Agora nem nómada, nem emigrante.


segunda-feira, agosto 27, 2012

Conhecer


Sempre que começo a conhecer alguém novo, dou-lhe sempre "crédito". É como se viesse logo incluído com todos os benefícios da dúvida e por aí adiante. Isto claro se houver o mínimo de empatia entre nós. Se for um espécime masculino em quem eu tenha um interesse em conhecer melhor, gosto de lhe dar prioridade, mesmo que ele nunca se aperceba, mesmo que ele nunca tenha vindo a saber... ou mesmo que saiba, porque eu até sou bem capaz de lhe dizer... isso e muito mais. Na verdade, é um potencial amigo e, na verdade, só não é meu amigo quem não quiser e... claro, futuramente, quem não o merecer. Os meus amigos não são poucos, mas cada um ocupa o seu lugar com aquela particularidade, pois já nos aceitámos e respeitamos como somos. No amor, a coisa é mais ou menos o mesmo, como diz a Bridgit no seu diário "ele ama-me tal como eu sou".
 
Eli
 
:)
 
 

De mim


Eu esforcei-me, eu juro que me esforcei, mas não consegui... então, agora, parece que o mundo me deixou aqui, assim, completamente sozinha. Os meus olhos desfocam-se e já nem sei o que quero ver. Por que razão me entristece tanto ter que abandonar diariamente um sonho que sempre me preencheu?! Não toco por puro prazer, toco por necessidade, porque há um qualquer objetivo em me manter viva... e esta música troca-me os acordes de uma ponte qualquer, aquela que não...
 
Há uma tristeza no piano que tocou, na música que não ficou e naquilo que sinto quando se trata de rejeição. Eu esforcei-me por não vir aqui escrever-te, escrever-nos, eu tentei mesmo, mas perante as lágrimas, preciso de despejar, despachar, assombrar, assombrar esta capacidade que tenho de me entregar... que nunca me levou a um porto seguro. Sim! Nunca! Era isso que tinhas que ter lido hoje.
 
Afoguei-me vezes demais. Não soube nadar, nem saberei jamais, por mais que me esforce, apenas apanhei boleia em embarcações masculinas. Isto não é um poema, mas é "ajudado".
 
Já não pergunto "será de mim?", porque eu sei "é de mim".
 
Eli

segunda-feira, agosto 20, 2012

O amor acontece #17 (por S.)



«Revia todas as manhãs, tardes, noites, horas do nada, do tempo morto, vazio, as lições que as outras vidas ou histórias de fantasia lhe conferem, a juntar à sua...
Repetia o gesto, a palavra soberana, a fórmula certa, a chave, aquilo que julga entender e que intuitivamente entende a cada primeiro olhar cruzado...
Olha-se ao espelho, conta rugas, linhas em que se desdenha e que de pronto se corrige...foi vida...
Desde cedo tivera essa tendência, que alguns ajuizariam de narcísica de se olhar ao espelho...não para o corpo que assumiu já tantas formas, mas para o rosto especialmente...para a boca de lábio grosso, o nariz orgulhosamente empinado e enfim o manifesto reflexo da sua alma...os olhos avelã, de pestana parca e brilho dependente do estado do sentir...queria manifestamente, desde a primeira vez que tomou consciência desse gesto, decorar a sua cara em cada idade...ao ver-se hoje a entrar na barra da idade mais que madura, teórica, ainda se vê adolescente, apaixonada, noiva, casada, grávida, amante extasiada, desgostosa, só...como é possível desenlear filmes atrás de filmes em projecções de memórias ao olhar um rosto ao espelho...
Perde a conta do tempo, basta pouco para ser tanto e diz a si mesma, na voz inequívoca de Deus dentro, palavra de coração que a eterna questão que se coloca não tem fim...
Por teres nascido com asas, seria evidente que te enamorarias eternamente por pássaros...
Gostas de gaiolas? Não...pois não...nem nas douradas te manténs...
Então porque teimas em agrilhoar o sentir ao evidente equívoco de possuir?...
Se tu não és, nem nunca serás de ninguém para sempre, se já te levantaste após lamberes o corpo e a alma em feridas lancinantes, se constatas que tudo volta a acontecer, afinal o que julgas ter perdido quando te questionas olhos nos olhos contigo mesma?
O amor és tu...convence-te...»


S.

P.S. Conclui-se assim a aprensentação deste rubrica. Fiquei agradavelmente supreendida com a forma como enriqueceram este blogue. Muito obrigada.

Eli

quarta-feira, agosto 15, 2012

Toco


Parece-me que eu toco à distância...

