Agora nem nómada, nem emigrante.


quarta-feira, fevereiro 28, 2007

... o momento ...


Apesar dos olhos tristes
Dos cigarros apagados
Dos cheiros esquecidos
Dos poetas condensados
Não foste, não existes
Não nego.
Afirmo a negação como um todo de toque em folhas brancas
Que cheiram ao velho do rascunho e do rasurar
Não me trago, não me existo
Sou
A capacidade de prolongamento não existe para vencer
O "ouro sobre azul" é aquele amarelo sobre edredão novo
E sorrisos sem cheiros e sem beijos
Muito à mistura dentro de um só pensamento
O momento.
Eli
:)
P.S. Imagem retirada da uma pesquisa feita no google.(http://observai.blogspot.com/2006_10_01_archive.html)

sábado, fevereiro 17, 2007

Ponte da Amizade!

Encontrei na internet esta imagem, cujo título era "Ponte da Amizade"! Neste momento é esta expressão que resume os meus pensamentos mais significativos.

Terceira, Praia da Vitória, 19:10 (Hora Açores)

Encontro-me num computador que não é meu, numa internet emprestada, numa casa que não conhecia até há poucas horas atrás. Se não fosse uma amiga que fiz recentemente e que me indicou uma pessoa que me recebeu aqui mesmo, não estaria agora nesta comunicação!
Passamos a nossa vida a imaginar um pouco do nosso futuro?!
Eu não faço planos a longo prazo. Sonhos?! Sim, mas a dois os sonhos perdem-se, desvanecem-se....
E o "dois" não será um sonho?!
Vive-se e depois acaba!
O trabalho faz-me viajar e passar por situações extremamente difíceis!
Não estou a imaginar outra forma de subreviver neste momento.
Talvez arranje outra forma de "viver"!?
Ou não...

Eli

:)

sábado, fevereiro 10, 2007

"Aterrada"

Como poderia eu não inspirar
Uma imensidão tamanha?!
Como poderia eu deixar
De inalar a minha vida amanhã

Passinhos pequenos
Pegadas marcadas
Na água?

Ela apaga pegadas na areia
Mas eu caminho sobre rochas
E enterro-me!

Volto à terra, para a seguir
partir
por esse mar
Sem ter medo de naufragar!

Eli

:)

Fotografia de Eli tirada na Ilha de S. Miguel.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Um dia de cada vez!


Qual caminho quereria eu percorrer
Todos os dias, quando não quero caminhar...

Há no meu peito uma palpitação
Que receio desligar
Haverá em cada corpo um botão
Para pressionar?!

Na areia negra
Se deitam os meus pensamentos
Escritos em azul e luar
Escondido em momentos

Onde a capacidade de respirar
É mais uma chave fixa, um tesouro
Para não sofucar
Para não me dedicar ao choro

Não sei onde fui buscar a apatia
Aparente vontade de prosseguir

Fé!

Alegria!

Sorrir!

:)

Eli

terça-feira, janeiro 09, 2007

De volta! :) Açores, aqui vou eu again!


Ora... são uns calhaus no meio do mar que provocam muitos sorrisos, ou será o quê?!

Estou de volta aos Açores. Chego amanhã a S. Miguel, ilha que vou pisar pela primeira vez, com muito gosto!!!

Lá vou eu usar muito este blog como meio de comunicação, tal como no ano passado!

Obrigada.

:)

Eli

(Foto das amigas.)

segunda-feira, janeiro 01, 2007

First


Além, além, além...
Me vejo plantada na solidão
Como que flutuando
Entrelaçada nas nuvens
De um céu
que não é meu.

Eli

:)

(Fotografia de Eli!)

domingo, dezembro 24, 2006

Que "fio"!!!



As pessoas que me conhecem sabem que até nem sou friorenta, mas depois de passar um ano (praticamente) nos Açores, já não sabia bem o que era o frio seco, por isso, digo constantemente "Que fio!" (O "r" falta propositadamente!) Enfim... há muito que não falo directamente para os meus leitores, neste espaço que gosto muito de partilhar. Como tal e porque é Natal, desta vez a minha inspiração foca-se directamente para quem me vier ler nesta quadra especial!!!

Quando escrevo no blog, escolho sempre uma imagem primeiro e escrevo directamente no lugar do post, sem rascunhos prévios. Por fim, escrevo o título. Só depois de publicar é que costumo corrigir alguma falha.

