Permito-me parar para sentir esta sensação que me preencheu como se de um arrepio se tratasse. Não se trata de premonição, de amor ou de dissabor. Se calhar é um sentimento por associação, coisa que me acontece muito raramente.
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Hoje, não estou aqui para cortar algo que me penetre vorazmente, nem tampouco para verter lágrimas de solidão, ou exaltar sorrisos de paixão.
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Páro. Sento-me dentro de mim, recolhida com pesar, porque um pedaço de amor desmaterializou-se e o mundo ficou mais triste. Eu sou apenas uma pena numa almofada de sentimentos intensos e poderosos... no entanto, a queda faz parte de todos.
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Houve em tempos uma saudade insaciável que não chorei em colos afávais. Houve um sentimento de vazio e de esperança, de quem se permite acreditar, mas não ousa sonhar por um momento, para que as evidências se rendam.
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Invade-me uma inspiração sorrateiramente desconhecida, mas identificada pela música que não dança, mas levita através de uma guitarra fugidia...
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Sentir.
Haverá alguma outra palavra que nos consiga definir?!
(...)
Um Oceano deleita-se na esperança da razão.
Mas, ousamos arrebatar com o coração.
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Eli
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P.S Fotografia de Eli que escreveu este texto ao som da voz de James Blunt.
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