Eli

: ))

segunda-feira, agosto 13, 2012

O amor acontece #16 (por Zeza)


«O som de um momento.
E na altivez de quem chega majestoso, consciente da sua presença, o véu aveludado da noite, ia apoderando-se de mim. Parava tudo à minha volta, por mais forte que fosse o vento, qualquer tormenta ou desalento, só o anoitecer importava, única força que me tomava.
E eu ficava horas, no escuro a observar, cada sombra desenhada, pela luz da "encantada", aquando a sua visita aguardada. Nada sentir, apenas deslumbrar, um quadro primitivo, que todas as noites se repetia, antecedendo o dia.
Uma noite, as sombras mudaram, oscilaram, dançaram. O silêncio foi interrompido por um outro obeservador, sentado perto, quase ao meu lado, soltou palavras de apreço e respeito, pela lua que me movia o peito.
E sem altivez, mas consciente da minha presença, aproximei-me do intruso do meu momento egoísta, em que o luar era a única coisa a valer ser vista.
Se os ramos das árvores dançam no escuro, fazendo das sombras desenho puro, porque não dançarmos também? Que importaria não haver melodia, que importaria o resto do mundo, se naquele mundo não havia mais ninguém?
E na altivez de quem possui uma fortunas, em forma de momento, a emoção foi una, e dançamos, dançamos, dançamos sem parar, entre sorrisos, olhares, gestos e outras formas de falar, e dançamos, como quem dança, ao som de música nenhuma, apenas a do coração a disparar...»

Zeza

P.S. Obrigada pela participação e reflexão.

Eli

:)

sábado, agosto 11, 2012

Amor Verdadeiro?



Ele não gostou da minha música preferida. Ainda bem que era um Ele qualquer, sem significado (aparente), apenas mais uma tentativa de conhecer alguém, nas esquinas da vida... Às vezes gostava que alguém caísse na tentação de me amar, de me amar verdadeiramente e que fizesse tudo ao seu alcance para me fazer feliz... e olhem que não é difícil. Como eu me alegro com uma simples conversa boa, uns sorrisos à mistura, uma vontade de rir... e entretanto apetece-me logo fazer planos juntos e deixar para trás uma vida de coisas vãs e sem aquele significado. Eu nunca fui de desperdiçar oportunidades, eu não posso arrepender-me de não ter tentado, porque eu tentei sempre. Será que o meu mal é lutar e deveria esperar por alguém que finalmente lutasse por mim?! Por que não me acontece naturalmente algo que deveria ser igual para toda a gente!? Todos deveriam ter direito a encontrar o amor! Devo ter  feito algo de muito errado. Parece-me que pode ter sido a profissão que escolhi e nunca, mas mesmo nunca questionei. Agora, já posso contar alguns afastamentos depois de observarem a minha condição de nómada. Às vezes eu só queria que me compreendessem... eu queria tanto viver uma história de amor a sério... estou cansada de forjar novidades, de me entregar a uns míseros tostões para que a solidão desapareça de projeto de futuro... mas parece que nada do que eu faço vale a pena... há sempre um enorme travão... se acelero, esborracho-me e é essa a história do meu coração. Antigamente, não queria ler os sinais, mas agora leio-os tão bem... que demasiado visíveis para os ignorar.

Eli


segunda-feira, agosto 06, 2012

O amor acontece #15 (por VS)

«E depois do adeus


Podem não faltar razões e motivos para terminar um relacionamento. Mas, sinceramente, não me parece que se possa identificar vencedores e vencidos. O tal amor pelo outro pode ter acabado, mas para além disso há um vínculo de confiança e segurança que é quebrado. E isto é válido para ambos os lados. É difícil não nos sentirmos uma merda. Se de um lado há quem espere por um telefonema, do outro está alguém que equaciona telefonar.
As coisas até podiam estar muito más, mas eram nossas. Podemos ter a certeza de que ficamos melhores sozinhos e que cada um de nós merece ter ao seu lado alguém cujo sentimento seja recíproco. Mas a segurança e o conforto de alguém que já conhecemos, é tentador. Contudo, é necessário, para o bem de todos, resistir a essa tentação porque repetir o fim será ainda mais doloroso. Eu sei que há excepções e que há quem volte a ser feliz ao lado do ex. Não conheço é muitos casos.
Terminar uma relação não é fácil. Deixar para trás alguém com quem convivemos anos e, em algumas situações, até desejamos que sejam felizes pois sabemos que são pessoas excepcionais. O único problema é não existir ou ter acabado a razão que nos juntou. E é por isso que se recorre aos clássicos não-és-tu-sou-eu, preciso-de-espaço ou podemos-continuar-a-ser-amigos. Estas são as formas mais fáceis de sair de uma relação e que geram menos perguntas. Dão a impressão que se trata de uma situação passageira.
Se é difícil terminar, voltar a encontrar a pessoa que já nos viu nus e com quem partilhamos segredos, sonhos e medos também não é fácil. E mesmo não querendo fazer parte da vida dessa pessoa, queremos estar no nosso melhor, demonstrar que estamos bem, sentir que significamos alguma coisa e que houve uma altura em que fomos especiais. Sentir que por mais anos que passem essa relação deixou a sua marca e que não seremos apenas um comum mortal. Mas a verdade é que não podemos exigir o que não estamos dispostos a oferecer.