Vivo este espaço tal como ele é para mim e reflito-me nele espontaneamente.

Claro que existem muitas ideias que são pura ficção e imaginação, mas quem disse que a fantasia não nos pertence?! Acho que é muito mais do que isso, a fantasia tem a ver com a exaltação dos nossos sentidos, com o exterior que será absorvido por cada um de nós e transformado de acordo com a nossa personalidade!

Este ano, a minha mensagem de Natal consiste em não só nos aplicarmos em desejar um dia feliz (de Natal), mas todos os outros já que são tantos e precisam de ser vividos intensamente - CAPE DIEM!

Plim Plim e já é Natal again! Na verdade, desde os meus 5 anos que passo esta época em escolas. Desde que me lembro... Pela primeira vez, este ano isso não aconteceu! É estranho... ou foi um pouco estranho e até desmotivador, mas essa fase passou depressa! :)

Bem... de resto, quero desejar um Natal quente e continuarei neste espaço, vá para onde for, afinal ele é também um refúgio quando preciso de ser salva!!!

Beijinhos

Eli

:))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

sábado, dezembro 09, 2006

Arrepio



Arrepio-me. Tanto!

Amanhece-me um beijo na pele

E um suave perfume detectado

Pela imensidão do momento

Estou, agarro e estou

Fico.

Sustenho a respiração

E os segundos passados ainda são presentes e já são futuro...

A envolvência. Os perfis.

As mãos e o devagar prolongam a sensação

E descobri o ponto das manhãs que não quis

Engolir em seco, olhos nos olhos

E o romance prostrado,

Tímido e envergonhado

Ao ver tanta paz e os teus braços em mim.

Abres os olhos e vês o campo iluminado

Como se de um sonho se tratasse

Fechas os olhos

E...

Desesperado, procuras-me

Com medo de sonho se desvanecer

A sensação chama-se felicidade

O sentimento é o amor

Não há mais aqui

Pois está tudo em nós!

Eli

:)

P.S. Tudo o que é escrito neste blog é da minha autoria, tal como as imagens assim identificadas.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Era só...

Era só...
...um pedacinho.
Era só um pedaço de mim com alma a sentir.
Era uma pequena parte
Não se ouvia banda sonora no ar, mas eu ouvia-a
Os sons da minha respiração não entravam nos meus ouvidos.

Sou só...
...uma ínfima parte - reduzidíssima - do que poderia ser
Mas não me avalio em potencial
Se não há obra feita que o possa comprovar

Não há danças
Nem cartas
Nem surpresas

E perco-me no medo de ferir algo que me semeia com água e sal.
Colhes-me.
Esperas tributos de mim... Ou não?!

São só umas notas de conforto
E quero estar "sim"

Eli

:)

(Imagem de Eli.)

quarta-feira, novembro 29, 2006

Partir



O que é que vos leva a pensar que um laço desculpa tudo?! Será que podemos tudo naqueles que nos fortalecem... se não são Deus, nem os tratamos como tal, não se deveriam sentir assim! Talvez me tivesse dado demasiado... talvez eu quisesse mais e mais... Há uns tantos que já assim agiram, mas assim se descobriram também!!! Um pedaço de azul na Terra e já acho que tudo vale a pena. Vale a pena não ver os dias apenas a espreitarem pela janela e condicionar o estado do tempo, esquecendo o Tempo... Será que me rendi às evidências?! Será que quero datas e a lutadora?! Perde pela confiança?! Perderá alguma coisa em confiar?! Estarão vocês tão minados que não saibam confiar mais?! As aprendizagens da escola da vida servirão para nos minar o futuro e fazer com que ele seja quase um beco sem saída?! Não é sem saída, mas não vos parece um beco?! Detesto prisões e enjaulei-me no Tempo... Não existem espaços limitativos, mas muitos longos ou curtos impossibilitam a posse da liberdade.

Eli

:)(:

P.S. Fotografia de Eli.

Está bem. A inspiração não acabou. Rendo-me a mais umas quantas linhas brutas de romantismo e escuridão doce. Por que não levar mais do que encontro?! Ainda não encontrei flores, mas vou levá-las também quando as encontrar. Vou deitar-me no campo e sentir o cheiro... profundo... e respirar suspirando. Alcançarei as estrelas e as suas faces e denominações... Astronomia do Amor... O Oceano não consegue espelhar todo o céu e eu não sinto toda a música... que incompleto é o Ser Humano... que imperfeita sou e... feliz! As memórias treparão acima das letras e uma lupa verá Marte como o planeta do homem. Vénus será uma mulher nunca vislumbrada pela Lua e... possuirão a Terra.

