. Não danço mais contigo, nem teclo, nem sequer te dirijo olhar. Desprezo. Adeus! Nem mereces tampouco que eu me despeça de ti. Cultura? Usa-a para pegar na enxada e põe-te a cavar!

Eli

:)

Antologia Inverno - Acordando Sonhos



Realizar pequenos sonhos, esboça-me grandes sorrisos!

Há um texto meu (poesia) neste livro, que será publicado dentro de um mês.

Editora: PASTELARIA STUDIOS


Eli :)


Constatei que há pessoas interessadas na compra do livro. Se quiserem, podem encomendar por mim.

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Siga


É sobre a luz? Siga.

É sobre um pedaço de cereais? Siga.

É sobre uma migalha escondida em cantos que tais? Siga.

É sobre uma novidade que se produz? Siga.

É sobre uma nódoa? Siga.

É sobre o além? Siga.

É sobre mim? Pára.

Eli