VS

P.S. Esta participação surgiu claramente de alguém que veio até aqui através do "não compreendo as mulheres". Agradeço portanto ao Bagaço Amarelo e à pessoa que partilhou este sentimentos com este blogue.

:)

Eli

P.S. Post agendado

quinta-feira, agosto 02, 2012

Adeus's



Tubarões... dormi com eles na mesma cama, enquanto me rebolava para conseguir posição. Abro uma pestana apenas, porque as outras estão coladas pela maquilhagem do adia anterior... o preto desfez-se e o azul atormentou a minha face. Como poderia algum ente da minha espécie me adorar, se passei de humana a animal?! Percorre-me um arrepio desde o olhar até ao joelho. Sem medo, que não sou dessas mariquices, fiz-me ao caminho e deitei-me numa cama tão desconhecida como o meu comportamento, procurando apenas o conhecimento de uma pele quente. Não direi mais não, porque antes um susto pequeno que um grande nada a vida inteira. Assim, atirar-me-ei de penhascos de solidão, batendo vezes sem conta nos rochedos de almas de alguéns que querem a magia que ainda lhes posso dar. Pouca, pois não me resta grande coisa.

Eli

segunda-feira, julho 30, 2012

O amor acontece #14 (por CurlyGirl)

«Acordei e Pensei em ti

"O tempo cura tudo", que frase parva. Basta olharmos para um cancro para saber que não é verdade, mas adoramos o conforto desta afirmação, a esperança que ela deposita no futuro, como se o presente fosse uma doença e o tempo o seu Betadine. No que ao amor diz respeito é certo ouvi-la no fim de uma relação ou proferi-la quando temos de acalmar quem está mais em baixo. Já o ouviste e já o disseste. Mentiram-te e mentiste (ainda que acreditando que essa mentira era verdade). O tempo não cura o amor, quanto muito, o amor cura o tempo, porque não há amor que não seja eterno. O amor vive do tempo, conserva-se no tempo, e afirma-se nele.
Hoje acordei, pensei em ti e resolvi escrever-te. Lembrei-me de quando te dizia "para sempre" e tu me respondias "para depois do sempre" e Álvaro de Campos (também ele eterno) nos chamava ridículos. Lembrei-me que no outro dia, o autocarro cheirava a ti e senti falta do teu "abraço forte". Não sei onde estás, com quem estás, como estás, e sei que não vais saber que há alguém que do seu quarto te fala de amor. Do amor que foi nosso, e que agora é meu e teu. Hoje sei que te amei, porque ainda te amo.
Amei-te durante a relação e amei-te no seu fim. Hoje sei que tudo o que fiz foi por amor, ainda que muitas vezes tenha achado que não e hesitado nas palavras. Escrevo-te, agora, por te amar. Nunca fui ciumenta, sempre achei que as algemas num namoro deviam estar apenas destinadas à cama e o tempo mostrou-me que tenho razão. O tempo mostrou-me que amor nada tem a ver com posse. Porque estou aqui e, mesmo sabendo que não fazes parte da minha vida, não preciso de fazer nada para te esquecer. Nunca precisei (até há bem pouco tempo conservava uma fotografia tua na minha carteira). Não quero encaixar nada no teu lugar, a tua pegada é tua e qualquer encaixe feito no espaço a que a ti te pertenceu não ficaria perfeito, ficaria apenas largo ou formaria rachas. Sinto-me feliz porque sei que tenho esta capacidade de te amar.

Apesar de tudo o que aconteceu, pode ser que o vento ou os sonhos, te levem estas minhas palavras. Não estou triste, muito pelo contrário, nem sequer sinto saudades. Sei que não me pertences e que eu não te pertenço. Sei que o amor é muito mais do que isso. Sei que as pegadas estão feitas. Sei que isto não precisa de cura. Sei que terás sempre um lugar.
Sei que ainda há espaço para mais pegadas, também elas eternas.»

CurlyGirl


P.S. Este blogue agradece a partilha e tem um enorme orgulho em publicar mais um texto sentido.

Eli

:)

Post agendado

domingo, julho 29, 2012

Agora

As lágrimas não caem, porque não há mais nada para cair.
Talvez me caia o risco preto em gotas de suor
Porque não tenho mais por onde lutar

Estou pronta para sair,
Mas, encontro-me com um nó na garganta do amor
Não julgo. Mais valia parar.

Eli

sábado, julho 28, 2012

Ver



Dói-me o coração
Está tão, tão, mas tão...
Cansado de bater

Consegues ouvir
A minha pulsação?