Vou dançar ao luar

E rodar, rodar, rodar...

Shiu... Soprar

Beijar-te quando gear

Abraçar, Shiu

Vou ver-te voar

Vou levar-te a viajar

Volver Vaguear Voltar

Shiu...

Rodar.

Partir

Desculpa as horas que perdi sem investir.

Desculpa uma promessa por cumprir.

Desculpa nunca prometer.

Desculpa a ânsia de ler...

Desculpa sem abandono.

Desculpa o contrário do sono.

Desculpa a necessidade.

Desculpa a seriedade.

Desculpa...

Tenho de me encontrar.

Tenho que te encontrar

Temos...

(::)

Eli

sábado, novembro 18, 2006

Lugares

Às vezes sonhamos que queremos ir ali e além, mas nem nos demos conta do que temos tão perto, mesmo ao alcance do nosso olhar. Outras vezes, habituamo-nos ao que temos à frente dos olhos e esquecemo-nos de procurar além das fronteiras da visão.
Não sou de ficar. Preciso de partir sempre e não entendo bem esta necessidade. Apenas a sinto dentro de mim. No entanto, gosto de voltar.
Espero partir brevemente e não me deixar simplesmente ficar...

Eli

:)

Imagem de Eli.

domingo, novembro 12, 2006

Lá longe...

Lá longe,
Onde a terra é negra
E se banha em águas de Sal
Começou um sonho
De amar profundamente...

Mas, as minhas pegadas
Serão apagadas
E não serei mais procurada
Não haverá caminho até mim
Não, não e sim

Como poderá a luz penetrar o Sol
E como poderá a poesia chegar
Até ti, agora
Já que a ignoraste
Sem demora

As fantasias serão pura magia
Ficando no passado
Sem luta, sem continuação
O sonho...
... de agarrares a minha mão...

Eli

(Imagem de Eli)

quinta-feira, novembro 09, 2006

Secretamente...



Secretamente, volto a lugares, onde se ouvem músicas que, embora banais a tantos, a mim indicam o caminho para pensamentos fáceis de passados bem vividos e pouco rescordados. Não, não é a saudade, mas um pedaço do que me fez ser o que sou hoje e só o consegui devido a esses pedacinhos de lugares, gentes, música e sentimentos!!!

Estrada fora... e muitos mitos e inspirações chorados, aclamados, sobrevividos... quando um simbolismo nos penetra a alma e achamos que essas marcas seriam para sempre.

No entanto, um dia acordamos e o que já nos apaixonou, não nos diz nada e há um dia que nos transforma durante o sono... Amamos o que nos faz sentir seguros?! Ou... Não será assim tão simples.

Choram as guitarras em busca de romantismo e sentimentalismo e eu perco-me em pensamentos do que fui e do que fui (sou)... que importa lembrar um tempo em que apenas sonhava, se agora realizo todos os dias!!!

Não deixarei de colocar vírgulas no meu percurso, nem pontos finais em textos inacabados à minha espera, mas esses também saberão do seu tempo e do que foi... Mas, saboreio a mudança e sei ver a felicidade.

Temos medo. Não queremos sofrer, mas queremos sentir e não desistiremos dos nossos sonhos. É difícil quando não dependem apenas de nós, mas a piada está aí mesmo.

:)(:

Eli

P.S. Fotografia de Eli.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Nem o mar...


Nem o mar me salva
Nem o mais profundo negro
... onde me poderia entregar
Me aceita

Nem as lágrimas em silêncio me salvam
Nem abraços de outrens

Fui para um lugar, onde não posso sentir mais do que me permiti. Queria tanto rasgar algumas regras e saber qual a chave para... este nó na garganta se desfazer.

A minha compreensão passou-me sempre por cima, ignorando o meu sofrimento que esqueço sempre rapidamente... só quando me deparo de novo com ele é que me lembro de como é penoso.

Eli

P.S. Imagem de Eli.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Suposições



São imagens que ficam no passado

São futuros por construir

São vontades na ausência

São palavras não ditas

Foram brilhos de romantismo

Foram esperanças de palavras

Foram palavras não escritas

Foram frases ditas

Serão capacidades inalteradas

Serão filmes sentidos

Serão recompensas totais

Serão o quê?!

Eli :)

P.S. Imagem de Eli.

quarta-feira, outubro 18, 2006

O Céu...



O céu comeu o castelo e cuspiu as muralhas. As dentadas eram rochas e as muralhas foram cuspidas, porque serviam de novos dentes prontos a devorar cada amor pueril. Magno é o céu que serve de presente consolador aos aflitos e nem tampouco desesperados. E, a cada passo, aqueles seres "invadiam a terra"... contavas-me. Falavas da banda sonora e eu ouvia-a nos teus lábios. O beijo estava inerente na carne encarnada da minha boca que servia de medalha controladora de cérebros galácticos. Uma porta abriu-se a alguém que não queria escapar. Afinal não estava preso. Está na hora de desligar tudo e ligar os cordões. Dar aos braços e às pernas. Fazer movimentos circulares. Cuspir letras de músicas em blogs longos e sombrios até ficarem negros de tão verdes!!!

O céu engoliu. A mal falada que te ouvia na esquina, sussurou-te palavras pelo buraco da fechadura, mas a porta não era de igreja, por isso, não passou o desejo e tu não ouviste. Estavas completamente embriagado em líquidos impuros, em venenos viciantes. Não tinhas mais que dar, pensavas. Prometeste as mãos a quem apenas se queria sentar nas muralhas, debruçar-se e ver o mundo ao contrário, quiçá através da névoa do cigarro queimado ao anoitecer. Noite profunda lá fora. Uma passagem pelo estreito das pontes e mais estrada, mais estrada. Os edifícios são rejeitados, só o céu permanece inalterável às tempestades. Todos os corpos se corrompem. O céu devora-o e continua a ser olhado como um presente de Deus. E é-o.

Eli

:)(:

Imagem de Eli.

Não à (há) luz! (II)


Clareou. Olha, vê... afinal aqui dentro nem tudo é escuro. Há uma porta aberta.

Sabes que tens a força em ti. Toda a claridade que te faz fechar os olhos também te fará ver, olhar e observar a beleza dos cheiros com os olhos fechados!

Força!

:)

Imagem de Eli.

Não à (há) luz!


Não! Não deixes entrar a luz, porque ofusca os meus olhos, porque eu não sei sobreviver a ela, nem lutar contra ela... porque eu não quero, porque é difícil. Fecha a porta, que eu espero e sai também, por favor! Vou ficar aqui, sozinho, onde encontro paz na escuridão. E... atenção: estou inacessível.
(continua)
Eli
P. S. Imagem de Eli.

sábado, outubro 07, 2006

...



(Imagem de Eli.)

terça-feira, setembro 26, 2006

Inspiração


Roubei-te a inspiração. Negros foram os túneis que tiveste que percorrer sozinho para a encontrar. Egoísta, guardei-a para mim, para que me a viesses pedir encarecidamente, de joelhos, rastejando, para que com um sorriso, te desse a minha mão, não para te erguer,mas para te manter aí, aonde eu te podesse controlar. A fonte de palavras ficou para mim, mas, sendo minha e não tua, não a soube usar e nem a música me salvou. A inspiração estava guardada, esperando para ser usada, calculada e aumentada, mas eu pensava que, se a usasse em pleno, ela poderia tornar-se cordas de guitarra e afastar-me das letras. Então, olhei para ti e não te vi. As imagens de ti jã não eram doces como o pôr-do-Sol, eram apenas uma prisão do que eu quis e não vi e do que eu tive e nunca prometi. Mas, as cordas da guitarra servem para serem tocadas. Libertei o feitiço e feiticeira me tornei, quando assumi a minha postura menos imposta. Rasgaste algumas das cordas da guitarra, mas ela soará cada vez melhor com notas rasgadas, porque será como eu. Imperfeita.

Eli

:)(:

Foto de Eli. Escrito ao som de "My Immortal".

quinta-feira, setembro 21, 2006

A Espera


Um fechar de olhos penetrante. Um lugar, onde só toca a alma de quem ama. Um todo e um completar de beleza e de inspiração que baila a cada nome, pronome, verbo, adjectivo, suspiro, silêncio...
Shiu!... E as palavras flutuam sem voz na mente sentindo poderes sobrenaturais, flutuando sozinhas e com vida própria. Silêncio. Queda. E continuação. Mãos. O calor consome o frio. O cobertor envolve os segredos. Os poros abrem-se à exaltação dos sentidos.
Estro. Consagração. Concretização.
A espera não me leva à janela, nem me traz ansiedades desmedidas e incontroladas. A espera sabe-me a satisfação.