Desculpa ter
desaparecido a sorrir

Desculpa desconfiar

Confessei-te que já tinha visto este filme
Mas, disseste-me que eu não vi o fim

Anda comigo ver o mar...

Eli

(Imagem de Eli.)

segunda-feira, julho 23, 2012

sexta-feira, julho 20, 2012

Conserto


Há várias maneiras de consertar um coração
Uns consertam-no com amizade
outros carregam-o com a leveza da paixão
Há ainda os que o tentam curar
Abstraindo-se da realidade...

Não sou eu quem o vai deixar
Abandonado sem sentires, apenas vazio
Pretendo que façam girar todos os componentes
Sem medinho, fome ou frio

Ainda não sei bem o que sentes
Mas, se me vejo pela manhã a escrever
Heide talvez, ou não, tão bem saber

Um dos sintomas está dentro de mim
Só não sei ainda se me queres assim

Conserta-me.

Eli

:)

quinta-feira, julho 19, 2012

Erro



Deixem-me chorar um ano inteiro de conquistas, de perdas, de vitórias, de sonhos, de esperas, de coisas ou sem elas. Deixem-me ficar assim sem falar, porque hoje ainda praticamente não falei. Liguei à minha mãe durante uns curtos minutos, colocando-a ao corrente sobre a previsível saída daqui amanhã. Parto, mas por favor, não me faças partir mais. Não assim, sem voltar, sem mais, sem... não me obrigues a cortar os laços que teci durante este ano, mais um ano. Sim, eu sei, transformo-me, fico mais madura. Mas, será que preciso mesmo disto?! Eu quero ir, eu preciso de ir, mas hoje parece que fui abandonada por esta terra que bebeu de mim e já não me necessita mais. Deixo-me de silêncios e ouço esta música que me diz que não posso fazer-te amar, mas és uma boa motivação para acreditar. Muita gente não julgaria possível isto acontecer, mas eu vejo o meu coração sempre aberto por mais que mantenha a distância de segurança de ambas as partes. Sabes, por vezes tenho medo de voltar a cometer os mesmos erros. São sempre erros, porque não deu certo. Parece que falho sempre só por ser quem sou, só por ser eu e talvez seja esse o meu maior erro. Talvez não devesse falar em partidas, que os outros não sabem como é atirarem-nos com a distância como justificação para tudo.

Eli

segunda-feira, julho 16, 2012

O amor acontece # (por O Sonhador)


«Quente e Frio

Está frio, aqueço-me com uma manta e o calor da lareira. Consigo ouvir a natureza a chorar.
Olho para a janela, está embaciada. Eu sei o que ela esconde. O teu perfume, o teu sorriso, o teu cabelo livre, as tuas gargalhadas. Esconde o nosso jardim. Esconde as memórias.
Anseio. Acredito. Desespero. Choro.
A dor causada pelo vazio e pela saudade. O amor que deixaste para trás quando desapareceste sem deixar rasto.
Agora sento-me no sofá com uma manta para me manter quente e fico a olhar para a janela, à tua espera.
À espera que me chames para o nosso jardim.


O Quente

Levantei-me do sofá, pus a manta por cima dos ombros.
Fui até à janela e passei a mão pelo vidro embaciado.
A natureza já não estava a chorar, tentava agora confortar-me com um sorriso que iluminava todo o nosso jardim. Sentia o calor a penetrar os vidros. A última vez que senti este calor, estavas comigo.


Invades-me o pensamento e não tardou a ver o teu reflexo. Vi-te sair por detrás dos arbusto a correr e a saltar entre gargalhadas, por momentos achei que fosses real, mas no instante a seguir vi o meu reflexo a seguir-te.
Deixei-os ficar, já fazia algum tempo que não via aquela felicidade e por momentos parecia que estava a sentir tudo outra vez.
Arrancaram-me um sorriso.


O Frio

Acordei, vazio.
Volto vezes sem conta à janela na esperança de te ver. Mantenho as cortinas sempre abertas e o vidro sempre desembaciado. Sentei-me no chão durante horas a fio, já me doíam as pernas. A lágrima que transportava a esperança abandonava o meu olho. Chovia novamente lá fora.




Vi um reflexo lá fora, sentado na relva e encostado ao banco. Ele estava ensopado pela forte chuva que se fazia sentir. Vi no seu rosto uma dor enorme e perguntei-me se aquela chuva não seriam as suas lágrimas a cair do céu.
Ela desapareceu e ele estava só.»


O Sonhador


P.S. O que dizer perante estas surpresas que caem no colo deste blogue... sem pedir, apenas querendo.

Eli

:)

Post agendado

sexta-feira, julho 13, 2012

Desenhas-me


Estou assim. Não sou nem deixo de ser. Houve tempos que me preocupava com o que sentia, sabendo eu o que sentir, ou até o que sentia (ou por quem). Agora, deambulo entre amizades incógnitas, paixões bravias, coisas que mal me fazem bem, no dia seguinte são apagadas. Foi como se tivesses desenhado um coração durante uns dias, através de palavras e, depois, um dia, quando ele estava perfeitamente visível, o tivesses apagado com uma borracha negra. Não quero mais rascunhos. Não tenho tempo de passar mais coisas a limpo. Aliás, os meus erros são riscados, corrigidos quando assim o desejo, mas existem. Escrevi-os a caneta na linha do tempo. Não me apaguem mais o sentimento. Também quero viver essa coisa do amor. "Ah e tal, vais viver, vais ter," mas por que razão quando me aproximo, logo a seguir tenho que me afastar, sofrer a ressaca, para depois voltar à promiscuidade de uma vida não oca, mas solitária. Preciso de dar aquele grito, preciso de mostrar que não sou assim tão simpática, que eu sinto ainda mais, que eu não aceito tudo e que ceder tem os dias contados.

Por favor, encontra-me. Não vês que estou cansada de tentativas e erros. Estou cansada de pequenas histórias. Eu quero uma grande história, com continuação. Eu já encontrei o amor, mas ele é que não me encontrou a mim. Não sou aquela pessoa que diz "ah é tão difícil apaixonar-me", porque é-me fácil e simples, mas estou cansada que não passe de um rascunho de felicidade. Amigos?! Sim, tenho, gosto, mas neste momento já tenho uma quantidade considerável comparativamente, ou não. Não me bastarão nunca, é certo!... Mas, não é disso que falo, só.

Eli

terça-feira, julho 10, 2012

Amiga



Chega a ser curioso a forma como nos aproximamos das pessoas que conhecemos, porque nunca acontece da mesma maneira. A amiga de quem sinto saudades neste momento é alguém verdadeiramente especial. Ela sabe-o, mas por vezes não tem tempo para viver e desfrutar de todo o seu potencial. Não vou entrar em pormenores sobre a vida dela, nem faria sentido, mas, hoje apetece-me contar a nossa história. Penso que foi em janeiro de 2012, que um amigo que temos em comum e que também tem blogue, tal como ela (e eu, hehe) me falou dela. Descrevia-a sempre de uma forma tão interessante e delicada que não pude deixar de querer conhecê-la. Entretanto, comecei a frequentar o blogue dela e ela o meu, o que não deixou de ser quase uma coincidência à medida que o tempo passava. Eu nem sempre estou disponível, nem para todas as pessoas, é certo, mas se há coisa que gosto mesmo é de conhecer quem vale a pena manter, socializar, confiar. Assim é esta amiga: divertida, simpática, presente (sim, sim, mesmo na ausência)... Então, um dia, eu e esse amigo em comum, engendrámos um plano. Ele convidá-la-ia para jantar. Eu não entrava nessa história, mas sabia o quanto a amiga gostaria de me conhecer também. Cominámos (eu e ele) que nos encontraríamos no restaurante. No entanto, coincidência das coincidências, ia eu na rua, nessa noite e vejo-os ao longe. Aproximei-me, estavam eles de costas, sem que ela desse conta. Quando estava mesmo ao lado dela e ela me viu, assustou-se assim num misto com surpresa e alegria. Foi uma felicidade só, um abraço expontâneo... e mal nos tínhamos contatado antes - apenas uns comentários nos blogues. Resta dizer que jantámos os três num misto de simplicidade e cumplicidade. Parecia que nos conhecíamos desde sempre. Adoro pessoas que não bloqueiam! Adoro pessoas abertas prontas a conhecer-me. Parece que ainda ouço as risadas... Foi excelente conhecê-la. Foi uma noite encantadora. Estivémos num bar praticamente até fechar e as conversas deambularam entre coisas óbvias e coisas profundas, como se tivéssemos uma grande necessidade de transpôr uma vida inteira num momento. Lindo!

Eli

:)

segunda-feira, julho 09, 2012

O amor acontece #11 (por Ciara)


«Era noite. Estava quente. A luz da lua trespassava o vidro do carro e estes embaciados já não permitiam que o exterior fosse visível... A música conduzia as nossas mãos embora parecesse que já não mais a ouviamos.
E se fosses tu? Se fosses tu que te entregasses assim, que faria eu? Quantas lágrimas escorreriam pelo meu rosto quente? E por quanto tempo ficariam as minhas mãos congeladas e o meu coração perdido no Mundo?
É incrível a dimensão da confusão que ia na minha cabeça... O teu cheiro, o teu toque, trazes o pior de mim ao de cima...
Odeio-te!
O teu abraço, o teu beijo que me confortam nalguns momentos...
Amo-te!
Talvez fosse melhor não repetir-mos... Desaparece daqui, voa com a lua e não mais voltes!
Espera... Fica, dorme comigo e acaricia-me até adormecer por mais uma noite!
Não digas nada, irrita-me o simples som da tua voz, repugna-me o modo como me olhas...
Mas peço-te, sorri comigo mais uma vez, embrulha-me no teu olhar e sussura-me ao ouvido...
Diz que não me queres mais, que já não é o mesmo sentimento, que me usaste... E diz... Diz ao mesmo tempo que sou a mulher da tua vida, pede-me de joelhos que seja para sempre e dá-me um beijo apaixonado, o melhor que tiveres!
O que é isto? Não sei, acho que se chama amor e em qualquer lugar, de qualquer jeito, sob qualquer forma... Ele acontece!»