:)(:

Eli

P.S. Foto de Eli.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Estou em ti.



Perco-me tantas vezes na procura de respostas que não existem claras para mim, como eu gostaria de as dar. Volto-me tantas vezes para locais que não me dizem nada, apenas para continuar no silêncio em que me exijam palavras. Estou muitas vezes presente apenas na percentagem necessária, que conduz um carro, que reage a estímulos... porque o meu verdadeiro eu não está aqui...

Eli

P.S. Foto minha (das preferidas) digna de um post bem melhor... mas hoje é ela que fala por mim...

domingo, setembro 10, 2006

O Respirar


Deixa que o brilho
Mostre além do rio
Deixa que a capacidade
De te respirar
Me deixe revelar
Lágrimas de saudade

Digito letras que não te dizem
Nada sobre ansiedade
Nem sobre a forma de ... amar.

Não me basta ser inspiração
Não me basta permitir

Leio o que marcas no chão
E o que suspiras a sorrir...

Eli

:)(:

P.S. Foto de Eli.

Cogumelos


São perspectivas. São palavras. São sonhos. São cogumelos.
São árvores e paredes camufladas por cabelos esvoaçantes, como nomes de aves raras e significantes para corações atentos e cultos.
Sinto-te a aprender em mim e que te aprendo todos os dias, sentindo mais e mais...
Sinto-te a crescer em mim e os ramos das árvores florescem apenas com folhas verdes que se tornam castanhas ao nosso olhar e as cores são sons nos meus ouvidos pálidos e esquecidos de passado.

Eli

:)(:

P.S. Foto nossa!

quarta-feira, setembro 06, 2006

A Lua desta Noite


Entrelaçaram-se as folhas, enquanto as mãos assobiavam como pássaros. Não é da exactidão, nem das certezas que o cálice bebe, ou entorna... ele existe em cima da montanha.
No momento de exactidão, a água parou e bebeu do tempo e do momento. Milhares as aves que não fizeram observações de homens destemidos.
As histórias incapazes prevalecem, as palavras vindouras não aborrecem, porque sabem a beijos consentidos.
A cor não é definida...


Pé ante pé, reconheço-te nos ramos das árvores, em que escrevo apenas as linhas de uma história não escrita, apenas surgida, contada, consentida. Abraço o momento da Lua além dos nossos olhos.

Aquele astro envolto em nevoeiro. Noite cúmplice. Entrelaçam-se os ramos das árvores cinzentas pela noite... perde-se o castanho e o verde e o caule é um tronco de emoção.

Eli

:)(:

P.S. Foto de Eli.

domingo, setembro 03, 2006

Quando


Quando as pedras se encontram nos mistérios da água e falam com olhos de canção...
Quando cada rocha sussurra ao ouvido o ténue da cor absorvida nas gigantes sensações de paz...
Quando em vez do sim se ouve um não e este não entoa, pois só o outro faz sentido...
Quando uma corrente abraça a outra e se tornam rio de braços dados até no mar se tornar...
Quando os espelhos reflectem a música de palavras esquecidas de tempo e espaço...
Quando...

Eli

:) (:

P.S. Foto de Eli.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Vou...

Vou. Cada passo que dei em falso, me fez cair, mas também me fez levantar. Cada amigo que me segurou nas mãos da alma desejando-a a sorrir, também me deixou cair, mas nunca deixou de estar lá... Percorri estradas muitas vezes duvidosas, mas na luta tive o sabor de me sentir recompensada por fazer o que me mandou o coração e este doido não se deixou render e... ainda bem! Hoje, posso dizer que ter vivido um dia de cada vez, não tentando dar um passo maior do que as pernas, nem marcar pegadas que não fossem apenas as minhas, fez com que não estivesse sozinha, apesar da solidão ser uma condição parte da minha personalidade! Os meus pés vão conduzir e os meus passos guiar... uma dança que me guiará, assim como ele, que me deu a mão.
Agradeço de coração a quem mora nele.
Eli
:)

P.S. Foto de Eli.

sexta-feira, agosto 25, 2006

As Nuvens


Regresso às gotas do passado

Que deixaram-me fios

Para constituir o tecido que sou agora

.

Os registos revelam um sentir

Envolto em chuva e em geada

.