Ciara.




P.S. Shame on me, desta vez não fiz um comentário. Estou aqui para redimir-me. Pensei eu que a Ciara tinha estado tão inspirada que eu não viria aqui fazer nada ao comentar. No entanto, neste momento sinto que ainda não lhe agradeci o suficiente, daí estar aqui agora a abraçá-la com carinho. Obrigada.

Eli

domingo, julho 08, 2012

Histórias Horríveis ou Impossíveis

Enviei hoje a minha história para o próximo livro da Editora Pastelaria Studios. Não me parece que - o meu texto - seja assim tão horrível ou tão impossível. Mas, aguardo a resposta. Se quiserem enviar também os vossos textos, façam o favor e quiçá nos encontraremos todos em pleno outono na apresentação do livro!

Eli

sábado, julho 07, 2012

Não Escrevo


Parece-me que ultimamente ando em contradição. Apetece-me escrever e não escrevo. Não me apetece... e será que escrevo?! Também não. Na verdade, quando estou com uma qualidade "muito óbvia", prefiro não o fazer. Assim, guardo para mim. É tudo meu!

:)

Eli

sexta-feira, julho 06, 2012

terça-feira, julho 03, 2012

Escrever Um Livro


Um dos meus maiores sonhos é escrever um livro, publicá-lo e ter sucesso com ele. Parece pedir muito, mas com os sonhos, devemos apostar bem alto, porque eu só quero fazer isto se, no dia do lançamento, tiver a sala cheia de pessoas que estarão ali não só por mim, mas também porque o querem ler, não se importando de o comprar.

Resolvi escrever claramente. É bom. Poderia ser quase um segredo, mas a verdade é que o meu sorriso não poderia esconder mais isto, assim, desta forma tão intensa. E, sim, se quero, vou lutar por isso e, não há "se conseguir", porque, eu VOU conseguir.

Eli

Transferências


Fase de transição. Tenho tudo em pantanas. Hoje apetecia-me falar de tudo e de nada. O nada já me é costume, por isso hoje venho falar do Tudo. É um Tudo, quando aquele Homem especial que está connosco insiste em carregar com as compras, com as malas, até connosco ser assim for necessário. Gosto de olhar para trás e ver tantos momentos bonitos cheios de amor. Era tal aquela relação que não quero partilhá-la, falando apenas num pormenor aqui e noutro ali, preferindo muitas vezes lembrar o lado negativo para que nunca me esqueça das certezas. Resolvi não contar para guardar tudo comigo como se de um tesouro de histórias se tratasse. Sou assim. Canso-me de escrever e pouco digo. Não quero esquecer através da memória seletiva, nem tampouco reviver. Há coisas que têm o passado como dono. Um lugar ali mesmo, naquela linha do tempo. No entanto, aqui, agora, hoje, presentemente, não me via de outra maneira, porque o Universo faz-me não dormir e pensar numa pessoa que ainda não construiu uma história comigo. É dele que eu falo sempre quando me refiro à espera, à paciência. Como é que se faz quando queremos alguém o qual perdemos completamente o rasto?! Neste momento, transfiro as memórias para um passado ainda mais longínquo, que não quero que volte. Volto a ter saudades do futuro, embora viva bem o presente. Suspiro. Alguém conhece um detetive privado? Alguém tem conhecimentos em algum centro de Investigação? Preciso de encontrá-lo. E, sim, ele quer ser encontrado.
Eli

;)

segunda-feira, julho 02, 2012

O amor acontece #10 (por ana)

«O amor encontrou-me, ainda era eu um projecto de pessoa. Nunca pensei sobre o que terá sentido quando soube que ia ter uma neta, a primeira neta. E nunca pensei nisso porque nasci com a certeza de um amor incondicional, com a certeza que aquelas mãos fortes me iam amparar vida fora.


Hoje olho para as fotografias e vejo-lhe o sorriso ao ter-me nos braços. E aquela segurança de quem nasceu para ser Avô. O seu jeito tímido não impedia que o amor transpirasse por todos os poros, brilhasse nos seus olhos e me aquecesse no seu abraço.


Foi companheiro, educador, exigente mas de um orgulho explosivo dentro do seu grande coração.  Ensinou-me o que era o altruísmo, mostrou-me uma vida que nos deixa em paz connosco mesmos onde dar e ajudar são verbos frequentes. Foi cúmplice de histórias, de matreirices, de festas e brincadeiras. Não se importava de, todos os dias, tirar a minha bicicleta guardada para eu esmurrar os joelhos porque lhe bastava o meu sorriso para ocompensar. Mostrou-me a música que gostava de ouvir, contou-me a sua vida, o que sabia e o que procurava saber com aquela fome de conhecer mais. Viamos a Missão Impossível juntos e eu assistia aos arranjos que ele programava com tanta minúcia em desenhos para os quais tinha um talento escondido. Foi o meu herói, aquele que pegava nos tachos quentes sem pegas e sem se queimar, aquele que todos respeitavam e com quem me orgulhava de andar na rua.


É parte de mim. É tudo o que eu quero seguir e imitar. E nem preciso de esforço porque penso que bebi imenso na personalidade dele, porque uma pessoa com um P bem grande só pode ser como o meu Avô foi durante 84 anosde vida.


O amor aconteceu e continua a acontecer todos os dias que, para mim, são de homenagem ao homem da minha vida. O amor aconteceu quando ele me deu tanto e só pediu que, em troca, eu fosse eu. E sorrimos e demos as mãos. Até ao fim. O amor aconteceu na vida de toda a gente que se cruzou com esse grande Homem que ele foi.


 O amor acontece quando uma lágrima de saudade, imensa saudade, me lava o rosto. O amor acontece porque um dia neste mundo existiu o meu Avô e fez disto um mundo melhor. »


ana



P.S. Quando eu já nem estava à espera, a Ana surpreende-me com este texto digno de um olhar tão ternurento... Obrigada.

Eli


domingo, julho 01, 2012

Lançamento do Livro "Corda Bamba"

Não há nada como uma noite com pessoas que nos façam rir para nos sentirmos felizes.

Obrigada por terem dado apoio e (a quem foi) por ido. Como eu já vos disse: escrever este texto, aliás, publicá-lo, é apenas mais um motivo para juntar pessoas.

Adorei a noite.

Eli

:)

sábado, junho 30, 2012

Paciência



Estou a ser posta à prova. O desafio que vem aí não é um terço daquele que vivo já hoje, desde há uns meses. Nada de mal. Apenas me pergunto sobre a minha paciência. Será que há esperanças eternas?

Eli

:)

sexta-feira, junho 29, 2012

Sofrimentos Alheios



Às vezes temos problemas que pensamos que são só nossos e que só acontecem a nós, que as outras pessoas, na sua maioria, têm as coisas controladas e só a nós tudo parece uma bola de neve que nunca tem fim.

Um dia, contas um bocadinho da tua história e apercebes-te que há pessoas em tão má situação que tu, ou ainda pior conjuntura...

Enfim, estou com um nó no estômago como já não estava há muito...

Eli

quinta-feira, junho 28, 2012

Desapertar



De-sa-per-ta-me.
Desaperta-me o laço.
Desaperta-me o laço do vestido.
Desaperta-me o laço do vestido, por favor.

Liberta-me das amarras da solidão.
Com letras, sem letras, não importa.

Sinto um aperto tão grande, tão imenso, tão meu.

Parece-me que te esqueceste de mim.
Mas, como poderá ser se te sinto presente
em cada insónia
e se não consigo ver mais ninguém.
És sempre tu que estás lá.
Por que razão não me agarras?
Desaperta esta amarra que me prende.

Adeus.
Diz-me adeus,
para que eu possa prosseguir,
errar,
tentar de novo.
Não consigo.

Há muito que não sentia tamanha prisão.
Enquanto choras e te lamentas,
o meu abraço permanece vazio.
Não sabes que não vivo sem ti.

Sobrevivo.
Preciso.
Desaperta-me o laço do meu vestido curto.
Já!

Eli

Desaparecimentos



Não consigo perceber a razão que leva as pessoas a deixarem-me sem resposta. É certo que isso não é assim tão comum que me obrigue a pensar que algo está errado e precisa de ser mudado. Mas, dizem-se coisas, criam-se laços e, num ápice, desaparece. Esses seres saberão que o que estão a fazer é errado, pois também não gostariam que lhes fizessem isso.

Há várias maneiras de desaparecer. Eu própria desapareço "de cirulação" por momentos. Isso é justificável e qualquer amigo é sempre amigo da sua forma de o ser, porque as relações são todas diferentes. Por isso é que nos conhecemos e também sabemos com quem podemos (ou não) contar.

Eu não preciso de fazer um esforço para estar - praticamente - sempre disponível para aqueles que eu quero atender. Afinal, talvez eu tenha feito uma interpretação errada. Talvez eu me tivesse enganado. Talvez eu devesse matar todas as expetativas. Sem elas sobreviveria melhor?!