Mas, consegui sempre sorrir

E, hoje, sinto-me desejada

Não há atalhos a surgir

Não me sinto atrapalhada

.

Há palavras que não se escrevem

São ouvidas no brilho, no cheiro...

Há nuvens simples e sombrias

Mas, vejo o céu por inteiro.

.

As sombras ditaram-me a cor das rochas

Onde caminho sem pousar os pés

Onde flutuo em nuvens minhas e...

Onde tens acessos ilimitados

Onde te ergues como meu ermo

Na fantasia de sapateados

E danças bem reais

Porque a música...

... já me inspirou!

.

Regressas ao meu estado de felicidade e completas-me na realização dos nossos sonhos.

.

Eli

:)

P.S. Foto de Eli.

sábado, agosto 19, 2006

... We?



Em cada palma a saudade

Em cada passo, poesia, sou.

Lembras-te do que trazia em cada mão?!

Naquele sonho que te decepcionou?!

.

Será o vermelho que não viste?

Será que não sabes a cor da paixão

Da qual fugiste...

.

Observas as cartas que não recebi,

Resgatas-me por segundos,

Para depois me deixares novamente...

Regressarás à intersecção dos nossos mundos?!

.

Vejo-te por aí

Onde o teu olhar

Não me pode alcançar...

.

Ou terás coragem de lutar todos os dias

Pela imagem do meu sorriso

Pelo som da minha voz

Por mim...

.

Existem muitas lágrimas por enxugar

E tu não sabias, mas eu ainda estou aqui...

Até quando não sei...

Entoarás o poema que nos fará dançar?!

.

Eli

:)

.

P.S. Foto de Eli, tirada hoje, aqui...

terça-feira, agosto 15, 2006

Vivo!



E parei mesmo ali.
As ondas de calor banhavam os rostos da lenha...
Foram trazidos poemas soltos em agulhas de consertar.
Às vezes os toques profundos não se vêem.
...Ou o mesmo carro só passe uma vez.

No escrito do quarto, só o amor é o talvez.
Os pingos de tinta são as gotas de suor das paredes.
Encontrou-se frente a uma árvore.
Quis lutar com ela.
Bocejou.

Acredito que existem sempre dias melhores. O outro dia será sempre melhor no nosso pensamento e a segurança do que foi não será mais desejada!

Vivo-o...

Sou muito mais do que isto. Sou o Teatro que assisti, no Sábado. Sou o cinema que vi esta noite. Sou o completar de tantos à minha volta, que se identificam com o pouco que tenho. Sou alguém que anseia a verdade nua e crua ao invés de qualquer falta de palavras. Eu gosto das palavras, gosto que as usem. Apaixono-me com elas, através delas... Gosto de ser, existir, viver, sorrir...

Eli

:)

P.S. Foto de Eli.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Quebras


Ensurdecedora a música que faz com que não ouça mais nada. Apenas me embala esta música que me envolve, não há mais nada, não me possui, apenas está em mim. O tempo deixou-se ficar, cambaleando até ao meu regresso. Não vivo, não sobrevivo, apenas olho com os olhos dos que me baixam o volume... mas, de que vale ouvir mais algum som?! Eu só quero a música. Um dia, um homem especial, ofereceu-me uma ampulheta, o meu objecto preferido, já que tinha aprendido a esperar por ele. Ele ensinou-me com a sua alma meiga e gentil... mas, de que valeram todos os sinais?! Passou o tempo e passou ele, ficando como uma óptima recordação e o objecto contou o tempo do que viria a seguir. Os sinais mostraram-me apenas o caminho da aprendizagem. De que vale sonhar com momentos certos, se eles não existem?! Como areia escura antecipada, o rumo me foge por entre as mãos... como uma tela abandonada pelo pintor que a deixou a meio, pois correu em busca de equilíbrio... e a Psicologia não traz mais nada que o Carpe Diem de tantos momentos em que sorri, dancei... para quê escrever a alguém que não responde?! Ora... porque eu vivo cada momento e foi assim que os vivi até que descobri que tinham acabado e não tinha a retoma das palavras... e... deslizarei mais?! Flutuarei mais daquela forma escorregadia entre lençóis?! Ah! Como cada pensamento me leva a mais e não a menos do que já tinha. Não conquistarei, não serei conquistada. Acontecerá um belo amanhã envolto em pétalas sedentas de toques quentes e profundos... e embalo-me numa música alta que me inspirará outras danças...
Eli
:)