Talvez o meu modo de agir não se devesse basear em verdades irrefutáveis do valor da amizade. Talvez eu devesse guardar apenas aquilo que é mesmo meu. Mas, não tendo nada, apenas sonho com o que me dão. Luto sem espadas e não sigo o padrão. Vou parar de rimar, que o talvez, hoje, veio para ficar.

Eli

quarta-feira, junho 27, 2012

Diário de Um Professor Qualquer

São muitos anos por cá, portanto, espaçosa, abri outra casa.

Quem quiser, poderá visitá-la em:




Eli

:)

segunda-feira, junho 25, 2012

O amor acontece #9 (por Bagaço Amarelo)

«Alarme


Lembro-me perfeitamente da primeira vez que disse a uma mulher que a Amava. Não me lembro, no entanto, da primeira vez que o pensei. É que pensei muitas vezes na palavra Amor antes de a dizer pela primeira vez. Isso deve-se ao facto de, apesar de ser muito raro apaixonar-me verdadeiramente, ser muito fácil sentir-me apaixonado todos os dias por uma mulher qualquer. É uma sensação que desaparece tão depressa como aparece, mas que nessa sua vida efémera é bastante intensa.
Também é verdade que isto me acontece muito mais facilmente nas fases da minha vida em que estou só, sem namorada. É como se o meu coração fosse um apartamento pequenino onde só cabe uma mulher de cada vez e, por isso, quando está ocupado é-me muito mais difícil sentir algo forte por alguém. Quando estou só, sou capaz de ter essa sensação de alarme no metro, no autocarro, num bar qualquer ou até na fila da repartição das finanças.
Foi precisamente no autocarro que me apaixonei pela Mónica, numa viagem em que ela adormeceu ao meu lado e deixou a cabeça cair sobre o meu ombro. É-me difícil explicar, mas quando isso aconteceu eu ainda nem sequer a tinha visto bem. Ia ao lado dela a pensar noutra coisa qualquer, mas quando ela se encostou a mim o meu coração acelerou imediatamente. Apaixonei-me, portanto, pelo toque e fui o resto da viagem petrificado, a tentar imaginar como seriam a face e a voz dela. Os cabelos, esses, eu via-os e eram longos e negros. Para não a acordar, e também para aproveitar esse encosto o mais tempo possível, deixei-me ir muito para além daquela que seria a minha saída. Regressei a casa mais tarde, fazendo a pé cerca de três quilómetros.
Foram três quilómetros feitos muito calmamente, em passos curtos e incertos, a pensar nesse novo Amor da minha vida. Era uma sensação boa, porque eu sabia que era um Amor que não passava dum desses alarmes que vão e vêm com o vento. Afinal de contas, tinha-me apaixonado apenas porque ela adormecera no meu ombro, sem lhe ver bem a cara ou ouvi-la a falar. Muito provavelmente nem me lembraria dela no dia seguinte.
O problema é mesmo esse: o dia seguinte. Acordei e ela foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Veio e, diga-se de passagem, nunca mais saiu. De tal forma que nos dias seguintes apanhei o mesmo autocarro várias vezes por dia só para ver se me cruzava com ela, o que veio a acontecer cerca de uma semana depois. Vi-a exactamente no mesmo banco e sentei-me à frente dela, como quem não quer a coisa, e acho que ela me reconheceu. Pelo menos riu-se timidamente. Nessa viagem, em que finalmente a vi de frente, confirmou-se a minha paixão. O meu coração tornou a acelerar terrivelmente e eu fiquei incapaz de reagir.
Durante muito tempo aquelas viagens de autocarro repetiram-se. Cheguei a fazer um mapa com as horas a que ela apanhava o autocarro e já não falhava uma única viagem em que ela estivesse. Era sempre o mesmo: eu à frente dela como se fosse um homem estátua e ela à minha frente como se não fosse nada. Às vezes ia séria, outras vezes sorria um pouco. Suponho que tinha a ver com as suas variações de humor e da forma como o dia lhe tinha corrido. Perdi a conta às viagens que fiz com ela assim, nesse meu silêncio sofredor.
Nunca falámos um com o outro até ao dia em que ela, uns minutos antes de sair, me disse que era a última vez que andava naquele autocarro. Ia viver para Lisboa, onde tinha arranjado um emprego melhor. Eu corei e encolhi-me perante as evidências. Tchau!, disse ela por fim. Fiquei a vê-la pela trémula e enorme janela do veículo, lá fora, virada para mim e a sorrir-me enquanto dizia adeus com a mão. Embaciei o vidro com o meu bafo e escrevi "Amo-te" ao contrário, para ela conseguir ler. Foi essa a primeira vez que o fiz.»

Bagaço Amarelo



Confesso que me identifico mesmo muito com a escrita... agradeço muito a partilha.

Eli :)

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